domingo, 13 de dezembro de 2015

Federação das Indústrias do Estado do Amapá: 25 anos.

Rodolfo Juarez
No dia 14 de dezembro de 1990, depois de várias providências tomadas, nove idealistas e cinco sindicatos de empresas industriais do Amapá reuniram-se, em assembléia geral, para fundar uma entidade sindical de grau superior denominada Federação das Indústrias do Estado do Amapá.
Antonio Armando Barrau Fascio Filho, Francisco Leite da Silva, Isaias Matias Antunes, Joferson Costa de Araujo e Silva, José Góes de Almeida, José dos Santos, Roberto Coelho do Nascimento, Rodolfo dos Santos Juarez e Valter Sampaio Cantuária, aqui nominados em ordem alfabética, foram os que assinaram a ata de fundação representando o Sindicato da Indústria da Construção Civil, o Sindicato das Indústrias Oleiro Cerâmicos, o Sindicato das Indústrias da Madeira, o Sindicato da Indústria dos Pequenos Objetos de Madeira, o Sindicato das Indústrias de Alimentos, Panificação e Confeitaria, e o Sindicato das Indústrias Gráficas.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 houve a transformação do Território Federal do Amapá em Estado e as alterações sociais e de organizações sociais para que a sociedade se adaptasse às necessidades do novo Estado.
Nessa época Albano Franco, nordestino e contemporâneo de Francisco Leite da Silva, sócio majoritário da empresa de construção civil e terraplenagem Leite Construções e Comércio Ltda., sugeriu a Francisco Leite da Silva para fundar a federação indústrias local para que o Amapá tivesse representação na Confederação Nacional da Indústria que, na nova democracia brasileira, estava assumindo um papel importante no contexto econômico do País.
Nesse tempo governava o Amapá Gilton Pinto Garcia, nordestino como Albano Franco, senador da República, que orientara o governador da conveniência da representação do Amapá na CNI.
Os esforços do empresário Francisco Leite, que já dividia a responsabilidade com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Antônio Armando Barrau Fascio Filho, e do governador, atravessaram para a Associação Comercial e Industrial do Amapá, onde Rodolfo dos Santos Juarez era o presidente e Roberto Coelho do Nascimento o secretário geral da ACIA a incumbência das providências necessárias.
Os quatro definiram um plano de ação contendo as exigências mínimas para a fundação da Federação das Indústrias do Amapá. Esse tempo era de junho de 1990.
Foram convocados os empresários do setor industrial filiados à Associação Comercial e Industrial do Amapá e agrupadas as empresas, conforme a finalidade de cada uma de acordo com a sua atividade principal. Todos os detalhes foram repassados aos empresários que, usando as instalações da ACIA fundaram quatro sindicatos e atraíram o Sindicato da Construção do Amapá, já anteriormente constituído e funcionando.
Fundados os sindicatos oleiro cerâmico, madeira, pequenos objetos de madeira e das indústrias gráficas e juntados com o da construção civil foi então fundada a Federação das Indústrias do Amapá que teve como primeiro endereço a Avenida Independência, no centro de Macapá, mudando-se posteriormente para Rua General Rondon, para, em 1997, mudar para prédio próprio, onde hoje funciona na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd.
Antes do endereço em prédio próprio já havia sido concretizada a regionalização dos departamentos regionais do Serviço Social da Indústria e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Tanto o SESI como SENAI eram delegacias regionais administradas pela Federação das Indústrias do Estado do Pará.
Administrativamente a Federação das Indústrias tem duas etapas bem características: uma até 2003 quando administrada por empresários e outra depois de 2003, até agora, com administração com forte influência política partidária.
No momento os departamentos regionais do SESI e do SENAI estão sob intervenção dos respectivos departamentos nacionais e o IEL desativado e com muitos problemas.
A Federação está sem condições de pagar até os salários de seus funcionários, com a crise se estendendo às esferas cíveis, criminais e trabalhistas.
Mesmo assim é, indiscutivelmente, uma das mais importantes organizações sindicais de grau superior do setor privado do Estado do Amapá, no momento em que completa 25 anos de fundação.        

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