Os problemas que
os dirigentes da Federação das Indústrias do Estado do Amapá vêm enfrentando
para decidir quem comanda a entidade pelos próximos quatro anos tem abalado,
profundamente, as motivações que levaram os idealistas do final da década de
noventa a organizar a representação sindical do setor industrial no Amapá.
Francisco Leite
da Silva, Antônio Armando Barrau Fáscio Filho, José Negreiros, Leônidas Cardoso
Platon, Isaias Matias Antunes, Valter Sampaio Cantuária, entre outros, com
coordenação operacional sob minha responsabilidade e de Roberto Coelho do
Nascimento, não imaginávamos estaria sendo criado também um local de litígio e
de confrontos, não em defesa do setor industrial amapaense e sim em defesa do
efêmero poder de dirigir o setor.
Roberto Coelho
do Nascimento, o Roberto Gato, foi com quem contei para desenvolver o trabalho
na parte executiva do processo e com Francisco Leite da Silva e Antônio Armando
Barrau Fáscio Filho, no apoio logístico e político para esse desenvolvimento.
Desde 5 de
outubro, quando a Constituição Federal transformou o Território Federal do
Amapá em Estado do Amapá que, no dia seguinte o novo estado começava a
ajustar-se estruturalmente para, no dia primeiro de janeiro de 1991, ver-se
instalado o primeiro Governo do Estado comandado por um governador eleito pelos
eleitores aptos no Amapá.
O governador
escolhido, o último da série iniciada com a revolução de 1964, o sergipano
Gilton Garcia, ficara encarregado de tomar todas as providências no sentido de
dar condições para que fosse realizada a eleição para os cargos de: Governador
do Estado e seu respectivo vice-governador, 3 Senadores da República, 8
Deputados Federais, 24 Deputados Estaduais e ainda tomar as últimas
providências com relação à estrutura física local e as aberturas com relação às
estruturas de políticas setoriais de desenvolvimento.
O cumprimento
com eficácia das metas pelo governador Gilton Garcia, poderia credenciá-lo a um
dos cargos políticos oferecidos pelo Estado do Amapá, nas eleições de 1994,
pois não teria essas condições nas eleições de 1990.
Foram nove meses
de muito trabalho e alguns resultados que marcando a administração do
sergipano, podendo ser citado como exemplos, a retificação e construção de toda
a Rua Leopoldo Machado e a Construção do Estádio Zerão.
Na área da
política empresarial o incentivo para que fossem criadas as federações da
indústria e do comércio no Estado.
Dos sindicatos
patronais dos setores industriais, apenas a indústria da construção civil e a
indústria gráfica estavam organizados e tinham os sindicatos fundados e
funcionando. Os demais setores como oleiro cerâmico, da panificação, da costura
industrial, da madeira, tiveram que ser organizado e, para isso, contou com a
habilidade e a competência de Roberto Coelho do Nascimento que já estava no
setor comercial, há mais tempo, trabalhando na Secretaria Geral da Associação
Comercial e Industrial do Amapá.
Fez a parte que
lhe cabia e possibilitou a fundação da Federação das Indústrias do Amapá (esse
o primeiro nome), no dia 14 de dezembro de 1990.
De lá Roberto
Gato, a convite de José Alcolumbre, foi para organizar os sindicatos do setor
de comércio e assemelhados, para em seguida funda a Federação do Comercio do
Amapá, em fevereiro de 1991. José Alcolumbre foi o primeiro presidente da
Federação do Comércio.
Roberto Gato,
então, por sua competência, está na história destas duas organizações sindicais
patronais e agora com inevitável sentimento de tristeza com lamento o que vem
acontecendo na Federação as Indústrias do Estado do Amapá.
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