domingo, 20 de outubro de 2013

As provas do Enem

Rodolfo Juarez
No próximo final de semana os estudantes brasileiros e, entre eles, os estudantes amapaenses, estarão experimentando uma nova forma de habilitar-se aos cursos superiores. No sábado e no domingo, mais de sete milhões de provas serão distribuídas por sete milhões de jovens que estão inscritos para fazer a grande prova.
O Brasil, assim, começa a se integrar à comunidade internacional entre os países que já realizam o provão para admitir os jovens nas diversas academias publicas e privadas que estão funcionando no país.
No começo foram flagrados os aproveitadores que serviram para chamar a atenção dos organizadores mostrando que o nível de segurança adotado não garantia a inviolabilidade material dos envelopes e muito menos o vazamento das informações sobre o conteúdo das provas.
Isso não quer dizer que envelopes não serão violados ou que o conteúdo não será repassado fora da hora que os organizadores definiram.
Será um grande momento para a juventude que quer mudar as referências da nação e que está certa que tudo precisa passar pelo crivo daqueles que detêm o conhecimento.
O vestibular, ao longo dos anos veio perdendo a força, algumas instituições de ensino superior, segurava o seu prestígio através das provas de vestibular, não só pelo histórico de resultados apresentados, mas através de peças publicitárias que ataiam, cada vez mais, um maior número de candidatos, engordado a conta bancária dos donos das faculdades e gerando frustrações para os jovens, que se viam diminuídos por não obter sucesso nas provas que faziam.
Para não perder o préstito algumas instituições de ensino superior, principalmente as militares, mantinham o mesmo número de vagas ofertadas a cada vestibular, mesmo que o número de candidatos dobrasse, triplicasse ou quadruplicasse naquele ano.
Um castigo para aqueles que viam no mercado possibilidades de sucesso futuro ou que, simplesmente, definiam-se como vocacionados a realizar aquelas provas.
A frustração de não ter o nome entre os aprovados motivava a festa dos cursinhos e dos aprovados, em uma dança incrível animada pela mediocridade dos que, eventualmente, tinham obtido sucesso em um país que precisa de todos aqueles que estão dispostos a aprender, imaginem daqueles que se submetem a uma prova para credenciá-lo a continuar exercendo o direito que tem de aumentar o seu conhecimento.
O sistema estava frustrando jovens no começo de suas pretensões profissionais, deixando a grande maioria fora do sistema universitário nacional, um castigo imerecido e injustificado.
Não quer dizer, entretanto, que o Enem não oferecerá esses críticos momentos. Alguns terão a oportunidade de dividir, com quem quer que seja, a disputa por uma das vagas é muito grande.
Como ainda não existe uma rampa contínua que evite esses abismos entre as etapas da educação (infantil, fundamental, médio e superior), uma invenção que prejudica o país, então que se tenha uma disputa universal, onde todos têm a certeza que disputaram as vagas, tendo o conhecimento avaliado pelo mesmo nível.
É um avanço, muito embora ainda não satisfaça as condições nacionais.
Haveremos de chegar ao tempo em que todos se submeterão a avaliação no processo educacional, deixando essas estressantes provas, de longa duração, que não levam em consideração as condições físicas do aluno e muito menos emocional, mas que, pretende, através do anonimato, ser justa.
 O provão é, indiscutivelmente uma avanço que está se ajustando às questões nacionais e garantindo a inviolabilidade por processos de tentativas e ainda tendo a subjetividade como fator decisivo como no caso da redação.
Os que estão se preparando para o Enem estão na reta final, cansados, alguns completamente esgotados, mas basta lembrar que falta pouco e a regra atual é essa.

Então que venha o final de semana decisivo.

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