Para
aqueles que acreditam que o ano só começa depois do carnaval, então chegou,
finalmente, a hora do começo.
Já
se foram 45 dias do ano de 2013, mais de doze por cento do tempo reservado para
o trabalho nesse período, que tem tanta coisa para ser feita, tanta promessa
para ser cumprida e datas reservadas para algumas decisões importantes.
Para
alguns, os 45 dias que já passaram deste ano, foram especiais, cheios de
surpresas, boas vistas para os olhos, a maioria dessas sensações sentidas longe
do Amapá e, às vezes, sem qualquer lembrança daqui, no momento que foram
sentidas.
Os que aqui ficaram esperando pela hora do
começo, estão ansiosos para saber qual o caminho que vai ser percorrido, ou
pelo menos anunciado o que está marcado para fazer nesse percurso, pois,
esperam que tenha, em algum momento, a ver com o que interessa para a população
que produz a riqueza e consome o produto daqui.
Até
agora estamos em uma cidade que, na coluna do novo, só tem o prefeito, o
vice-prefeito, alguns vereadores e as suas respectivas equipes.
As
outras questões continuam como antes: ruas com problemas, funcionários
reclamando, transporte coletivo sem novidades, limpeza pública parcial,
estradas interrompidas, baixadas ocupadas e um caminhão de promessas para serem
cumpridas.
Nem
mesmo o modo de governar em situação de emergência chegou a ser avaliado, mesmo
que parcialmente, por aqueles que teriam a responsabilidade de fazê-lo todos os
dias. Os gestores emudeceram com relação ao assunto e tudo se passa como se não
estivesse em cenário de situação especial.
Nem
mesmo as questões relativas à administração foram avaliadas, seja nas
entrevistas públicas, seja nos instrumentos de transparência que são exigidos
por lei. Na verdade não há qualquer indício de que a administração municipal
esteja experimentando, a não ser para aqueles que agora chegaram e que passaram
a trabalhar onde não trabalhavam e a fazer o que não faziam.
Ficar
inquieto seria o comportamento normal daqueles que estão esperando, entretanto,
essa atitude pré-condiciona confiança, conceito que está rarefeito entre
aqueles que já esperaram por muito tempo. O que está mais próximo é mesmo a
desconfiança e isso não provoca inquietude e sim indignação.
Como
ainda tem muito tempo e as circunstâncias podem mudar, mesmo que de modo
forçado por essas mesmas circunstâncias ou por motivos muito mais particulares,
a população continua fazendo o que pode fazer – esperar.
O
início do ano letivo, que poderia ser uma festa para a administração municipal,
faz tempo que se torna um momento tenso devido aos vários problemas que os
velhos métodos têm carreado para o setor da educação municipal: falta de
professores, falta de merendeiras e da própria merenda, falta de segurança, implicando,
diretamente, na qualidade do ensino e no aprendizado dos alunos.
O
mesmo acontece com relação aos postos de saúde que, evidentemente, não podem
funcionar sem o médico e uma equipe mínima de saúde. Esse assunto tem se
transformado em um drama para os dirigentes do setor na municipalidade local e
motivo de reclamações sem fim e respostas, as mais variadas, algumas
completamente equivocadas, dadas pelos agentes públicos daquele setor.
No
começo de qualquer projeto, inclusive de dirigir a cidade de Macapá com todos
os seus problemas, sempre há tempo para explicar, planejar, organizar, definir,
orientar.
Não
há tempo, entretanto, para perder!
Nenhum comentário:
Postar um comentário