Tudo indica que
a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, depois de enfrentar dificuldades
políticas, redescobre a sua direção e está buscando reorganizar-se
administrativa e politicamente, para poder desempenhar o importante papel que
lhe é reservado no processo de desenvolvimento da indústria no Amapá.
A Federação das
Indústrias do Amapá foi fundada no dia 14 de dezembro de 1990, pelos sindicatos
patronais de empresas industriais organizados conforme a legislação sindical de
então e com o objetivo de compor o espectro sócio-empresarial que constituiria
o quadro econômico do Estado, resultado da transformação do Território Federal,
consagrado na Constituição Federal de 1988.
A década de 90
foi de muitas conquistas tendo nesse período, além da afirmação como
instituição a filiação da Federação na Confederação Nacional da Indústria
pré-requisito para iniciar o processo de regionalização do Serviço Social da
Indústria - SESI, do Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional – SENAI e da
implantação do Instituto Euvaldo Lodi na Federação.
Francisco Leite
da Silva, diretor da empresas LCL – Leite Construções Ltda., empresa filiada ao
Sindicato da Indústria da Construção Civil, foi o primeiro presidente da
Federação das Indústrias, tendo como vice-presidente, Antônio Armando Barrau
Fáscio Filho, diretor geral da empresa Sanecir Ltda.
Francisco Leite,
além de ser um empresário na expressão da palavra, também compreendia a
importância de instituições como a Federação, tanto que não mediu esforços para
montar uma boa diretoria, que compreendia o espaço que lhe era reservado no
Estatuto Social da Federação, entendendo a importância do Conselho de
Representantes e do Conselho Fiscal.
Na época o Sesi
e o Senai já funcionavam no Amapá como delegacias regionais sob a supervisão do
presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará. Foram muitas as ações
para que ficasse demonstrada a capacidade dos empresários da indústria local
para assumir o comando dos dois órgãos – SESI e SENAI.
A regionalização
foi uma questão de tempo e de demonstração de preparo da equipe local e, quase
simultaneamente os conselheiros do Conselho Nacional do Sesi e do Conselho
Nacional do Senai, decidiram pela autonomia, transformando as duas delegacias,
subordinadas diretamente à Federação das Industrias do Pará, em departamentos
regionais, sob a orientação dos empresários da Federação das Indústrias do
Amapá.
Francisco Leite
foi presidente por pouco mais de sete anos quando, no exercício da presidência
da entidade, faleceu e deixou um caminho inteiro para ser percorrido pelos seus
sucessores: Rodolfo Juarez, Leônidas Platon, Sivaldo Brito, Telma Gurgel e,
atualmente, Joseane Rocha.
O mandato que
exerci foi de consolidação e uma espécie de transição. Consolidação com a
incumbência de concluir o que Francisco Leite tinha encaminhado como a
aquisição, da ICOMI, do complexo esportivo em Santana, e a construção do prédio
para a sede da Federação onde hoje funciona, na Avenida Padre Júlio Maria
Lombaerd, além da consolidação do projeto de administração para todos os órgãos
da Federação, construindo o que se convencionou chamar o Sistema FIAP.
Todo esse
resultado foi alvo de uma disputa entre os grupos formados pelas entidades sindicais
patronais do setor industrial. Passaram-se mais de 10 anos para que, agora em
2013, voltasse a sensação de que há calma no setor, com os dirigentes dispostos
a exercer uma administração de acordo com a necessidade de progresso a da
entidade e do setor industrial.
Dentre os atuais
mandatários: conselheiros, auxiliares e funcionários -, alguns vêm desde a
época da fundação da Federação e para representá-los destaco José Enoilton
Carneiro Leite, filho do presidente Francisco Leite da Silva.
A Federação
precisa ser um filtro das idéias, das apurações e avaliação dos índices da
indústria no Estado do Amapá.
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