segunda-feira, 9 de abril de 2012

O MELHOR CAMINHO É A VERDADE

Rodolfo Juarez
O Estado do Amapá vive um clima político-administrativo muito difícil no começo deste segundo trimestre de 2012. O inferno astral das maiores autoridades do Estado é uma dura realidade enfrentada por aqueles que não foram suficientemente atentos às regras que limitam as ações dos agentes públicos.
Muito embora ainda se trate de claras derivações dos fatos que motivaram a operação Mãos Limpas, vem com o crescimento da confiança na impunidade, tanto que muitos dos motivos são continuações do que já vinha sendo feito noutros tempos.
Nesse momento a população do Estado chora pelos seus representantes e governantes. Um choro velado, sentido, sofrido e que atinge os que mais confiavam na possibilidade de que o Estado do Amapá havia tomado outro rumo.
Espalha-se um sentimento de derrota e de desgosto animados pelo arrependimento que descontrola a avaliação e coloca uns contra os outros, em um nível de visão que não interessa para ninguém.
Abatida segue a população; cheia de vergonha escondem-se os valores familiares, procurando tapar os ouvidos e fechar os olhos dos pequeninos que, inquietos por natureza, vêm com suas perguntas, querendo saber de tudo e de cada um.
Desta feita até o tempo vai precisar de vento para dissipar a nuvem de vergonha que teima em não deixar de penetrar pelas ruas, avenidas, travessa e vielas, praças e parques, como se fosse uma fumaça mal cheirosa, da qual não se conhece a origem e que deixa todos preocupados com o resultado final.
As famílias dos afetados são, seguramente, as que mais sofrem; e os afoitos aliados se apressam em querer avolumar o erro do adversário como se isso resolvesse a questão principal – erro na ação como agente público.
Fica a impressão para todos que, nesses momentos, o tempo passa mais devagar, aumentando o sofrimento, garantindo, pelo menos de vez em quando, as lágrimas das mães e filhos que sofrem vendo a forma como estão encurralados os filhos e os pais, pela pressão da alma que não encontra justificativa que possa valer o que os apontados estão passando.
As reações são diversas, mas nenhuma delas garante que vai fazer mudar o ânimo das pessoas amigas ou inimigas; aliadas ou adversárias.
Não resta dúvida que os cruéis também não perdem a oportunidade e os falsos não deixam de investir na situação, imaginando o seu retorno mais tarde quando a força do vento passar e se achar no direito de cobrar fidelidade para garantir as vantagens que imagina ter direito.
A melhora forma de reagir é se agarrar na verdade. Na verdade de cada um. Se ela for sustentável não demorará para que as questões se arrumem e as explicações sejam dadas a quem precisa ser dadas.
Nesse momento os agentes afetados precisam ter calma, assumir a culpa que tiverem e tomar as providências para que consertem tudo e procedam no sentido de não deixar dúvida de que pretende consertar todos os erros e voltar a se alinhar com os interesses da população.
Os que pretenderem fazer da mentira verdade; esconder os erros debaixo do tapete ou continuar mentindo ou errando, são sérios candidatos não a novos mandatos, mas ao desprezo e ao esquecimento do povo.
Esses agentes que estão no olho do furacão não podem, agora, culpar quem quer que seja. Devem lembrar que são eles e apenas eles, os culpados pelos erros cometidos, mesmo que involuntariamente, mas que precisam ser reparados e logo.

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