domingo, 9 de junho de 2013

É importante aderir ao processo de transparência

Rodolfo Juarez
As administrações públicas, principalmente as municipais, estão dando a impressão que têm muitas dificuldades para atender o que manda a Lei de Acesso à Informação é a Lei da Transparência.
No começo parecia que se tratava de uma questão de costume e, provavelmente por isso, foi garantido à maioria das administrações municipais em todo o Brasil, um período relativamente longo para que as prefeituras dos municípios com menos de cinquenta mil habitantes, tivesse até o mês de maio de 2013 para dispor, na internet, de seu site com as informações que atenderiam aquelas leis.
Pois bem, até agora é muito reduzido o número de prefeituras que colocaram à disposição do contribuinte, na internet, o seu portal atendendo a lei da transparência ou a lei de acesso à informação.
Os tempos atuais exigem essa providência por parte dos prefeitos, muito menos para atender a uma necessidade administrativa ou de gestão pública, mas para atender a expectativa das populações desses municípios, que estão com muita vontade de cooperar com o prefeito e seus auxiliares.
Ao que tudo indica, entretanto, os administradores, tanto os que saíram no final do ano passado, como os que entraram no dia primeiro desse ano, têm encontrado dificuldades para fazer o que deveria se constituir no principal interesse do mandatário- informar a todos, tudo o que faz e como faz com o dinheiro público.
Passou o tempo em que poucos se interessam com o que era feito com o dinheiro arrecadado pelas prefeituras. Agora há uma espécie de consciência coletiva nesse sentido, empurrando o cidadão para saber tudo o que é feito com cada centavo do que o município, o estado e a União arrecadam.
As dificuldades que os prefeitos estão encontrando não se justificam nelas mesmas, é, certamente, uma situação comandada pela visão equivocadas de um grupo que insiste em não compartilhar o que conhece e o que sabe.
Não resta dúvida que se trata de uma questão que vai exigir conhecimento especializado, pessoal treinado e uma permanente vigilância em todos os setores da administração municipal. Dessa vigilância não pode escapar, caso contrário a falha será detectada imediatamente, pelos interessadíssimos contribuintes.
Hoje esse contribuinte não quer saber de desculpas, ela sente necessidade de ser atendido em seus pedidos de informação e as leis acabaram apenas por disciplinar a forma como a administração pública deve colocar à disposição do contribuinte.
Tudo começa mesmo pela curiosidade. É por isso que as primeiras concentrações de consultas foram para saber quando ganha esse ou aquele funcionário, tanto que alguns órgãos na esfera federal relutaram em disponibilizar esses dados, mas, por fim, chegaram a conclusão de que o povo reagira certo e tudo ficou disponível, não para servir de avaliação deste ou daquele salário, mas para o simples conhecimento do quanto o contribuinte paga para ser, às vezes, mal atendido.
Na cobrança sem critério é possível que os agentes públicos sejam alvos de algumas críticas, mas, depois, quando tudo estiver bem explicado, o povo haverá de reconhecer que o que paga, com o uso do recolhimento dos valores que são entregues ao fisco.
Tudo é uma questão de resultado. E essa questão – o resultado – é o alvo dos contribuintes que só não aceitam ser enganados, seja com as informações sobre vencimentos e salários, mas e principalmente, sobre o que diz respeito à melhoria das condições de vida de todos.
Então, mesmo tendo uma população pequena, o município não está liberado para não informar os seus habitantes. É preciso o mandatário entender que antes de qualquer coisa deve haver respeito àqueles que não medem esforços, sacrificam-se às vezas, para não deixar atrasar o quinhão que paga como contribuinte.

A transparência é uma questão administrativa que precisa entrar na rotina de qualquer administrador, para que todos respeitem o prefeito, o governador, a presidente e todos aqueles que têm a responsabilidade de executar um orçamento público.

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