LUGAR
BONITO
Rodolfo
Juarez
No próximo dia
10 de junho o Parque do Forte estará completando 6 anos que foi inaugurado.
Tido e havido como um “lugar bonito” foram muitos os lemas criados para
descrever o resultado do projeto sonhado desde a época do prefeito Azevedo
Costa, em 1985.
A primeira
investida para a execução do projeto foi de forma parcial e sob a orientação do
prefeito João Bosco Papaleo Paes que humanizou a praça como a execução de um
projeto que permitia que os carros chegassem até ao cais que já tinha o
contorno que preserva até hoje.
Um
estacionamento para os visitantes do forte e da orla, servia de apoio para
aqueles que chegavam até os quiosques construídos com verba administrada pelo
Município de Macapá. O estacionamento durante os dias de semana servia
diretamente para os carros dos clientes do Bando do Brasil que, mesmo instado a
contribuir para a melhoria do local, acabou tratando as propostas sem qualquer
interesse.
João Capiberibe,
quando assumiu o Governo do Estado, contratou uma empresa especializada para
analisar e desvendar alguns segredos da Fortaleza de São José de Macapá. Os
arquitetos e antropólogos que faziam parte da equipe vislumbraram a
possibilidade de desenvolver um projeto que protegesse o entorno do forte, o
destacasse como monumento, e transformasse o espaço de contemplação em um
ambiente integrado onde a cultura pudesse ser desenvolvida sem prejudicar a
majestade do monumento.
Nascia assim a
idéia do projeto do entorno da Fortaleza de São José de Macapá, com a imposição
para que a área desse entorno ficasse livre dos prédios construídos do lado
direito da Rua Candido Mendes entre as avenidas Henrique Galúcio e Coaracy
Nunes, no sentido Santa Inês/Comércio.
Com essa
proposta as autoridades da área do patrimônio histórico, do desenvolvimento
urbano e do turismo, ganharam fôlego e dinheiro suficiente para desapropria
todas as edificações que ficavam nesse trecho, “descobrindo” o forte para quem
estivesse no Mercado Central.
Foram demolidos
os prédios do frigorífico público e todos os prédios comerciais, inclusive a
lanchonete Zero Grau, que ficava na esquina da Rua Candido Mendes com a Avenida
Coaracy Nunes.
Em consequência
dessa proposta e da distância que separa o prédio do Bando do Brasil do forte,
a intenção que o banco tinha de construir um prédio foi por água a baixo e no
local o BB construiu um estacionamento e um autoatendimento.
Projeto pronto,
aprovado pelos diversos setores interessados, foi licitado e dado a ordem de
serviço para a empresa Estacon executar o projeto com está agora. Nessa época
já se aproximava da metade o segundo mandato do Governador João Capiberibe.
O último ano do
mandato foi assumido por Dalva Figueiredo que teve dificuldades para tocar a
obra que experimentou a sua primeira paralisação.
Dalva perdeu a
eleição para Waldez Góes que, depois de algumas indecisões, mandou tocar o
projeto que, apenas no final do primeiro semestre do último ano do seu primeiro
mandato, portanto três anos e meio depois de assumir o governo, inaugurou o
parque que caiu na graça da população macapaense e recebeu a denominação
popular de “lugar bonito”.
O espaço ainda é
o mais comentado de todo o Estado do Amapá e admirado por todos os visitantes,
muito embora enfrente um problema que não é de hoje – não está bem definido quem
é o responsável pela manutenção do local.
Enquanto isso os
problemas vão crescendo e as reclamações amiudando, pedindo mais atenção para o
que, apesar de ainda não ter completado seis anos de inaugurado, já é uma das
maiores referências do Amapá além fronteira do Estado.
Admirar os
meandros do Parque do Forte, o Lugar Bonito, é lugar comum. O que ainda está
faltando é o Poder Público tratá-lo com a atenção que o Parque e o povo
merecem.
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