Rodolfo Juarez
A Companhia de Eletricidade do Amapá –
Cea está com uma nova presidência, com a missão de internar a federalização na
empresa, segundos os modelos conhecidos, mas considerando as suas peculiaridades
da companhia.
Apesar de a federalização ter sido a
única porta que foi vista, tanto pelos acionistas como pelos funcionários, do
quadro permanente ou do quadro eventual, a internação administrativa não vai
ser feita com o fito de satisfazer aqueles funcionários, mas com o objetivo de
modificar a companhia para que se torne uma empresa moderna e com objetivos que
possam justificar a sua própria atividade, sustentada pelas regras do mercado e
pelos resultados que obtenha nesse mesmo mercado.
Aquela história alardeada por algumas
figuras proeminentes quando se referiam empresa, terminando os discursos
políticos com a expressão “a CEA é nossa!”, ainda não se manifestaram sobre o
momento da empresa, mesmo com a população, através do Governo do Estado e com
autorização da Assembleia Legislativa, tendo que assumir uma dívida, de um
bilhão e quatrocentos milhos, como valor de face, isto é, sem contar juros e
correções.
Os primeiros sacrificados já foram
identificados, provavelmente eles não deveriam ser os primeiros. Mas foram.
Agora terão que espernear e como já anunciou uma das autoridades do comando do
sindicato da categoria, recorrendo contra a decisão de demissão que foi tomada
pela nova direção.
Mas outas medidas serão anunciadas em
breve, uma vez que a proposta administrativa tem duas grandes listas de
anotações: uma se referindo aos problemas e outra aos resultados obtidos.
Essas duas listas serão fundamentais
para a tomada de decisão, que ainda não descartou a possibilidade de
encerramento das atividades da empresa como concessionária de energia para o
Amapá.
Daqui a alguns meses, quando for pago
mais uma parcela da dívida, a detentora do comando acionário da empresa deverá
injetar mais recursos na empresa para equilibrar o balanço patrimonial da
empresa para que ela ganhe condições de preparar-se para receber e distribuir a
energia que virá pelo linhão.
Essa situação é que deixou, de cara, o
município de Oiapoque, fora do Sistema Nacional e que se constituiu um dos
maiores problemas para as administrações daquele município e do governo do
Estado.
Trabalhar dobrado, ou pelo menos o tempo
que a regra da empresa exige, deixa de ser uma “boa vontade” do funcionário da
CEA e passa a ser uma obrigação; deixar longe, aqueles que se acostumara a
fazer da empresa um comitê político, passou a ser uma meta da atual
administração.
Mesmo assim é preciso que o novo comando
da empresa tenha paciência para entender as questões e para elaborar o plano de
recuperação da Companhia que, todos sabem, precisa ser iniciado o quanto antes.
Mas agora o problema do Governo do
Estado se resume em dizer o que precisa, quando falar em nome da população, e
deixar que os dirigentes da CEA encontrem a solução, dentro dos padrões
nacionais e com a certeza de que não haverá mais sacrifício para o consumidor.
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