A crise
instalada e que prejudica a relação entre os professores da rede estadual de
ensino e o Governo do Estado é mais um dos resultados das disputas que
começaram em 2011, se estenderam por 2012 e tiveram o seu ponto mais crítico na
última segunda-feira, dia 29 de abril.
Desta feita os
pais de aluno, ao que tudo indica, não estão dispostos a ficarem alheio àquelas
disputas que já determinou os maiores prejudicados - os alunos.
Essa nova posição
desses terceiros interessados ou terceiros prejudicados pode ser decisiva para
que patrões e empregados encontre um caminho que possa levar ao que interessa a
todos e não apenas ao governo ou ao sindicato.
Algumas escolas,
em que pese ser dirigidas por diretores que têm sob o pescoço o facão da
intolerância em nome da fidelidade partidária, conseguiram organizar-se
antecipadamente e definir que, em caso de ser decretada a greve, ter os
instrumentos legais e morais para não aderir.
Pelo que já foi
posto são várias as escolas que estão preparadas para assumir essa postura,
muito mais pelo que foi acertado com a comunidade escolar, a associação de pais
e mestre e os professores e muito menos por qualquer contribuição oficial ou
liberação sindical.
O que se percebe
é que nessas escolas os alunos e os próprios professores estão respirando uma
espécie de liberdade conquistada por sentir-se fora do alcance da guerra de
palavras e de falta de argumentos que poderia levar a prevalência da tese da
negociação e do entendimento.
É certo que
todos concordam que a educação que está sob a responsabilidade do governo do
Estado não passa por um momento que seja digno de elogio, mas também, nem os
professores e nem os alunos suportam tantos erros e tantos mal entendidos que
deixaram desequilibrado tudo o que se refere à educação, principalmente no
ambiente em que é ministrado o ensino médio.
Também que não
venha a secretária de educação querendo citar como exemplos as decisões desses
professores, pais de alunos, alunos e diretores, pois aquelas decisões só não
foram autônomas porque foram tomadas em conjunto com alguns agentes da
comunidade que pouco tem a ver com o sistema educacional, a não ser pelo uso
que fazem dele para que seus filhos recebam o ensino que é oferecido.
Outros que
precisam deixar os professores trabalhar são os dirigentes dos sindicatos, pois
a regra vigente os impede que se interfira na vontade daqueles profissionais
que entendem diferente do que pensam os dirigentes dos sindicatos.
É possível até,
que desse exercício saia a proposta que a sociedade está esperando e que possa
atender os interesses do Governo do Estado e do Sindicado dos Professores.
Esses dois
entes, Governo e Sindicato, precisam avaliar tudo o que já fizeram nesses dois
anos e alguns meses e que levaram a situação a esse abismo que, infelizmente,
em caso de persistirem na teimosia, podem cair, o problema e que, na queda,
levarão inocentes que serão prejudicados a um tanto que, até agora, está muito
difícil de dimensionar.
Os problemas já
são muitos e precisam ser resolvidos.
Se entre os
agentes do Governo e entre os agentes do Sindicato, esses que estão se
enfrentando há mais de dois anos, já não tiver quem possa negociar, então que
se mudem os negociadores.
Pode ser até que
se ache o rumo da coerência e o caminho para se chegar à Ilha da Paz.
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