quinta-feira, 26 de abril de 2012


FANTASIA OU REALIDADE?

Rodolfo Juarez

O final de semana prolongado devido a segunda-feira imprensada entre o domingo e o Dia do Trabalho, já foi usado como justificativa para que os funcionários públicos municipais de Macapá tenham o ponto facultado, de pouco importando para os gestores públicos municipais as necessidades da população referentes aos serviços públicos municipais.

Daqui a pouco o Governo do Estado também segue a ordem (ou desordem) e também decretar que todo mundo deve ficar em casa desde sábado até terça.

Enquanto isso os ocupados dirigentes públicos aproveitam para beber tudo o que encontrarem pela frente, desde que os deixem alegres ou pela força do que bebem ou pela pouco caso de quem paga.

Mas é assim mesmo! Essas coisas são próprias de pessoas que ainda não compreenderam que tem que trabalhar muito mais do que trabalham, para poder suprir as necessidades inerentes ao cargo e as necessidades apresentadas pela população.

Talvez seja por isso que os anúncios de retomadas de obras, como o caso do Hospital do Câncer; de equipagem de cozinha, como é o caso do restaurante popular; ou mesmo as construções de casas populares, costumeiramente não se confirmam pela falta que faz o tempo que é desperdiçado com o “papo p’ro ar” das “autoridades”.

Mas já que essa medida faz parte do princípio da discricionariedade da autoridade, pouco importando a necessidade da população, bem que poderia, no final de semana prolongado e em uma das pausas da festa, ser reinstalada a tal “mesa de negociação” para encontrar uma saída para a greve dos professores do Estado.

Os pais de alunos e os alunos não estão gostando da idéia de passar mais uma semana sem estudar e vislumbrarem a possibilidade do ano letivo se estender pelos meses de janeiro e fevereiro do ano que vem.

Se fosse para valer, dizem os alunos, até que valeria a pena. Mas não é, dizem eles que tudo se transforma em um imenso faz de conta, sem que as autoridades tenham motivação para continuar o trabalho que eles interromperam faz tempo.

Ninguém tem dúvida que trabalhar um dia a mais (ou uma noite a mais) não modifica o salário no final do mês.

O Estado é a maior mãe que os gestores têm. Apesar de não terem ainda aprendido que tudo tem limite, que tudo precisa de controle e que nem tudo eles podem fazer, muito embora continuem fazendo.

Hoje ninguém garante nada. Ninguém bota a mão no fogo em defesa dos dirigentes.

Aliás, para ser verdadeiro, nem sei se você que está lendo esse artigo concorda comigo. Pode até que eu esteja enganado e injustiçando aqueles que aproveitam o tempo para gozar a vida e gozar do povo.

Mas voltando à greve dos professores e à segunda-feira imprensada. Tomara que, aproveitando o último dia do mês, não para apresentar a declaração de ajuste (IRPF), mas para estudar as saídas para o desenvolvimento do Estado que, senão, quando chegar o final do ano, vão ver gastos os quatro bilhões e cem milhões de reais (3,6 do Estado e 0,5 do Município de Macapá) e nada terá sido feito a não ser pagamento de diárias, passagens, salários e vantagens. E apresentando à população o balanço, cheio de números e “tapetes” sem dar oportunidade para que seja visto o que está debaixo desse “tapete”.

Coisa de louco!

Sem perspectiva, com a maioria triste (sem dinheiro) e a minoria alegre (com muito dinheiro), para esses, tempo de todos; para aqueles, cidade forte.

Fantasia ou realidade?

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