sexta-feira, 10 de maio de 2013

Não há tempo a perder

Rodolfo Juarez
A Secretaria de Obras do Município de Macapá está esperando muito para começar a efetiva recuperação da cidade. A população já ligou o desconfiômetro da com relação às reais condições para fazer o serviço que precisa ser feito.
Há mais de 10 anos sendo maltratada e durante esses 10 anos crescendo, a cidade de Macapá tem exigências que, aparentemente, estão acima da capacidade de solução que tem a própria prefeitura, não obstante as promessas dos administradores e a esperança da população.
A parte recuperável do sistema viário da cidade, a cada ano vai perdendo tamanho, sendo absorvida por aquela que precisa de restauração completa e de nova construção. São muitas as ruas que estão assim.
Nas ruas e avenidas implantadas durante os últimos dez anos, algumas nem projeto têm e precisam de tudo. Além do projeto as vias precisam da definição de caixa, sub-base, base, pavimento, capa asfáltica, meio fio, linha d’água e calçada. Além disso, todo o serviço de infraestrutura das outras funções que têm a via, como a colocação do sistema de drenagem, mesmo que primário e água potável, uma vez que a coleta de esgoto sanitário, apesar de ser muito importante, ainda não entra na lista das principais exigências da população.
Enquanto a cidade não contar com um plano com uma proposta desse tipo, dificilmente os parceiros se apresentarão, apesar da vontade ou da necessidade que venham a ter nas composições políticas ou apoiamento eleitoral.
Para que um projeto de recuperação das vias da cidade seja executado precisa a administração municipal contar com bons equipamentos, pessoal qualificado e em número suficiente para executá-la, de outra forma, não haverá condições para que se alcancem os objetivos e se cumpram as promessas.
Quanto aos outros equipamentos urbanos, como praças, parques, jardins, esses além de necessários, tem outras exigências e que precisam, para dar certo, que a administração municipal conheça o que pensa a população e o que ela deseja para o seu bairro e para a comunidade.
Escolas, postos médicos, ambientes apropriados para o desenvolvimento esportivo e culturais, necessariamente precisam acompanhar o que se faz nas vias, para que a ocupação do solo seja adequada e apropriada para cada local da cidade.
Sem as vias em condições, não há chance de melhorar o transporte coletivo e tão pouco, dotar, essas vias, de iluminação pública adequada.
Com relação à segurança, esse sistema é gerenciado pelo Governo do Estado e dele deve ser exigido.
Mas se não houver a iniciativa da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Obras, são precárias as chances de uma iniciativa como essa dar certo. Primeiro pelo custo e depois pela atribuição que é tipicamente municipal.
A parceria anunciada no começo de abril, entre a Prefeitura e o Governo do Estado, até agora ainda não ofereceu resultado, provavelmente porque não tem um grupo executivo definido. As atribuições continuam com os órgãos, onde também estão os recursos destinados aos serviços.
Por enquanto ainda há tempo, mas o tempo não para e, daqui a pouco, esvai-se deixando os gestores com as costumeiras desculpas.  

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