quarta-feira, 25 de abril de 2012


LUGAR BONITO

Rodolfo Juarez

No próximo dia 10 de junho o Parque do Forte estará completando 6 anos que foi inaugurado. Tido e havido como um “lugar bonito” foram muitos os lemas criados para descrever o resultado do projeto sonhado desde a época do prefeito Azevedo Costa, em 1985.

A primeira investida para a execução do projeto foi de forma parcial e sob a orientação do prefeito João Bosco Papaleo Paes que humanizou a praça como a execução de um projeto que permitia que os carros chegassem até ao cais que já tinha o contorno que preserva até hoje.

Um estacionamento para os visitantes do forte e da orla, servia de apoio para aqueles que chegavam até os quiosques construídos com verba administrada pelo Município de Macapá. O estacionamento durante os dias de semana servia diretamente para os carros dos clientes do Bando do Brasil que, mesmo instado a contribuir para a melhoria do local, acabou tratando as propostas sem qualquer interesse.

João Capiberibe, quando assumiu o Governo do Estado, contratou uma empresa especializada para analisar e desvendar alguns segredos da Fortaleza de São José de Macapá. Os arquitetos e antropólogos que faziam parte da equipe vislumbraram a possibilidade de desenvolver um projeto que protegesse o entorno do forte, o destacasse como monumento, e transformasse o espaço de contemplação em um ambiente integrado onde a cultura pudesse ser desenvolvida sem prejudicar a majestade do monumento.

Nascia assim a idéia do projeto do entorno da Fortaleza de São José de Macapá, com a imposição para que a área desse entorno ficasse livre dos prédios construídos do lado direito da Rua Candido Mendes entre as avenidas Henrique Galúcio e Coaracy Nunes, no sentido Santa Inês/Comércio.

Com essa proposta as autoridades da área do patrimônio histórico, do desenvolvimento urbano e do turismo, ganharam fôlego e dinheiro suficiente para desapropria todas as edificações que ficavam nesse trecho, “descobrindo” o forte para quem estivesse no Mercado Central.

Foram demolidos os prédios do frigorífico público e todos os prédios comerciais, inclusive a lanchonete Zero Grau, que ficava na esquina da Rua Candido Mendes com a Avenida Coaracy Nunes.

Em consequência dessa proposta e da distância que separa o prédio do Bando do Brasil do forte, a intenção que o banco tinha de construir um prédio foi por água a baixo e no local o BB construiu um estacionamento e um autoatendimento.

Projeto pronto, aprovado pelos diversos setores interessados, foi licitado e dado a ordem de serviço para a empresa Estacon executar o projeto com está agora. Nessa época já se aproximava da metade o segundo mandato do Governador João Capiberibe.

O último ano do mandato foi assumido por Dalva Figueiredo que teve dificuldades para tocar a obra que experimentou a sua primeira paralisação.

Dalva perdeu a eleição para Waldez Góes que, depois de algumas indecisões, mandou tocar o projeto que, apenas no final do primeiro semestre do último ano do seu primeiro mandato, portanto três anos e meio depois de assumir o governo, inaugurou o parque que caiu na graça da população macapaense e recebeu a denominação popular de “lugar bonito”.

O espaço ainda é o mais comentado de todo o Estado do Amapá e admirado por todos os visitantes, muito embora enfrente um problema que não é de hoje – não está bem definido quem é o responsável pela manutenção do local.

Enquanto isso os problemas vão crescendo e as reclamações amiudando, pedindo mais atenção para o que, apesar de ainda não ter completado seis anos de inaugurado, já é uma das maiores referências do Amapá além fronteira do Estado.

Admirar os meandros do Parque do Forte, o Lugar Bonito, é lugar comum. O que ainda está faltando é o Poder Público tratá-lo com a atenção que o Parque e o povo merecem.


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