domingo, 20 de dezembro de 2015

As mudanças necessárias para 2016

Rodolfo Juarez
O final do ano se aproxima e ainda tem muita coisa que precisa ser resolvida em 2015 para que os vícios não atravessem o Natal e o Réveillon e contaminem o ano de 2016.
Ainda não está nada resolvido na Assembleia Legislativa que mantém o presidente afastado e não encontra caminho para anunciar as boas novas que motivaram a mudança, na leitura de alguns dos parlamentares.
As reclamações contaminam os outros poderes e as respostas do Executivo não são animadoras, com os responsáveis pelo planejamento cultivando o caos e fazendo da crise nacional o prefácio de todas as justificativas, como se fôssemos todos caranguejos, seguindo o caminho que é apontado: para o lado ou para trás.
O momento é para ser otimista, ser criativo e confiante. Para isso é preciso, entretanto, a elaboração de projetos adequados à situação e à condição presente tanto com relação ao ânimo como a competência dos atores principais.
O ano de 2015 foi um grande desafio e alguns perderam as apostas que fizeram no começo afirmando que o Estado entraria em uma roda viva de problemas e que as soluções estariam no setor público.
Os principais desenhistas desse cenário acabaram por errar completamente e estão fugindo das perguntas objetivas que possam ser feitos por aqueles que foram diretamente influenciados pelo contingenciamento adotado na execução orçamentária do Estado em 2015.
Ainda bem que o ano terminou e algumas autoridades públicas precisarão mudar o discurso para não ser banalizado pelos seus próprios colegas de administração.
Mas é preciso ser modificada a maneira de pensar de todos. Como já foi dito aqui, o Estado é tão forte quanto o mais fraco dos seus órgãos.
Mas é preciso todos queiram melhorar!
Não é possível continuar com um sistema de disputa tão cruel e nocivo. É preciso que, em 2016, os setores públicos do Amapá mudem a visão que têm para olhar a Lei de Acesso à Informação. Não é possível conviver, sem desconfiar dos propósitos, estando tão descuidado com relação ao cumprimento de uma ordem legislativa importante e que está pronta para enfrentar a corrupção.
Será que o Amapá melhorou ou piorou com relação à corrupção?
Pior do que ter uma resposta ruim é o desconhecimento dos elementos que poderiam embasar essa resposta.
O que se sabe é que a transparência é uma arma poderosa contra a corrupção que tantos problemas traz para as instituições e para os que comandam essas instituições. É por isso que está cada vez melhor entendida a máxima de que “quanto maior a transparência, menor a corrupção; e quanto menor a transparência, maior a corrupção”.
Esta máxima se enraíza no consciente coletivo e, mesmo assim, não está sendo percebida por aqueles que deviam ter, na Lei de Acesso à Informação, as indicações que possibilitariam ouvir das ruas o que está pensando a população, exatamente aqueles que pagam os tributos e que alimentam, diretamente, a máquina pública.
Melhorar a transparência dos atos públicos deve ser o compromisso número 1 de todos os que, em 2016, forem chamados para assumir responsabilidade por um órgão do Governo ou um órgão do Estado.
O momento não é propício aos indolentes, aos preguiçosos, aos mentirosos e nem aos puxa-sacos. Essa realidade, entretanto, precisa ser percebida pelos gestores que terão a responsabilidade de mudar a cara do Amapá, recolocá-lo andando para a frente e fazer  tudo para as ocorrências do ano de 2015 sejam história para alimentar o “não fazer” daqueles que, voluntariamente, estão no “batente”.

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