domingo, 23 de dezembro de 2012

E o mundo continua...

Rodolfo Juarez
Hoje é domingo um dia de preparação geral para a noite de Natal que acontece de segunda para terça. Este ano o calendário foi generoso com aqueles que gostam de caprichar na preparação das festas natalinas.
Nem mesmo o outro calendário, o Calendário Maia, conseguiu influenciar a maioria. Mesmo assim, alguns grupos ainda foram para debaixo de tendas, com reserva de alimentos desconfiado de que o mundo ia realmente acabar.
Nesse caso fica a pergunta: se o mundo ia acabar, para que ir para debaixo de tenda com reserva de alimentos?
Mesmo o homem dos tempos atuais, “ligado” na internet e com informações à velocidade jamais imaginada e em quantidade nunca pensada, ainda não se conforma que tem coisas que estão fora do nosso controle e, por isso, em nada podemos influenciar.
Até mesmo as condições de sobrevivência que existem sem o mundo acabar os homens, de agora, têm influenciado para piorar as condições da vida, achando que, quando for preciso, poderá livrar-se dos empecilhos e continuar habitando a Terra.
Mas tem gente que gostaria que o mundo acabasse de verdade!
Se você sabe, enumere e, se não sabe, faça uma pesquisa, uma consulta e comece a listar os motivos que uma pessoa poderia ter para querer que o mundo acabasse.
Aqui no Amapá, por exemplo, será que teria alguém que preferiria que o mundo acabasse?
É bem possível que tenha. Mesmo assim ainda continuo entendendo que ele esteja errado, pois já conseguimos a sobreviver a tantos desastres ocasionais e conviver com tantos desastres permanentes que não sei se, por aqui, alguém formaria a tal lista de motivos que foi sugerida.
A Amazônia Brasileira, com toda a sua exuberância, conseguiu convencer os seus moradores primitivos e os que os sucederam, que valia a pena ficar por aqui, junto dessa riqueza, reconhecida por todos nós e que as nações mais abastadas fazem questão de não reconhecer e, ao contrário, oportunizam a sua exploração indiscriminada ao ponto de colocar em risco a manutenção de suas características e a sua função equilibradora para vida em todo o planeta.
Os que habitavam a Amazônia há 50 anos, ao que me parece, foram os que mais compreenderam a Região. Entenderam que precisaria haver respeito pela fauna e pela flora, onde iam buscar o seu sustento e o remédio para os seus males.
Compreenderam a questão tão bem que os estudiosos, pelo menos até agora, ainda não compreenderam como, com tão poucos recursos, conseguiram preservar aquilo que hoje, para manter-se em devastação controlada, são exigidos muitos milhões de reais e, mesmo assim, os resultados não podem ser festejados porque não merecem ser festejados.
E as medidas não podem ser consideradas um fracasso. São, ao contrário, os primeiros passos para garantir as barreiras que estarão sempre contendo os avanços da destruição, onde os animais são confinados em lugares impróprios e a vegetação, exuberante, é colocada ao desafio de suportar condições novas.
Até agora o homem tem encontrado dificuldades para acabar com o mundo. As pessoas ainda não descobriram a coisa letal para o bioma e assim segue a humanidade, cada vez com mais gente, passando pelos avisos daqueles que, em outras épocas, tinham as suas mentiras transformadas em verdade, como agora ainda tentam.
Nem lá, naquele tempo com os pajés; nem agora, em nosso tempo, com os videntes, charlatões e falsos líderes, materiais ou espirituais, houve condição para se anunciar o fim do mundo, deixando frustrados aqueles que insistem em acreditar nessas teses.

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