O dia 11 de dezembro é o Dia do Engenheiro e passou sem grandes comemorações e inibida pela motivação que não é o forte dos profissionais que trabalham no Amapá e por razões que vão desde as condições de trabalho até aos baixos salários que lhes são pagos.
Seguramente o
engenheiro, independente da especialidade, é uma das vítimas da politização da
Administração Pública que hoje predomina. Por formação e necessidade
profissional o engenheiro prioriza a técnica, sabendo que pode ser
responsabilizado pelos erros aos quais está sujeito.
Pode ser por
isso que o engenheiro, no Estado do Amapá, não acompanhe a situação nacional,
sendo uma profissão que está em alta no resto do Brasil, mas que não repete os
momentos melhores que já registrou aqui no Amapá, muito embora os profissionais
continuem a missão, os jovens não vêm ofertas de vagas para eles, nas
faculdades públicas e particulares. As oportunidades para estudar estão em
outros centros, exigindo gastos extras e que não estão ao alcance da maioria
dos jovens que precisam estudar se formar e substituir os que estão, agora, na
ativa.
O crescimento e
o desenvolvimento dos núcleos urbanos têm exigido a participação dos
engenheiros para que o conhecido “inchaço urbano” não na se instale nas cidades
que estão precisando melhorar suas condições de habitabilidade e aumentar as
suas áreas de expansão.
Já está passando
da hora de se organizar um programa de formação de profissionais da engenharia,
em quase todas as áreas, para que a população não seja sacrificada, mais do que
já está, por falta da organização que precisa haver nas cidades.
Macapá, com
quase 400 mil habitantes, não tem mais soluções simples que podem ser dadas sem
os fundamentos técnicos necessários e a moradia precisa se adaptar à
funcionalidade e não se tornar elemento modificador da cultura, pela pressão da
própria cidade e de suas dificuldades econômicas.
O dia 11 de
dezembro, dia do engenheiro, poderia ter sido melhor aproveitado para se
refletir sobre o momento da engenharia em Macapá, principalmente aquele setor
voltado para a construção civil e para a mobilidade urbana, além do que,
assumir responsabilidades os profissionais que estão na ativa e os jovens que
esperam por uma chance.
Mas, se não foi
assim. O que fazer?
O dia 11 de
dezembro é o dia do engenheiro por que nesse dia foi assinado o Decreto nº
23.569 que regulamentou a profissão de engenheiro. De lá para cá, por causa das
necessidades do aprimoramento em várias áreas, a regra vem sendo modificada,
abrindo oportunidades para as especializações.
Mas o juramento
do engenheiro é o mesmo para todos e assenta a sua responsabilidade com homem,
com o meio ambiente e com a tecnologia. É o seguinte:
“Prometo que, no
cumprimento do meu dever de Engenheiro, não me deixarei cegar pelo brilho
excessivo da tecnologia, de forma a não esquecer de que trabalho para o bem do
Homem e não da máquina. Respeitarei a natureza, evitando projetar ou construir
equipamentos que destroem o equilíbrio ecológico ou poluam, além de colocar
todo o meu conhecimento científico a serviço do conforto desenvolvimento da
humanidade. Assim sendo, estarei em paz Comigo e com Deus.”
A Minerva tornou-se
um símbolo que identifica os politécnicos, com suas insígnias: a lança, o
capacete e a égide. É protetora e companheira, deusa guerreira, mas, ao mesmo
tempo, deusa da sabedoria e da reflexão.
Ela não vence seus
inimigos pela força bruta, mas pelos ardis que inventa, pela astúcia e pela
inteligência de seus estratagemas. Deusa guerreira, da sabedoria, das
atividades práticas, mas também do trabalho artesanal de fiação, do espírito
criativo e da vida especulativa, ela reúne aspectos fundamentais à formação do
politécnico.
A Minerva sintetiza
duas dimensões do trabalho do engenheiro: a criação, por um lado, e a execução,
por outro.
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