sexta-feira, 17 de maio de 2013

Orçamento 2014: se remediado está, remediado estará.

Rodolfo Juarez
Os deputados estaduais já estão discutindo o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 que deve por eles ser votado até o final de junho deste ano.
O projeto é do Executivo Estadual e contém a estimativa da Receita pública para o exercício de 2014, além de fazer a repartição preliminar dos recursos que deverão caber a cada um dos poderes: Legislativo (Assembléia e Tribunal de Contas), Executivo, Judiciário e o Ministério Público.
A primeira estimativa de receita levantada pelos técnicos da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro, alcança o total de cinco bilhões, cento e cinquenta e um milhões, com um aumento superior a 16% tomando por base o orçamento aprovado para o exercício de 2013.
O Estado do Amapá, em termos de orçamento público, vem apresentando um desempenho significativo, isso devido ao crescimento da receita própria e ao volume das transferências constitucionais, principalmente a do Fundo de Participação dos Estados.
Até ai tudo técnico, tudo seguindo procedimentos que são determinados por regras legais cujo conjunto integra as obrigações pelas quais precisa passar o projeto antes de ser transformado em Lei.
O que não faz parte do conjunto, mas é uma das etapas que precisa ser incentivada, chamando para dentro das discussões a sociedade é a definição de como o Estado deve gastar essa Receita Pública, resultado dos tributos que são pagos pela população e que representa mais de 40% de todo o seu labor.
De pouco adianta esperar o inicio do ano de 2014 para discutir questões que já estão definidas no orçamento estadual desde a aprovação, o que deve acontecer no começo da segunda quinzena de dezembro de 2013.
Essa informação deve fazer parte do conjunto de informações que todos devem ter sobre a Administração Pública, da mesma forma que já sabe que há apenas duas portas para participar, como funcionário público, da administração pública: ser admitido por concurso ou através da ocupação de um cargo de confiança, este criado por Lei.
Parece uma etapa simples, mas que não é seguida ou considerada por ninguém. Nem mesmo os dirigentes sindicais têm demonstrado esse interesse muito embora, depois usem o caminho mais difícil – o da reclamação pública e os protestos através de manifestações ou greves.
Os resultados das manifestações ou das greves não têm sido satisfatório, principalmente para aqueles que imaginam que têm força para enfrentar o patrão. Claro que não vai ter, pois quando isso acontecer, o patrão vira empregado e o empregado vira patrão.
Logo depois de votado, sancionado e publicado a projeto de lei das diretrizes orçamentárias, os interessados, de posse da Lei, podem começar a consolidar suas reivindicações e cálculos para, quando o Executivo encaminhar o projeto do orçamento para 2014, conhecer a proposta oficial e intervir em seguida.
A remessa, que deve acontecer até o dia 30 de setembro de 2013, contém a proposta do orçamento para 2014 e permanecerá com os deputados, para ser lido, debatido e votado até o dia 22 de dezembro de 2013, portanto com tempo suficiente para que seja conhecido por todos na casa de todos – a Assembléia Legislativa.
Os índices de aumento, as necessidades de material, as condições do ambiente do serviço, os investimentos, a modernização e tudo o que diz respeito ao Estado estará, rigorosamente, compondo o Orçamento Anual.
Que tal prestar atenção e não perder tempo. Depois, quando o que estiver remediado, remediado tudo estará.

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