Historicamente o
segundo ano do mandato do Governador do Estado é o mais difícil e, ainda mais
difícil, tem sido o do segundo ano do primeiro mandato, considerando que, dos
três governadores eleitos, dois deles, João Alberto Rodrigues Capiberibe e Antônio
Waldez Góes foram reeleitos e, apenas Annibal Barcellos não foi à reeleição,
pois a legislação eleitoral não permitia.
Alguns fatores
são sempre apontados como de forte influência para que isso ocorra. O primeiro
é o aspecto do atendimento daqueles que, durante a campanha eleitoral,
apresentaram um desempenho tão bom que mereceram o prêmio, no Governo, com a
entrega de um cargo de confiança; o segundo é a necessidade de contar com
auxiliares que, além de confiáveis, tenham condições de desenvolver um bom
trabalho e o terceiro está diretamente relacionado com a eleição municipal. Os
candidatos do governo têm encontrado dificuldades para eleger-se para prefeito
da Capital.
Essas condições
deixam o governador muito exposto e com dificuldades para dirigir o Estado e,
até, para cumprir o que diz constar do seu plano de governo. As obras atrasam,
os programas são revistos e os auxiliares sentem necessidade de consultar o governador
a cada iniciativa que seria de sua exclusiva atribuição.
Como as
promessas dos auxiliares feitas para o governador são repassadas imediatamente
à população, também sob a forma de promessa, a população anota e não consegue
ver a promessa cumprida o que vai desgastando o nível de confiança da população
nos gestores.
Provavelmente
pode estar acontecendo isso com o governador Camilo. Em apenas um caso e
tomando como exemplo o Estádio Estadual Milton de Souza Correa, apesar do
esforço para não falhar, todas as promessas feitas até agora não foram
confirmadas, principalmente com relação às de entrega da obra.
A população não
quer saber dos motivos, pois considera que todos eles foram levados em
consideração antes da divulgação, pelo próprio governador, da data de conclusão
dos serviços. No caso já se foram dois anos de promessas semestrais e, agora,
já não há mais condições de fazer outra. E não a faz.
Assim, também, é
com a Via Norte-Sul, com o Píer do Sana Inês, com obras de escola, com obras de
hospitais e tantas outras que não há razoabilidade para tanta demora,
considerando que o tempo “come” o dinheiro devido as variações, para maior, do
valor dos contratos com as empresas executoras.
A obra da BR-156
pode ser considerada como o maior desafio para as ordens do governador que logo
no começo do seu governo chegou a prometer a entrega das obras para dezembro de
2012, quando voltava de uma das muitas viagens feita a Brasília. O dezembro
chegou e a obra não andou conforme o plano que lhe foi apresentado, aliás, não
andou de forma nenhuma.
Para se ter uma
idéia, neste ano de 2012 a BR -156 completou 80 anos de obras e a partir de
1945, quando foi retomada a execução a partir do Km 9, foram construídos, em
média, pouco mais de 18 km por ano.
São essas
questões que levam aos governadores terem necessidade de trocar auxiliares em
uma tentativa de melhorar a eficiência do Governo, mesmo que esse auxiliar
tenha sido um eficiente ajudante eleitoral.
A novidade de
agora é a tentativa em melhorar o relacionamento com a Assembléia Legislativa,
motivo de muitos problemas com o Governo do Estado devido a falta da maioria
naquela casa. Aproveitou e, de uma só tacada, trocou os secretários por
deputados e a liderança do Governo naquela casa de leis que, ao que foi visto,
a deputada Cristina Almeida não conseguiu desempenhar um bom papel como líder do
governo Assembléia Legislativa.
Estão sendo
anunciadas novas mudanças e em pontos chaves, apontados como importantes para a
tomada de decisão com relação à disputa do pleito regional de 2014, preparando
terreno para a reeleição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário