Rodolfo Juarez
No dia
14 de dezembro de 1990, depois de várias providências tomadas, nove idealistas
e cinco sindicatos de empresas industriais do Amapá reuniram-se, em assembléia
geral, para fundar uma entidade sindical de grau superior denominada Federação
das Indústrias do Estado do Amapá.
Antonio
Armando Barrau Fascio Filho, Francisco Leite da Silva, Isaias Matias Antunes,
Joferson Costa de Araujo e Silva, José Góes de Almeida, José dos Santos,
Roberto Coelho do Nascimento, Rodolfo dos Santos Juarez e Valter Sampaio
Cantuária, aqui nominados em ordem alfabética, foram os que assinaram a ata de
fundação representando o Sindicato da Indústria da Construção Civil, o
Sindicato das Indústrias Oleiro Cerâmicos, o Sindicato das Indústrias da
Madeira, o Sindicato da Indústria dos Pequenos Objetos de Madeira, o Sindicato
das Indústrias de Alimentos, Panificação e Confeitaria, e o Sindicato das
Indústrias Gráficas.
Com a
promulgação da Constituição Federal de 1988 houve a transformação do Território
Federal do Amapá em Estado e as alterações sociais e de organizações sociais
para que a sociedade se adaptasse às necessidades do novo Estado.
Nessa
época Albano Franco, nordestino e contemporâneo de Francisco Leite da Silva,
sócio majoritário da empresa de construção civil e terraplenagem Leite
Construções e Comércio Ltda., sugeriu a Francisco Leite da Silva para fundar a
federação indústrias local para que o Amapá tivesse representação na
Confederação Nacional da Indústria que, na nova democracia brasileira, estava
assumindo um papel importante no contexto econômico do País.
Nesse
tempo governava o Amapá Gilton Pinto Garcia, nordestino como Albano Franco,
senador da República, que orientara o governador da conveniência da
representação do Amapá na CNI.
Os
esforços do empresário Francisco Leite, que já dividia a responsabilidade com o
presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Antônio Armando
Barrau Fascio Filho, e do governador, atravessaram para a Associação Comercial
e Industrial do Amapá, onde Rodolfo dos Santos Juarez era o presidente e
Roberto Coelho do Nascimento o secretário geral da ACIA a incumbência das
providências necessárias.
Os
quatro definiram um plano de ação contendo as exigências mínimas para a
fundação da Federação das Indústrias do Amapá. Esse tempo era de junho de 1990.
Foram
convocados os empresários do setor industrial filiados à Associação Comercial e
Industrial do Amapá e agrupadas as empresas, conforme a finalidade de cada uma
de acordo com a sua atividade principal. Todos os detalhes foram repassados aos
empresários que, usando as instalações da ACIA fundaram quatro sindicatos e
atraíram o Sindicato da Construção do Amapá, já anteriormente constituído e
funcionando.
Fundados
os sindicatos oleiro cerâmico, madeira, pequenos objetos de madeira e das
indústrias gráficas e juntados com o da construção civil foi então fundada a
Federação das Indústrias do Amapá que teve como primeiro endereço a Avenida
Independência, no centro de Macapá, mudando-se posteriormente para Rua General
Rondon, para, em 1997, mudar para prédio próprio, onde hoje funciona na Avenida
Padre Júlio Maria Lombaerd.
Antes
do endereço em prédio próprio já havia sido concretizada a regionalização dos
departamentos regionais do Serviço Social da Indústria e do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Tanto o SESI como SENAI eram delegacias regionais
administradas pela Federação das Indústrias do Estado do Pará.
Administrativamente
a Federação das Indústrias tem duas etapas bem características: uma até 2003
quando administrada por empresários e outra depois de 2003, até agora, com
administração com forte influência política partidária.
No
momento os departamentos regionais do SESI e do SENAI estão sob intervenção dos
respectivos departamentos nacionais e o IEL desativado e com muitos problemas.
A
Federação está sem condições de pagar até os salários de seus funcionários, com
a crise se estendendo às esferas cíveis, criminais e trabalhistas.
Mesmo assim é, indiscutivelmente,
uma das mais importantes organizações sindicais de grau superior do setor
privado do Estado do Amapá, no momento em que completa 25 anos de
fundação.
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