quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Os candidatos no rádio e na tv

Rodolfo Juarez
Começou a temporada dos candidatos na televisão e no rádio. Uma oportunidade que o legislador nacional encontrou para diminuir as disparidades entre os candidatos que podem mais daqueles nada podem.
Pelo menos, no rádio e na tv, os postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador aparecem com suas propostas, algumas espetaculares, outras impossíveis, mas junto com essas propostas, algumas que não passam de embuste ou sonho mal sonhado.
A aparição na televisão acaba sendo parte de um filtro importante para o eleitor, não pelos programas que podem ser executados, mas pelo perfil de muitos que, ou estão para brincadeira ou, simplesmente, não sabem o que realmente podem estar fazendo na campanha e muito menos poderia fazer na câmara.
Já faz tempo que o programa eleitoral gratuito deixou de ser um veículo de escolha para ser um modo de separação entre os que têm o que dizer os que dizem nada, ou quando dizem, o fazem tão sem sentido que é imediatamente descartado.
Mas a proposta do horário eleitoral gratuito, que tinha um objetivo, virou de ponta cabeça, mas passou a oferecer outra oportunidade para o eleitor – tirar de cena os candidatos considerados fracos ou sem propostas.
É claro que o eleitor só poderia fazer isso vendo o candidato como vê na televisão ou ouvindo esse candidato, como ouve no rádio.
Nesse momento a decisão está tomada - “nesse eu não voto”.
Os que restam e que só serão notados nos “santinhos”, nas caminhadas, nos plágios musicais ou quase isso, nas bandeiradas, nos comícios, nas reuniões ou em outro tipo que o candidato use para se apresentar e convencer o eleitor, continua no páreo.
É bastante comum os cabos eleitorais não gostarem da aparição na televisão ou a audição no rádio do seu candidato. Reclamam com o candidato ou com o coordenador da campanha, dão opiniões que, em regra, não são seguidas.
Mas estão eles ai, uns aparecendo mais que os outros, mas todos dando a oportunidade para o eleitor. É como se fosse um concurso, onde as competências não são exigidas, apenas as formas de apresentação.
Em alguns casos vira mais um concurso de miss. O eleitor acaba escolhendo pela estampa que a candidata apresenta na televisão ou pelo timbre de voz que tem no rádio. Quando os dois combinam favoravelmente é um passo para o sucesso.
Os candidatos homens, mas para mister ou locutor.
Em Macapá são 23 vagas para vereador, uma vaga para prefeito e uma vaga para vice-prefeito. São quase 400 candidatos a vereador, 6 candidatos a prefeito e 6 candidatos a vice-prefeito.
Os candidatos a vice-prefeito continuam com dificuldades para aparecer. Só tem lugar garantido nos comícios, quando fica ao lado do candidato a prefeito e discursa, quando discursa, antecedendo o candidato a prefeito.
Os primeiros programas funcionam como uma eliminatória de concurso. Alguns candidatos já foram reprovados pelo eleitor logo de cara. Já perderam e nem sabem.
É isso mesmo. O eleitor dá a impressão que está estabelecendo um critério que tem muita semelhança com os mata-matas dos campeonatos de futebol.
Bastam ver duas aparições para que o eleitor se decidida com quem segue para o próximo confronto.
Faltando pouco mais de 40 dias para as eleições, os eleitores têm que fazer isso mesmo, começar a separa o joio do trigo e decidir-se pelos que vão à grande final, logo no dia 7 ou se as emoções continuam até o dia 28, quando será decidido a quem serão entregues os diplomas de vice-prefeito e prefeito de Macapá e os 23 diplomas de vereador que estarão disputando os gabinetes na Câmara Municipal.

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