Rodolfo Juarez
Os
amapaenses estão assustados com a onda de violência, em todos os tons que
quiser imaginar, que se instala no Estado e, principalmente nos centros urbanos
daqui.
A
diversidade de condutas que são registradas pelos agentes e delegados de
polícia impressiona até aqueles que já se acostumaram com o dia a dia da
violência, considerando a diversidade que já contabilizam e a frequência com
que isso se repete em pontos da mesma cidade ou em cidades diferentes.
As
causas da aceleração desse tipo de registro ainda não estão bem definidas,
pois, a criatividade dos infratores é considerada uma das mais ativas de todos
os tempos no Amapá.
Todas as
frentes públicas para enfrentamento da situação já concordam que precisam agir,
mas sabem também que ainda não têm o plano pronto para colocar em execução com
a eficiência suficiente para superar os planos dos malfeitores e tornar-se
acreditado pela população.
A
realidade urbana está assuntando muito gente. As autoridades da área de
segurança pública já sabem que precisam dar uma resposta para a população,
inclusive aquela que se vêm discriminadas porque mora neste ou naquele local da
cidade ou porque é considera demais pobre e que vive em situação de risco
social.
Enquanto
isso cresce, de forma surpreendente sobre qualquer ponto de vista, a
participação direta de adolescentes e crianças nas ações criminosas que se
tornaram comum no dia a dia, aumenta.
As
autoridades associam boa parte desta escalada criminosa ao tráfico e consumo de
droga, de todos os tipos, entre elas as mais pesadas, principalmente o craque
que os registram demonstram que está alastrado em todo o Estado e,
principalmente, nas sedes municipais, muito embora no campo já se reconheça a atuação
do traficante e a dependência de jovens trabalhadores e até crianças.
Várias
teorias são apresentadas para justificar a situação e que vão desde a falta de
emprego ao formato da nova família que se instalou no Brasil e chegou ao Amapá,
onde os adultos precisam trabalhar, deixando as crianças em casa, sem qualquer
acompanhamento para a disciplina que educa e prepara as pessoas jovens para a
vida.
Ora, se
a família tem novos comportamentos sociais e se esses comportamentos estão
comprometendo o desenvolvimento humano dos menores, é preciso que se encontre
uma forma para que as crianças não sejam afetadas pelas novas circunstâncias
uma vez que serão elas, as crianças, que estarão dirigindo o futuro de todos,
inclusive os que agora têm a responsabilidade de cuidar bem dessas crianças.
É
importante compreender que é preciso cuidar para que a situação não fique mais
grave do que já está. As dificuldades alegadas são tantas que deixa a impressão
de que tudo está na “casa do sem jeito”.
Será que
não tem jeito mesmo, ou os responsáveis atuais não estão sabendo o que fazer?
O fato é
que violência não combina com desenvolvimento e que não há cidadão de segunda
categoria ou de segunda linha. Todos têm o mesmo direito e a sociedade paga
muito bem para ser mantida a normalidade, assegurada a tranquilidade e a
possibilidade do desenvolvimento geral e pessoal.
Não é
possível, por exemplo, concordar com a teoria dos agentes de segurança,
principalmente aqueles que já jogaram a toalha, quando afirmam que as pessoas
do povo é que são as culpadas pelos assaltos, quando “provocam” os meliantes
usando em via pública, o celular.
Essa
avaliação além de equivocada, não pode, jamais, ser aceita, pois, dessa forma
nega a capacidade do Estado, constitucionalmente responsável pela segurança do
cidadão, em cumprir o seu papel.
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