sábado, 16 de fevereiro de 2013

Começa, finalmente, o ano

Rodolfo Juarez
Para aqueles que acreditam que o ano só começa depois do carnaval, então chegou, finalmente, a hora do começo.
Já se foram 45 dias do ano de 2013, mais de doze por cento do tempo reservado para o trabalho nesse período, que tem tanta coisa para ser feita, tanta promessa para ser cumprida e datas reservadas para algumas decisões importantes.
Para alguns, os 45 dias que já passaram deste ano, foram especiais, cheios de surpresas, boas vistas para os olhos, a maioria dessas sensações sentidas longe do Amapá e, às vezes, sem qualquer lembrança daqui, no momento que foram sentidas.
 Os que aqui ficaram esperando pela hora do começo, estão ansiosos para saber qual o caminho que vai ser percorrido, ou pelo menos anunciado o que está marcado para fazer nesse percurso, pois, esperam que tenha, em algum momento, a ver com o que interessa para a população que produz a riqueza e consome o produto daqui.
Até agora estamos em uma cidade que, na coluna do novo, só tem o prefeito, o vice-prefeito, alguns vereadores e as suas respectivas equipes.
As outras questões continuam como antes: ruas com problemas, funcionários reclamando, transporte coletivo sem novidades, limpeza pública parcial, estradas interrompidas, baixadas ocupadas e um caminhão de promessas para serem cumpridas.
Nem mesmo o modo de governar em situação de emergência chegou a ser avaliado, mesmo que parcialmente, por aqueles que teriam a responsabilidade de fazê-lo todos os dias. Os gestores emudeceram com relação ao assunto e tudo se passa como se não estivesse em cenário de situação especial.
Nem mesmo as questões relativas à administração foram avaliadas, seja nas entrevistas públicas, seja nos instrumentos de transparência que são exigidos por lei. Na verdade não há qualquer indício de que a administração municipal esteja experimentando, a não ser para aqueles que agora chegaram e que passaram a trabalhar onde não trabalhavam e a fazer o que não faziam.
Ficar inquieto seria o comportamento normal daqueles que estão esperando, entretanto, essa atitude pré-condiciona confiança, conceito que está rarefeito entre aqueles que já esperaram por muito tempo. O que está mais próximo é mesmo a desconfiança e isso não provoca inquietude e sim indignação.
Como ainda tem muito tempo e as circunstâncias podem mudar, mesmo que de modo forçado por essas mesmas circunstâncias ou por motivos muito mais particulares, a população continua fazendo o que pode fazer – esperar.
O início do ano letivo, que poderia ser uma festa para a administração municipal, faz tempo que se torna um momento tenso devido aos vários problemas que os velhos métodos têm carreado para o setor da educação municipal: falta de professores, falta de merendeiras e da própria merenda, falta de segurança, implicando, diretamente, na qualidade do ensino e no aprendizado dos alunos.
O mesmo acontece com relação aos postos de saúde que, evidentemente, não podem funcionar sem o médico e uma equipe mínima de saúde. Esse assunto tem se transformado em um drama para os dirigentes do setor na municipalidade local e motivo de reclamações sem fim e respostas, as mais variadas, algumas completamente equivocadas, dadas pelos agentes públicos daquele setor.
No começo de qualquer projeto, inclusive de dirigir a cidade de Macapá com todos os seus problemas, sempre há tempo para explicar, planejar, organizar, definir, orientar.
Não há tempo, entretanto, para perder! 

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