As eleições
municipais de 2012 seguem o seu caminho, cumprindo as etapas que constam do
calendário eleitoral e os candidatos ávidos em busca do voto do eleitor.
São estratégias
diferentes para alcançar o mesmo objetivo.
Esse
comportamento deixa claro que existem sim diversas caminhos para chegar às
prefeituras municipais. Alguns mais longos e limpos do que outros, para não
ficar tudo em pé de igualdade.
Com cada
candidato com o qual se conversa, nota-se cuidados bem específicos. Alguns para
deixar claro que têm condições de exercer o mandato que buscam e outros para
também deixar claro que tem sempre uma “carta na manga” para usar no momento
mais adequado.
O interessante é
que eles, em regra, não estão se prendendo no que descreveram no plano de
governo, documento que apresentaram à Justiça Eleitoral por ocasião do pedido
de registro da sua candidatura.
Quando
solicitado a falar sobre o que consta no seu plano, o candidato não sabe fazer
referência e fala tão genericamente que fica mais geral do que o que consta no
documento assinado e entregue na Zona Eleitoral.
Até agora não se
tem observado qualquer compromisso, por mais elementar que seja, com o que
disse o candidato no plano de governo.
O observador é
levado a concluir que, desde o plano proposto por ele mesmo, não existe
compromisso com nada, nem mesmo com o que disse que faria e muito menos com o
que prega na campanha.
A generalização
não é um bom caminho. Colocar todos juntos com relação ao comportamento igual,
também poderia não corresponder à verdade. Entretanto, todos, sem exceção,
apontam para a vontade de não cumprir nada do que promete e nada do que
escreveu.
Esse
comportamento além de ser muito arriscado, está sujeito a perda de votos
importantes desde que a fiscalização eleitoral destaque, para cada comunidade,
os pontos que foram prometidos oficialmente, pelo candidato, à população e, de
certa maneira, ao seu partido e aos partidos aliados.
O objetivo da
exigência da apresentação do plano de governo como documento exigido para o
registro da candidatura, pode não estar claro para o candidato, mas pode ficar
claro para a tomada de decisão do eleitor, no momento em que lhe for dado o
conhecimento desse plano. Afinal de contas o plano está escrito, assinado e
arquivado no Cartório Eleitoral.
O acesso pode
ser feito pela internet, no site do TSE, no link que leva aos registros das
candidaturas e dentro da “gaveta” de arquivo do candidato.
Alguns desses
documentos chegam a mais de 70 páginas, outros, entretanto, não passam das três
páginas. Muito embora o que tenha 70 páginas não possa ser tido, a priori, como
melhor do que aquele que tem apenas 3.
Mas é preciso
conhecer.
É, seguramente,
um bom referencial para que o eleitor se decida em qual candidato vai votar.
Mas é preciso conhecer e ter paciência para avaliar.
Os tempos não
são mais para ouvir apenas promessas faladas, precisam considerar também as
promessas escritas. Estas podem ser cobradas ou, pelo menos, usadas como
referências na hora de votar.
Ninguém pode
esquecer que as “equipes” são constituídas por profissionais de campanhas
eleitorais e nem sempre os membros dessas equipes votam naqueles para os quais
pedem o seu voto.
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