FANTASIA
OU REALIDADE?
Rodolfo
Juarez
O final de
semana prolongado devido a segunda-feira imprensada entre o domingo e o Dia do
Trabalho, já foi usado como justificativa para que os funcionários públicos
municipais de Macapá tenham o ponto facultado, de pouco importando para os
gestores públicos municipais as necessidades da população referentes aos
serviços públicos municipais.
Daqui a pouco o
Governo do Estado também segue a ordem (ou desordem) e também decretar que todo
mundo deve ficar em casa desde sábado até terça.
Enquanto isso os
ocupados dirigentes públicos aproveitam para beber tudo o que encontrarem pela
frente, desde que os deixem alegres ou pela força do que bebem ou pela pouco
caso de quem paga.
Mas é assim
mesmo! Essas coisas são próprias de pessoas que ainda não compreenderam que tem
que trabalhar muito mais do que trabalham, para poder suprir as necessidades
inerentes ao cargo e as necessidades apresentadas pela população.
Talvez seja por
isso que os anúncios de retomadas de obras, como o caso do Hospital do Câncer;
de equipagem de cozinha, como é o caso do restaurante popular; ou mesmo as
construções de casas populares, costumeiramente não se confirmam pela falta que
faz o tempo que é desperdiçado com o “papo p’ro ar” das “autoridades”.
Mas já que essa
medida faz parte do princípio da discricionariedade da autoridade, pouco
importando a necessidade da população, bem que poderia, no final de semana
prolongado e em uma das pausas da festa, ser reinstalada a tal “mesa de
negociação” para encontrar uma saída para a greve dos professores do Estado.
Os pais de
alunos e os alunos não estão gostando da idéia de passar mais uma semana sem
estudar e vislumbrarem a possibilidade do ano letivo se estender pelos meses de
janeiro e fevereiro do ano que vem.
Se fosse para
valer, dizem os alunos, até que valeria a pena. Mas não é, dizem eles que tudo
se transforma em um imenso faz de conta, sem que as autoridades tenham
motivação para continuar o trabalho que eles interromperam faz tempo.
Ninguém tem
dúvida que trabalhar um dia a mais (ou uma noite a mais) não modifica o salário
no final do mês.
O Estado é a
maior mãe que os gestores têm. Apesar de não terem ainda aprendido que tudo tem
limite, que tudo precisa de controle e que nem tudo eles podem fazer, muito embora
continuem fazendo.
Hoje ninguém
garante nada. Ninguém bota a mão no fogo em defesa dos dirigentes.
Aliás, para ser
verdadeiro, nem sei se você que está lendo esse artigo concorda comigo. Pode
até que eu esteja enganado e injustiçando aqueles que aproveitam o tempo para
gozar a vida e gozar do povo.
Mas voltando à
greve dos professores e à segunda-feira imprensada. Tomara que, aproveitando o
último dia do mês, não para apresentar a declaração de ajuste (IRPF), mas para
estudar as saídas para o desenvolvimento do Estado que, senão, quando chegar o
final do ano, vão ver gastos os quatro bilhões e cem milhões de reais (3,6 do
Estado e 0,5 do Município de Macapá) e nada terá sido feito a não ser pagamento
de diárias, passagens, salários e vantagens. E apresentando à população o
balanço, cheio de números e “tapetes” sem dar oportunidade para que seja visto
o que está debaixo desse “tapete”.
Coisa de louco!
Sem perspectiva,
com a maioria triste (sem dinheiro) e a minoria alegre (com muito dinheiro),
para esses, tempo de todos; para aqueles, cidade forte.
Fantasia ou
realidade?
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