Começou a
temporada dos candidatos na televisão e no rádio. Uma oportunidade que o
legislador nacional encontrou para diminuir as disparidades entre os candidatos
que podem mais daqueles nada podem.
Pelo menos, no
rádio e na tv, os postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador
aparecem com suas propostas, algumas espetaculares, outras impossíveis, mas
junto com essas propostas, algumas que não passam de embuste ou sonho mal sonhado.
A aparição na
televisão acaba sendo parte de um filtro importante para o eleitor, não pelos
programas que podem ser executados, mas pelo perfil de muitos que, ou estão
para brincadeira ou, simplesmente, não sabem o que realmente podem estar
fazendo na campanha e muito menos poderia fazer na câmara.
Já faz tempo que
o programa eleitoral gratuito deixou de ser um veículo de escolha para ser um
modo de separação entre os que têm o que dizer os que dizem nada, ou quando
dizem, o fazem tão sem sentido que é imediatamente descartado.
Mas a proposta
do horário eleitoral gratuito, que tinha um objetivo, virou de ponta cabeça,
mas passou a oferecer outra oportunidade para o eleitor – tirar de cena os
candidatos considerados fracos ou sem propostas.
É claro que o
eleitor só poderia fazer isso vendo o candidato como vê na televisão ou ouvindo
esse candidato, como ouve no rádio.
Nesse momento a
decisão está tomada - “nesse eu não voto”.
Os que restam e
que só serão notados nos “santinhos”, nas caminhadas, nos plágios musicais ou
quase isso, nas bandeiradas, nos comícios, nas reuniões ou em outro tipo que o
candidato use para se apresentar e convencer o eleitor, continua no páreo.
É bastante comum
os cabos eleitorais não gostarem da aparição na televisão ou a audição no rádio
do seu candidato. Reclamam com o candidato ou com o coordenador da campanha,
dão opiniões que, em regra, não são seguidas.
Mas estão eles
ai, uns aparecendo mais que os outros, mas todos dando a oportunidade para o
eleitor. É como se fosse um concurso, onde as competências não são exigidas,
apenas as formas de apresentação.
Em alguns casos
vira mais um concurso de miss. O eleitor acaba escolhendo pela estampa que a
candidata apresenta na televisão ou pelo timbre de voz que tem no rádio. Quando
os dois combinam favoravelmente é um passo para o sucesso.
Os candidatos
homens, mas para mister ou locutor.
Em Macapá são 23
vagas para vereador, uma vaga para prefeito e uma vaga para vice-prefeito. São
quase 400 candidatos a vereador, 6 candidatos a prefeito e 6 candidatos a
vice-prefeito.
Os candidatos a
vice-prefeito continuam com dificuldades para aparecer. Só tem lugar garantido
nos comícios, quando fica ao lado do candidato a prefeito e discursa, quando
discursa, antecedendo o candidato a prefeito.
Os primeiros
programas funcionam como uma eliminatória de concurso. Alguns candidatos já
foram reprovados pelo eleitor logo de cara. Já perderam e nem sabem.
É isso mesmo. O
eleitor dá a impressão que está estabelecendo um critério que tem muita
semelhança com os mata-matas dos campeonatos de futebol.
Bastam ver duas
aparições para que o eleitor se decidida com quem segue para o próximo
confronto.
Faltando pouco
mais de 40 dias para as eleições, os eleitores têm que fazer isso mesmo,
começar a separa o joio do trigo e decidir-se pelos que vão à grande final,
logo no dia 7 ou se as emoções continuam até o dia 28, quando será decidido a
quem serão entregues os diplomas de vice-prefeito e prefeito de Macapá e os 23
diplomas de vereador que estarão disputando os gabinetes na Câmara Municipal.
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