Aqueles que
aceitaram a incumbência de administrar o Município de Macapá, se não sabiam, já
sabem agora, que a situação do município é crítica, muito menos pela omissão
dos gestores do que pela inação deles mesmos.
A sede do
município, Macapá, a capital do Estado, pode ser a passageira principal dessa
indesejável espiral em que entrou a cidade e que a está sendo empurrada para
uma posição de onde os esforços poderão ser muito grandes e demorados para
tirá-la desse perigoso estágio onde até a autoestima está sofrendo os seus
abalos.
A
responsabilidade do prefeito Clécio Luis e de sua equipe é muito grande. E,
até, se tiver que abdicar de seus projetos pessoais para conseguir colocar a
cidade em rota de retorno à normalidade, vale muito a pena.
Os projetos
prometidos não foram iniciados e, quem sabe, não saíram na zona da vontade do
prefeito e da equipe, sendo mantidos pela inércia devido a falta da quantidade
de força necessária para movimentar a roda do sucesso.
Recuando há oito
anos, desde o tempo da reeleição do prefeito João Henrique e por todo o mandato
do prefeito Roberto Góes, a cidade precisa parar de andar de marcha-ré,
retornar à sua realidade, muito desejada pela população que busca alternativa,
todas as vezes que lhe é dada oportunidade.
Ninguém tem o
direito de punir mais esta cidade de Macapá do que ela já foi punida. Pode ter
sido até de forma involuntária, mas foi severamente punida, pelo abandono de
suas premissas e de suas vocações.
Dá a impressão
que os administradores perderam o combate, apesar de ainda estarem dentro do
ringue, esperando o último soco para ir a nocaute. Mas se isso for permitido,
será uma traição, aliás, uma traição monumental, pois, ao contrário dessa
realidade, foi prometido para a população um especial empenho para que a
recuperação da qualidade de vida na cidade de Macapá.
Não se trata nem
de amor, mas sim, de compromisso, comprometimento e resposta às questões que,
todos os dias são feitas sob a forma de reclamação, lamentação e muita
tristeza.
Apesar de serem
muitas as necessidades da cidade, ainda há tempo para começar.
Claro que não
será possível, em quatro anos, resolver os problemas criados e permitidos
durante mais de oito anos, mas é preciso começar, é preciso dar o pontapé
inicial para que se descubra o que está por baixo da manta do desprezo, do
lençol da ingratidão.
Recuperar a
vontade pelo trabalho, mostrar a disposição pelo começo e encontrar as pessoas
que podem ajudar sem imaginar a próxima campanha eleitoral, ficar preocupado
com a quantidade de voto que precisa para eleger-se ou a conquista do poder com
uma ação dentro da cidade, mesmo que seja em desacordo com as necessidades
atuais.
O tempo, se
começar agora, vai mostrar que os administradores de agora precisam de dez anos
para arrumar a cidade e não esquecer que, se não der condições para os moradores
da área rural, quando estes sentirem Macapá melhorando ou em vias de melhora,
virá para a cidade que, no momento, já não lhe atrai ou motiva, porque não tem
as condições do campo e apresenta a mazelas da cidade.
Amar Macapá
acima de tudo, respeitar os seus habitantes, tornar eficaz a execução do
orçamento, aplicando bem as suas dotações, pode ser a motivação mágica da
satisfação, do prazer e da alegria de viver.
Doutra forma e
se não encontrar disposição é só esperar o tempo passar para ficar marcado como
mais uma equipe que falhou, não deu conta e embrulhou os problemas para que
outro tente desembrulhá-lo e resolvê-lo.
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