Rodolfo Juarez
No
próximo final de semana os estudantes brasileiros e, entre eles, os estudantes
amapaenses, estarão experimentando uma nova forma de habilitar-se aos cursos
superiores. No sábado e no domingo, mais de sete milhões de provas serão
distribuídas por sete milhões de jovens que estão inscritos para fazer a grande
prova.
O
Brasil, assim, começa a se integrar à comunidade internacional entre os países
que já realizam o provão para admitir os jovens nas diversas academias publicas
e privadas que estão funcionando no país.
No
começo foram flagrados os aproveitadores que serviram para chamar a atenção dos
organizadores mostrando que o nível de segurança adotado não garantia a
inviolabilidade material dos envelopes e muito menos o vazamento das
informações sobre o conteúdo das provas.
Isso
não quer dizer que envelopes não serão violados ou que o conteúdo não será
repassado fora da hora que os organizadores definiram.
Será um
grande momento para a juventude que quer mudar as referências da nação e que
está certa que tudo precisa passar pelo crivo daqueles que detêm o
conhecimento.
O
vestibular, ao longo dos anos veio perdendo a força, algumas instituições de
ensino superior, segurava o seu prestígio através das provas de vestibular, não
só pelo histórico de resultados apresentados, mas através de peças
publicitárias que ataiam, cada vez mais, um maior número de candidatos,
engordado a conta bancária dos donos das faculdades e gerando frustrações para
os jovens, que se viam diminuídos por não obter sucesso nas provas que faziam.
Para
não perder o préstito algumas instituições de ensino superior, principalmente
as militares, mantinham o mesmo número de vagas ofertadas a cada vestibular,
mesmo que o número de candidatos dobrasse, triplicasse ou quadruplicasse
naquele ano.
Um
castigo para aqueles que viam no mercado possibilidades de sucesso futuro ou
que, simplesmente, definiam-se como vocacionados a realizar aquelas provas.
A
frustração de não ter o nome entre os aprovados motivava a festa dos cursinhos
e dos aprovados, em uma dança incrível animada pela mediocridade dos que,
eventualmente, tinham obtido sucesso em um país que precisa de todos aqueles
que estão dispostos a aprender, imaginem daqueles que se submetem a uma prova
para credenciá-lo a continuar exercendo o direito que tem de aumentar o seu
conhecimento.
O
sistema estava frustrando jovens no começo de suas pretensões profissionais,
deixando a grande maioria fora do sistema universitário nacional, um castigo
imerecido e injustificado.
Não
quer dizer, entretanto, que o Enem não oferecerá esses críticos momentos.
Alguns terão a oportunidade de dividir, com quem quer que seja, a disputa por
uma das vagas é muito grande.
Como
ainda não existe uma rampa contínua que evite esses abismos entre as etapas da
educação (infantil, fundamental, médio e superior), uma invenção que prejudica
o país, então que se tenha uma disputa universal, onde todos têm a certeza que
disputaram as vagas, tendo o conhecimento avaliado pelo mesmo nível.
É um
avanço, muito embora ainda não satisfaça as condições nacionais.
Haveremos
de chegar ao tempo em que todos se submeterão a avaliação no processo
educacional, deixando essas estressantes provas, de longa duração, que não
levam em consideração as condições físicas do aluno e muito menos emocional,
mas que, pretende, através do anonimato, ser justa.
O provão é, indiscutivelmente uma avanço que
está se ajustando às questões nacionais e garantindo a inviolabilidade por
processos de tentativas e ainda tendo a subjetividade como fator decisivo como
no caso da redação.
Os que
estão se preparando para o Enem estão na reta final, cansados, alguns
completamente esgotados, mas basta lembrar que falta pouco e a regra atual é
essa.
Então
que venha o final de semana decisivo.
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