sábado, 19 de outubro de 2013

Com nova direção

Rodolfo Juarez
A Companhia de Eletricidade do Amapá – Cea está com uma nova presidência, com a missão de internar a federalização na empresa, segundos os modelos conhecidos, mas considerando as suas peculiaridades da companhia.
Apesar de a federalização ter sido a única porta que foi vista, tanto pelos acionistas como pelos funcionários, do quadro permanente ou do quadro eventual, a internação administrativa não vai ser feita com o fito de satisfazer aqueles funcionários, mas com o objetivo de modificar a companhia para que se torne uma empresa moderna e com objetivos que possam justificar a sua própria atividade, sustentada pelas regras do mercado e pelos resultados que obtenha nesse mesmo mercado.
Aquela história alardeada por algumas figuras proeminentes quando se referiam empresa, terminando os discursos políticos com a expressão “a CEA é nossa!”, ainda não se manifestaram sobre o momento da empresa, mesmo com a população, através do Governo do Estado e com autorização da Assembleia Legislativa, tendo que assumir uma dívida, de um bilhão e quatrocentos milhos, como valor de face, isto é, sem contar juros e correções.
Os primeiros sacrificados já foram identificados, provavelmente eles não deveriam ser os primeiros. Mas foram. Agora terão que espernear e como já anunciou uma das autoridades do comando do sindicato da categoria, recorrendo contra a decisão de demissão que foi tomada pela nova direção.
Mas outas medidas serão anunciadas em breve, uma vez que a proposta administrativa tem duas grandes listas de anotações: uma se referindo aos problemas e outra aos resultados obtidos.
Essas duas listas serão fundamentais para a tomada de decisão, que ainda não descartou a possibilidade de encerramento das atividades da empresa como concessionária de energia para o Amapá.
Daqui a alguns meses, quando for pago mais uma parcela da dívida, a detentora do comando acionário da empresa deverá injetar mais recursos na empresa para equilibrar o balanço patrimonial da empresa para que ela ganhe condições de preparar-se para receber e distribuir a energia que virá pelo linhão.
Essa situação é que deixou, de cara, o município de Oiapoque, fora do Sistema Nacional e que se constituiu um dos maiores problemas para as administrações daquele município e do governo do Estado.
Trabalhar dobrado, ou pelo menos o tempo que a regra da empresa exige, deixa de ser uma “boa vontade” do funcionário da CEA e passa a ser uma obrigação; deixar longe, aqueles que se acostumara a fazer da empresa um comitê político, passou a ser uma meta da atual administração.
Mesmo assim é preciso que o novo comando da empresa tenha paciência para entender as questões e para elaborar o plano de recuperação da Companhia que, todos sabem, precisa ser iniciado o quanto antes.
Mas agora o problema do Governo do Estado se resume em dizer o que precisa, quando falar em nome da população, e deixar que os dirigentes da CEA encontrem a solução, dentro dos padrões nacionais e com a certeza de que não haverá mais sacrifício para o consumidor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário