Rodolfo Juarez
Está a
Assembleia Legislativa com um novo presidente.
Até
quando?
Realmente
ninguém sabe por quanto tempo, isso dito depois de tudo o que aconteceu naquela
que precisa voltar a ser a Casa do Povo, pela importância que tem e pelo que
representa para a unidade federada Estado do Amapá.
O
histórico é longo e não contem o que deveria conter. Tem muito mais intriga,
armação, artimanha do que seria razoável esperar do local onde se produz o
regramento social e econômico do Estado do Amapá e que deveria estar atento ao
que a população precisa par ser defendido com argumento e assumido com ética e
profissionalismo.
É
difícil explicar e analisar os fatos que os deputados estaduais têm gerado e
que influenciam diretamente na Mesa Diretor deste importante Poder do Estado e
especial representante do povo que habita em todo o Estado do Amapá.
Chegamos
ao ponto de termos, nesse momento, um presidente que não pode presidir os
trabalhos porque os seus pares da Mesa não foram eleitos e por isso, não
tomaram posse, depois de uma “jogada” em que o principal atacante estava em
completo impedimento. Houve o gol, mas foi irregular. Não valeu!
O mais
estranho é que são poucos os deputados e deputadas que demonstram preocupação
pública com o que aconteceu e está acontecendo. As acusações recíprocas entre
os deputados são feitas sem qualquer reserva e na espera que sejam espalhadas
de forma que a comunidade possa dar a interpretação que quiser, com os
deputados pouco se importando se está ou não retratando a realidade.
Está
instalada na Casa do Povo uma crise de responsabilidade onde cada deputado, ao
que parece, quer salvar o que restar de sua própria reputação ou, então,
nivelar tudo por baixo.
No mínimo
já era para ter aprendido com os erros dos outros, mas isso não está refletido
no que é noticiado a partir dos acontecimentos internos, onde o que mais falta
é a comunicação, a principal “arma” de todos os que receberam do eleitor
amapaense a oportunidade de combater o bom combate, ou seja, exaurir as dúvidas
dos grandes temas que interessam à sociedade.
Uma
legislatura que está se revelando completamente confusa, sem rumo e deixando
que aquele que fala mais alto entenda que está no comando do nada ou do que
restou.
As
inúmeras intervenções da justiça nos processos de eleição da Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa, por eles mesmos, representam o emaranhado de problemas
que os deputados têm para resolver e que precisam ter calma, capacidade de interpretar
a realidade e, principalmente, respeito com o eleitor que o elegeu, não para
ficar batendo boca ou conhecendo o valor monetária de cada um para se alinhar a
esse ou aquele pensamento.
Está
começando um novo período legislativo e, assim, os deputados têm a oportunidade
de dizer o que vieram fazer como deputado, afinal são muito bem pagos,
inclusive para fazer o extraordinário e o contribuinte, vivendo tantos apertos,
mas continuando contribuinte, precisa voltar a confiar nos deputados estaduais.
É inacreditável
a maneira como os deputados estaduais selecionam os interesses dos seus
mandatos. É absolutamente incompreensível como não percebem os erros que estão
cometendo e, também, não dá para entender a estratégia que cada qual usa para o
cumprimento dos seus respectivos mandatos.
Nas
atuais circunstâncias não é bom se avaliar o nível de aceitação do
procedimento, mas é indispensável que, em nível interno, essa avaliação seja
imediatamente feita, como uma forma de auditoria de comportamento que possa fornecer
os verdadeiros resultados.
Atualmente
os deputados devem entender que precisam avaliar a situação e compreender que
vão encontrar como resposta não é agradável e não está no desejo de ninguém.
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