terça-feira, 4 de junho de 2013

A defesa social em desvantagem

Rodolfo Juarez
Os amapaenses estão assustados com a onda de violência, em todos os tons que quiser imaginar, que se instala no Estado e, principalmente nos centros urbanos daqui.
A diversidade de condutas que são registradas pelos agentes e delegados de polícia impressiona até aqueles que já se acostumaram com o dia a dia da violência, considerando a diversidade que já contabilizam e a frequência com que isso se repete em pontos da mesma cidade ou em cidades diferentes.
As causas da aceleração desse tipo de registro ainda não estão bem definidas, pois, a criatividade dos infratores é considerada uma das mais ativas de todos os tempos no Amapá.
Todas as frentes públicas para enfrentamento da situação já concordam que precisam agir, mas sabem também que ainda não têm o plano pronto para colocar em execução com a eficiência suficiente para superar os planos dos malfeitores e tornar-se acreditado pela população.
A realidade urbana está assuntando muito gente. As autoridades da área de segurança pública já sabem que precisam dar uma resposta para a população, inclusive aquela que se vêm discriminadas porque mora neste ou naquele local da cidade ou porque é considera demais pobre e que vive em situação de risco social.
Enquanto isso cresce, de forma surpreendente sobre qualquer ponto de vista, a participação direta de adolescentes e crianças nas ações criminosas que se tornaram comum no dia a dia, aumenta.
As autoridades associam boa parte desta escalada criminosa ao tráfico e consumo de droga, de todos os tipos, entre elas as mais pesadas, principalmente o craque que os registram demonstram que está alastrado em todo o Estado e, principalmente, nas sedes municipais, muito embora no campo já se reconheça a atuação do traficante e a dependência de jovens trabalhadores e até crianças.
Várias teorias são apresentadas para justificar a situação e que vão desde a falta de emprego ao formato da nova família que se instalou no Brasil e chegou ao Amapá, onde os adultos precisam trabalhar, deixando as crianças em casa, sem qualquer acompanhamento para a disciplina que educa e prepara as pessoas jovens para a vida.
Ora, se a família tem novos comportamentos sociais e se esses comportamentos estão comprometendo o desenvolvimento humano dos menores, é preciso que se encontre uma forma para que as crianças não sejam afetadas pelas novas circunstâncias uma vez que serão elas, as crianças, que estarão dirigindo o futuro de todos, inclusive os que agora têm a responsabilidade de cuidar bem dessas crianças.
É importante compreender que é preciso cuidar para que a situação não fique mais grave do que já está. As dificuldades alegadas são tantas que deixa a impressão de que tudo está na “casa do sem jeito”.
Será que não tem jeito mesmo, ou os responsáveis atuais não estão sabendo o que fazer?
O fato é que violência não combina com desenvolvimento e que não há cidadão de segunda categoria ou de segunda linha. Todos têm o mesmo direito e a sociedade paga muito bem para ser mantida a normalidade, assegurada a tranquilidade e a possibilidade do desenvolvimento geral e pessoal.
Não é possível, por exemplo, concordar com a teoria dos agentes de segurança, principalmente aqueles que já jogaram a toalha, quando afirmam que as pessoas do povo é que são as culpadas pelos assaltos, quando “provocam” os meliantes usando em via pública, o celular.
Essa avaliação além de equivocada, não pode, jamais, ser aceita, pois, dessa forma nega a capacidade do Estado, constitucionalmente responsável pela segurança do cidadão, em cumprir o seu papel.


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