A busca do atendimento médico
ou laboratorial, um tratamento urgente ou de rotina, ou por um atendimento
humanizado e completo é o que procuram todos os dias, na rede pública, as
pessoas que sentem que precisam de atendimento ou que passaram a precisar de
atendimento médico por diversas razões.
Os postos médicos, as
unidades de pronto atendimento, os ambulatórios, as clínicas, os hospitais e os
setores de emergência, como o Hospital de Emergência em Macapá, ou as
“emergências” dos hospitais daqui da Capital, de Santana ou de outros
municípios, são as unidades de saúde buscadas pela população todas as vezes que
sentem necessidade de um tratamento pessoal ou de um dos seus familiares.
Recorrer a outros centros,
fora de Macapá, passou a ser alternativa para poucos. Apenas os endinheirados
ou os políticos com mandato têm cacife para buscar atendimento fora do Estado.
O resto da população tem que
se enquadrar nas possibilidades daqui, com paciência e sofrimento, provocando
um sentimento de desconfiança e que, por motivos às vezes superáveis, acaba
perdendo a paciência e invocando os exemplos que conhece por ter presenciado ou
vivido.
Como a maioria só pode dispor
do atendimento daqui, então procura se adaptar desconfiando.
Para completar o cenário, faz
tempo que o setor saúde virou tema de campanha política, na época da campanha,
e tema de pressão política, nas épocas fora de campanha.
Já faz tempo que o Governo do
Estado e os Governos Municipais não se entendem e adotam a crítica, de um sobre
o outro e do outro sobre o um, para justificar o mau atendimento que sentem na
pele, aqueles que procuram o sistema de saúde instalado no Amapá.
As mudanças constantes de
comando na Secretaria de Estado da Saúde e na Secretaria Municipal de Saúde do
Município de Macapá, também trazem a sua parte na contribuição para piorar o
relacionamento do setor com a população, construindo uma contradição que nega
as justificativas apresentadas ou pelo governador do Estado ou pelo prefeito de
Macapá.
Ocorre que mudando o
secretário, mudam os adjuntos, os diretores e etc. E, logicamente, mudam os
procedimentos, sempre prejudicando o todo, mesmo com a população, sem perder a
esperança, dando a trégua necessária e voluntária aos novos dirigentes. Parece
até combina.
Passados os primeiros quatro
meses começam as mesmas críticas feitas à outra direção.
De pouco tem servido a
estratégia do Governo, direto responsável pelo atendimento de média e alta
complexidade, em culpar as administrações municipais, responsáveis pelo
atendimento básico. E muito menos as culpas colocadas no Governo pelas
administrações municipais.
A população quer ser
atendida, não importa se pelas unidades de saúde gerenciadas pelo Governo do
Estado ou pelas unidades de saúde gerenciadas pelos governos Municipais.
O Hospital de Emergência,
aqui e acolá, é apontado como o “circo dos horrores”; os postos de saúde do
município são apontados como local “onde falta tudo”.
A população não quer saber
disso. Quer apenas ser atendida, e bem. Apesar disso ser apontado como um sonho
pelos próprios operadores do setor.
Para o diretor do Hospital de
Emergência, Regicláudio Silva, todos os esforços que estão sendo feitos agora,
só serão sentidos a médio e longo prazo.
Agora não!
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