Começa uma
semana decisiva desse interminável tempo de medição de forças entre o Governo
do Estado e o Sindicato dos Professores.
Por isso as
especulações e as invenções viverão momentos férteis para serem exploradas,
principalmente por aqueles que já decidiram dar razão a um ou outro lado sem
preocupar-se se o assunto é ou não de interesse da sociedade.
Os pais de
alunos e os próprios alunos que estão matriculados na rede pública têm todas as
razões para pretender chamar a atenção para eles, afinal de contas já foram
prejudicados pelas ações anteriores e não estão dispostos e nem com tempo para
ficar na arquibancada, como expectador de um enfrentamento que não interessa a
eles.
Planos alternativos
estão prontos para serem testados em que o objetivo específico é a manutenção
das aulas, não apenas uma vontade dos pais de alunos e alunos, mas um direito
destes e uma obrigação daqueles.
Enquanto isso os
arautos de um e de outro lado esforçam-se para mostrar os pontos em destaque e
que favorecem às medias de um e do outro time que engalfinham-se em uma jogo
onde as regras são desconhecidas e o resultado está sendo buscado a qualquer
preço, sob os olhares atônitos de uma “torcida” que não entende, sequer, o
jogo.
Na prorrogação
que está sendo jogada esta semana deve ser cheia de regras, precisa que o
árbitro se imponha e faça prevalecer os interesses da sociedade, em cada lance
que seja praticado por um ou por outro time.
Ninguém agüenta
mais, no sentido literal da palavra, os problemas que são decorrentes de cada
uma das decisões tomadas por um lado ou pelo outro. Não dá mais para continuar
tendo a incerteza como principal resultado de cada confronto decisivo. É
preciso levar em consideração e a necessidade de se ter respeito com a
“platéia” principalmente aquela constituída pelos alunos e pais de alunos.
É preciso
entender o que já aconteceu, refletir muito sobre isso, e encontrar um caminho
por onde todos possam caminhar, nem que para isso tenha que substituir os
caminhantes, considerando os resultados até agora alcançados que tem
prejudicado a maioria, independente dos argumentos e dos fundamentos.
Não se pode
deixar de confiar na capacidade que as pessoas têm para resolver os problemas,
mesmo reconhecendo que existem algumas equações com soluções impossíveis ou
indeterminadas, mas sabendo que, nesse caso, as soluções, apesar de não serem
fáceis, são possíveis, principalmente considerando se os responsáveis pelas
resoluções estão habilitados para fazê-las.
Quando o
confronto, a inflexão de propósitos, ou a teimosia não se mostram eficientes,
que tal tentar a parcimônia, a indulgência e a paciência.
O líder não
precisa ser durão e inflexível.
O líder tem que
ser simplesmente líder, de todos e não de uma facção. Líder inclusive daqueles
que, ocasionalmente, enfrenta como adversários. Dá mais trabalho, mas basta
valer-se de comportamentos ajustados com a realidade para que as chances de
alcançar o que todos querem apareçam.
Professores e
agentes do governo, empregados e empregadores, todos são funcionários públicos,
pagos pelo contribuinte, que precisam ver e sentir que os impostos que recolhem
todos os dias, estejam sendo bem aplicados e conforme a promessa daqueles que
foram admitidos nos cargos públicos, seja o governador ou os professores.
Respeitar os
compromissos que firmaram no dia em que se comprometeram a trabalhar pela
população do Amapá é a necessidade do momento. Depois de tantas decisões que
não agradaram aos litigantes, já se tem claro e à mostra, quais são os
sacrificados, exatamente aquele que pagam tudo.
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