VANTAGENS DA ÁREA METROPOLITANA
Rodolfo Juarez
Apesar de todas as dificuldades alegadas
pelos prefeitos dos municípios de Macapá e Santana com relação à situação
econômica das prefeituras, que não apresentam condições suficientes para
sustentar as necessidades da cidade e apresentam possibilidades absolutamente
insuficientes, alguns projetos precisam começados ou terem sequência na sua
execução.
Um desses projetos é a avalição de um regime
especial de administração compartilhada entre os dois municípios para atender
questões como a coleta, transporte e destino final do lixo urbano e o
transporte coletivo entre as duas cidades.
Analisar as necessidades das duas cidades de
forma conjunta, além ser uma decisão inteligente é econômica.
Não há argumento que sustente qualquer
decisão no sentido de não compartilhar esses serviços. Desenvolver, por
exemplo, em cada um dos dois municípios, usinas de tratamento de lixo ou o
sistema de transporte coletivo, além de se constituir em um desperdício, não é
inteligente, isso porque a definição
pode ser feita a partir de logística comum e compartilhada.
Outro exemplo é o asfaltamento de vias
urbanas, que pode ser feito a partir de um parque comum de usinagem de asfalto
de médio porte, que tenha condições de atender as duas cidades, diminuindo os
custos das plantas industriais e aumentando a disponibilidade de recursos para
aquisição dos materiais necessários para usinagem da massa asfáltica a ser
aplicada nas vias.
Isso pode ser feito sem qualquer prejuízo
para autonomia das administrações, mas com um ganho tecnológico significativo,
tanto com relação aos equipamentos, como com relação à preparação continuada
dos técnicos que atuariam naquele parque comum.
Os administradores atuais precisam buscar
parcerias técnicas e operacionais para vencer as dificuldades atuais.
No momento, praticar as parcerias políticas,
administrativas ou financeiras, apresenta alto grau de dificuldade além de
impor aos seus praticantes, elevado grau de submissão, principalmente para
aqueles que dispõem de orçamentos menores na comparação da capacidade
econômica.
Também como compradores, os administradores
municipais aumentaram a sua confiança nos fornecedores de materiais, seja para
pavimentação ou para qualquer outra atividade, criando um ambiente mais
confiável para realização das compras tendo, em decorrência, a capacidade de
pagamento aumentada e os riscos do calote eventual diminuído.
Chamar o projeto de região metropolitana, ou
não, isso é um detalhe, mas considerar essa possibilidade é um grande passo
para começar a convencer a população e aos outros governos que, da parte dos
municípios, foi criada uma alternativa que tem especiais condições de dar muito
certo.
É preciso ter visão de estadista, compreender
que a grande vantagem vai ser da população e que os frutos políticos dependerão
do resultado. Esse seria o grande exercício do mandatário, o prefeito de cada
um dos municípios.
O risco é baixo e, as chances de dar certo é
alta.
Então, porque não tentar?
Doutra forma as administrações continuarão
com imensas dificuldades por não poder atender às necessidades atuais e futuras
da população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário