quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

FELIZ NATAL!
Rodolfo Juarez
É Natal!
Um momento esperado por todos aqui no Amapá.
Podemos não ter bons administradores para os interesses da população, mas sabemos que somos bons de festa. Festeiros mesmo.
As praças das cidades estão enfeitadas, os prédios públicos iluminados, os grupos de cantatas fizeram o seu papel, os alunos da rede pública estão de folga, os concurseiros só param dia 24, as passagens aéreas tirando o olho da cara, a alternativa é a navegação fluvial, cada vez mais adequada e cada vez mais sentindo falta de um terminal de passageiros que dê dignidade àqueles que escolhem os barcos regionais para o deslocamento.
Os supermercados estão cheios. O que não está cheio é o carrinho de cada cliente que reclama da punição que recebem com uma inflação de quase 11%, de um salário sem aumento em 2015 e com a falta de respeito daqueles que não fizeram o que prometeram e que foram capazes de usar das mais diferentes desculpas para justificar a inapetência.
Um Natal difícil para o funcionário público que não teve aumento e viu os respectivos sindicatos perderem a batalha para os insolentes representantes do Poder Público que adiavam os pleitos e jogavam com as palavras criando dificuldades em um ambiente de crise, inflado pela corrupção que foi descoberta em muitas modalidades e em profusão durante o ano.
As notícias nacionais alimentavam os programas de televisão com listagem dos corruptos, dentro e fora do governo. Grandes empresas tiveram os seus dirigentes presos e afastados da direção, bancos servindo de instrumento para alimentar a corrupção que não cabia mais apenas nas faturas da Petrobrás ou da Nucleobrás.
Por mais de 500 dias o telespectador, ouvinte de rádio, o leitor de jornal segue o caminho das contas na Suíça, onde os corruptos escondem os seus dinheiros sujos, em diversas moedas e em diversas contas, disfarçado de todos os jeitos possíveis, inclusive em modalidade de empresas, inventadas pela criatividade dos corruptos, nas quais o dono do dinheiro deixa de ser dono e passa ser apenas titular dos ganhos.
Enquanto os brasileiros, antes desse Natal ouviam isso, acompanhavam as delações premiadas que trocavam informações por diminuição de pena e penetrava no caminho fedorento dos corruptos que nunca sabiam de nada e nunca tinham feito nada.
O Natal dos pobres está sacrificado!
As esperanças nas promessas feitas, principalmente para as famílias de baixa renda não foram cumpridas, as maracutáias chegaram às listas daqueles que sonhavam com a casa prometida, com a universidade financiada e com uma Pátria Educadora.
Aqui, no ambiente amapaense, desde o começo o contingenciamento do orçamento frustrou mais da metade dos agentes públicos que ficaram apenas “batendo ponto” e recebendo no final do mês porque não tinha o que fazer, pois o orçamento prometido fora contigenciado.
A maior construção foi a de um ambiente de crise, onde tudo estava difícil, mesmo que coubesse aumento de gastos com pessoal, seja na forma de contrato administrativo, seja no aumento de salário para os que já ganhavam bem.
O povo que se conformasse com as migalhas, fosse acalentado com as mentiras repetidas, pois, sabiam da máxima de que “uma mentira contada muitas vezes se assemelha a uma verdade”.
O desafio é continuar acreditando. Nenhuma medida modificadora foi tomada nem na esfera federal ou na esfera estadual.

Aguardar é o que resta para o povo poder ter um Feliz Natal.

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