sábado, 18 de agosto de 2012

Eleições 2012: Os planos de governo

Rodolfo Juarez
As eleições municipais de 2012 seguem o seu caminho, cumprindo as etapas que constam do calendário eleitoral e os candidatos ávidos em busca do voto do eleitor.
São estratégias diferentes para alcançar o mesmo objetivo.
Esse comportamento deixa claro que existem sim diversas caminhos para chegar às prefeituras municipais. Alguns mais longos e limpos do que outros, para não ficar tudo em pé de igualdade.
Com cada candidato com o qual se conversa, nota-se cuidados bem específicos. Alguns para deixar claro que têm condições de exercer o mandato que buscam e outros para também deixar claro que tem sempre uma “carta na manga” para usar no momento mais adequado.
O interessante é que eles, em regra, não estão se prendendo no que descreveram no plano de governo, documento que apresentaram à Justiça Eleitoral por ocasião do pedido de registro da sua candidatura.
Quando solicitado a falar sobre o que consta no seu plano, o candidato não sabe fazer referência e fala tão genericamente que fica mais geral do que o que consta no documento assinado e entregue na Zona Eleitoral.
Até agora não se tem observado qualquer compromisso, por mais elementar que seja, com o que disse o candidato no plano de governo.
O observador é levado a concluir que, desde o plano proposto por ele mesmo, não existe compromisso com nada, nem mesmo com o que disse que faria e muito menos com o que prega na campanha.
A generalização não é um bom caminho. Colocar todos juntos com relação ao comportamento igual, também poderia não corresponder à verdade. Entretanto, todos, sem exceção, apontam para a vontade de não cumprir nada do que promete e nada do que escreveu.
Esse comportamento além de ser muito arriscado, está sujeito a perda de votos importantes desde que a fiscalização eleitoral destaque, para cada comunidade, os pontos que foram prometidos oficialmente, pelo candidato, à população e, de certa maneira, ao seu partido e aos partidos aliados.
O objetivo da exigência da apresentação do plano de governo como documento exigido para o registro da candidatura, pode não estar claro para o candidato, mas pode ficar claro para a tomada de decisão do eleitor, no momento em que lhe for dado o conhecimento desse plano. Afinal de contas o plano está escrito, assinado e arquivado no Cartório Eleitoral.
O acesso pode ser feito pela internet, no site do TSE, no link que leva aos registros das candidaturas e dentro da “gaveta” de arquivo do candidato.
Alguns desses documentos chegam a mais de 70 páginas, outros, entretanto, não passam das três páginas. Muito embora o que tenha 70 páginas não possa ser tido, a priori, como melhor do que aquele que tem apenas 3.
Mas é preciso conhecer.
É, seguramente, um bom referencial para que o eleitor se decida em qual candidato vai votar. Mas é preciso conhecer e ter paciência para avaliar.
Os tempos não são mais para ouvir apenas promessas faladas, precisam considerar também as promessas escritas. Estas podem ser cobradas ou, pelo menos, usadas como referências na hora de votar.
Ninguém pode esquecer que as “equipes” são constituídas por profissionais de campanhas eleitorais e nem sempre os membros dessas equipes votam naqueles para os quais pedem o seu voto. 

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