quarta-feira, 15 de maio de 2013

Federação das Indústrias do Estado do Amapá

Rodolfo Juarez
Tudo indica que a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, depois de enfrentar dificuldades políticas, redescobre a sua direção e está buscando reorganizar-se administrativa e politicamente, para poder desempenhar o importante papel que lhe é reservado no processo de desenvolvimento da indústria no Amapá.
A Federação das Indústrias do Amapá foi fundada no dia 14 de dezembro de 1990, pelos sindicatos patronais de empresas industriais organizados conforme a legislação sindical de então e com o objetivo de compor o espectro sócio-empresarial que constituiria o quadro econômico do Estado, resultado da transformação do Território Federal, consagrado na Constituição Federal de 1988.
A década de 90 foi de muitas conquistas tendo nesse período, além da afirmação como instituição a filiação da Federação na Confederação Nacional da Indústria pré-requisito para iniciar o processo de regionalização do Serviço Social da Indústria - SESI, do Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional – SENAI e da implantação do Instituto Euvaldo Lodi na Federação.
Francisco Leite da Silva, diretor da empresas LCL – Leite Construções Ltda., empresa filiada ao Sindicato da Indústria da Construção Civil, foi o primeiro presidente da Federação das Indústrias, tendo como vice-presidente, Antônio Armando Barrau Fáscio Filho, diretor geral da empresa Sanecir Ltda.
Francisco Leite, além de ser um empresário na expressão da palavra, também compreendia a importância de instituições como a Federação, tanto que não mediu esforços para montar uma boa diretoria, que compreendia o espaço que lhe era reservado no Estatuto Social da Federação, entendendo a importância do Conselho de Representantes e do Conselho Fiscal.
Na época o Sesi e o Senai já funcionavam no Amapá como delegacias regionais sob a supervisão do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará. Foram muitas as ações para que ficasse demonstrada a capacidade dos empresários da indústria local para assumir o comando dos dois órgãos – SESI e SENAI.
A regionalização foi uma questão de tempo e de demonstração de preparo da equipe local e, quase simultaneamente os conselheiros do Conselho Nacional do Sesi e do Conselho Nacional do Senai, decidiram pela autonomia, transformando as duas delegacias, subordinadas diretamente à Federação das Industrias do Pará, em departamentos regionais, sob a orientação dos empresários da Federação das Indústrias do Amapá.
Francisco Leite foi presidente por pouco mais de sete anos quando, no exercício da presidência da entidade, faleceu e deixou um caminho inteiro para ser percorrido pelos seus sucessores: Rodolfo Juarez, Leônidas Platon, Sivaldo Brito, Telma Gurgel e, atualmente, Joseane Rocha.
O mandato que exerci foi de consolidação e uma espécie de transição. Consolidação com a incumbência de concluir o que Francisco Leite tinha encaminhado como a aquisição, da ICOMI, do complexo esportivo em Santana, e a construção do prédio para a sede da Federação onde hoje funciona, na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, além da consolidação do projeto de administração para todos os órgãos da Federação, construindo o que se convencionou chamar o Sistema FIAP.
Todo esse resultado foi alvo de uma disputa entre os grupos formados pelas entidades sindicais patronais do setor industrial. Passaram-se mais de 10 anos para que, agora em 2013, voltasse a sensação de que há calma no setor, com os dirigentes dispostos a exercer uma administração de acordo com a necessidade de progresso a da entidade e do setor industrial.
Dentre os atuais mandatários: conselheiros, auxiliares e funcionários -, alguns vêm desde a época da fundação da Federação e para representá-los destaco José Enoilton Carneiro Leite, filho do presidente Francisco Leite da Silva.
A Federação precisa ser um filtro das idéias, das apurações e avaliação dos índices da indústria no Estado do Amapá.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário