A Revista Veja,
desta semana, publicou a segunda edição do Ranking de Gestão dos Estados
Brasileiros, avaliando as condições das 27 unidades da federação para atrair
investimentos estrangeiros.
Neste de 2012
foram analisados 26 indicadores, organizados em 8 categorias, com a inserção de
um novo indicador, o da segurança pública, ancorado no número de homicídios por
100 mil habitantes.
A Unidade de
Inteligência da revista Economist,
para definir as notas, compilou dados de relatórios jurídicos, publicações
acadêmicas e de governos e sites de autoridades, bem como de organizações que
acompanham os governos. O resultado, em cada quesito, foi ponderado em uma
fórmula matemática e convertido para um escala de zero a 100 para cada unidade.
Foram avaliados
em cada Estado: 1) o ambiente político; 2) o ambiente econômico; 3) a
infraestrutura; 4) o regime tributário e regulatório; 5) os recursos humanos;
6) a política para investimentos estrangeiros; 7) a inovação; e 8) a
sustentabilidade.
O Estado do
Amapá em 5 das 8 categorias recebeu conceito ruim, em uma escala que tem os
seguintes conceitos: excelente, muito bom, bom, moderado e ruim. Nas outras
três categorias, recebeu o Amapá, o conceito moderado.
Na composição do
Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros o Estado do Amapá recebeu conceito
17,7 e ficou em último lugar, a posição que na primeira versão, em 2011, fora
ocupado pelo Estado do Piauí que obteve, em 2012, conceito 22,6 e assumiu a penúltima
colocação, exatamente a que foi ocupada pelo Amapá em 2011.
O Estado de São
Paulo ficou com o melhor conceito (77,1) e a média nacional ficou registrada em
41,5.
A posição que o
Estado do Amapá ocupa no Ranking da Gestão precisa ser analisada com muito
cuidado por aqueles que estão com a responsabilidade de gerir os interesses
amapaenses, não alegando erros na avaliação da unidade de inteligência daquela
revista especializada, mas procurando identificar quais as dificuldades que o
Estado vem encontrando para se preparar melhor e merecer a atenção dos
investidores internacionais.
Parece muito
mais uma das consequências do desequilíbrio das forças impulsionadoras do
desenvolvimento do Estado, do que falta de vontade para melhorar as condições
de confiança para os investidores.
O desequilíbrio
das forças para o desenvolvimento é facilmente detectado. Basta prestar a
atenção no que acontece no setor público, onde as forças políticas estão
infinitamente superiores àquelas próprias das forças administrativas e
técnicas, principalmente destas, que estão desmotivadas e recolhidas, dando a
impressão que estão em fuga dos erros que acontecem diariamente e que, de vez
em quando, leva de roldão, técnicos que não se protegeram contra os
envolvimentos decorrentes das ordens da administração política.
Também está
enfraquecida a relação de confiança entre o setor público e o setor privado,
este tendo a vanguarda repleta de oportunista e aqueles querendo tirar proveito
de uma situação que não deixa o Amapá avançar.
Tratar a questão
como uma realidade que precisa ser mudada é a única saída. Depois estabelecer a
forma como pode ser mudada a realidade.
Ficar como está
é condenar o Amapá e seu povo a permanecer na rabeira do desenvolvimento
nacional e como referência de desconfiança para os investimentos estrangeiros
e, em consequência, também para os investidores nacionais.
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