O
governador Camilo Capiberibe, desde o começo do ano, deixa escapar sinais de
que será candidato à reeleição ao cargo de Governado do Estado.
Dentro
do seu partido, o PSB, o assunto já vem sendo tratado, mas cercado de muitos
cuidados procurando evitar que os aloprados saiam por ai anunciando antes do
tempo, mas também levando em consideração que já está na hora de começar a
proceder buscando a “rampa de acesso” para a renovação do mandato em outubro de
2014.
O
assunto não é fácil de ser discutido no começo. Depois, quando tudo estiver
acertado, as questões serão apresentadas com maior desenvoltura e as ações
serão compreendidas pelos eleitores como decorrentes do processo.
Mas
tudo está no começo.
Os
primeiros cálculos, aqueles feitos em maio do ano passado, para a escolha do
candidato ou da candidata do partido ao cargo de prefeito de Macapá, precisaram
ser abortados e retomados com outros parâmetros e dentro de um cenário
possível.
A
campanha da eleição para prefeito de Macapá, além de não resolver qualquer
parte do problema, conseguiu criar outros que, agora, precisam ser contornados
e são aqueles derivados da eleição do candidato do Psol para o cargo desejado
na Prefeitura de Macapá.
A
velocidade da reação, objetivando retomar o cenário de equilíbrio com vantagem,
foi considerada boa, mas que está apresentando respostas consideradas lentas
demais, pois, as mudanças feitas, principalmente aqueles que contaram com a
participação de deputados estaduais, estão demorando demais e não impactaram,
pelo menos com a força esperada, o ânimo do eleitor.
Macapá,
na condição de capital do Estado e onde está concentrado mais da metade do
eleitorado amapaense, nesse momento pede socorro de todos, inclusive do Governo
do Estado, e os que cuidam do interesse do PSB estão preocupados com a decisão
que precisam tomar, considerando que alimentar o prefeito com dinheiro agora,
seria estocar voto para ele em 2014, mas também, sabem que não podem deixar a
cidade do jeito que está, pois, assim, podem estocar votos para terceiros
interessados.
Deixar
a cidade como está pode ser um suicídio político coletivo, para todos os que
estão nos cargos, inclusive aqueles que têm a responsabilidade indireta pela
recuperação da capital, sendo todos encobertos pela poeira de um eventual e
fácil de alegar, fracasso administrativo, dando oportunidade que adversários
surjam fortes e com os slogans viciados, mas que funcionam em situação de caos.
Para
evitar maiores riscos, daqui a poucos dias ou no máximo dois meses, serão
anunciadas medidas que podem impactar a administração estadual, com
modificações profundas no processo de gestão e mudança na estrutura
administrativa do Governo do Estado, que vão implicar em remanejamentos e a
abertura de diversas portas para negociação no sentido de fortalecer a
candidatura do candidato a reeleição Camilo Capiberibe.
O
cenário melhor para tomar as primeiras medidas exige segurança política,
sustentada na confiança entre as lideranças, razoabilidade das ações e na
coerência dos resultados possíveis.
Já
está bem claro que ninguém vence uma eleição para Governo do Amapá sendo
candidato de si mesmo ou tendo a sustentá-lo uma única agremiação partidária.
Por
aqui pelo menos oito partidos têm condições, se coligados adequadamente,
apresentar um candidato ao governo do estado com chances reais de vencer a
eleição.
Ora,
se a maioria dos políticos sabe disso, quem tem chance na disputa, deve saber
muito mais. Então é razoável esperar pelas providências do PSB e as mudanças
comportamentais do governador Camilo Capiberibe nesse rumo.
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