sexta-feira, 14 de junho de 2013

Dever de casa

Rodolfo Juarez
Os administradores do Município de Macapá já começam a sentir os efeitos do que prometeram e não conseguiram fazer, desde o dia primeiro de janeiro.
A paciência da população já não é a mesma e a desconfiança já começa a tomar o lugar da esperança que foi alimentada pelo novo prefeito e que invadiu o subconsciente do povo sempre disposto a dar crédito ao novo.
A sabedoria daqueles que elaboram o atual sistema de gestão pressupõe que as falhas dos gestores não sejam decisivas ou a ação não seja demorada demais para que não abalem a fé e o crédito daqueles que se mostraram dispostos a testar um dos que se apresentou para resolver o problema ou, pelo menos, tentar.
Ninguém duvida que os problemas da gestão e seus processos são muitos e de bom tamanho, mas também ninguém esquece que as propostas, voluntariamente apresentadas indicavam a solução para aqueles mesmos problemas e que os planos elaborados pelo candidato pareciam coerentes e factíveis.
Mas é preciso agir!
Passar para a população que, apesar de tudo, a disposição continua a mesma, que a vontade de resolver os problemas ainda não foi abalada e que todos podem continuar confiando.
Mas é preciso entender!
A população não está satisfeita com os resultados. Ela precisa ver um mínimo daqueles resultados prometidos para esse tempo e que esse mínimo precisa que ser alcançado. Não é razoável esperar que a população esteja disposta a apoiar as justificativas que eventualmente estão sendo dadas.
Mas é preciso sair!
Não dá mais para se contentar vendo o prefeito e seus auxiliares pela televisão, rádio ou jornal, argumentando dificuldades e palestrando sobre projetos que não saem do papel ou das gavetas.
Mas é preciso encarar!
Por mais que os problemas sejam maiores do que a capacidade que tem o município de resolvê-los é preciso encará-los e encarar a população. Ela quer ver e sentir esses problemas, quem sabe, colaborar para encontrar a solução.
Mas é preciso decidir!
Decidir por caminho que não pode deixar de lado a capacidade de cooperação que tem o povo. Afinal de contas é o povo que sente, na pele, todos os resultados, sem exceção, e nesse tempo são raros os bons resultados e pujantes aqueles que não interessam ou que se apresentam inesperadamente.
Mas preciso dizer!
Dizer que falta dinheiro, apoio, parceria, entendimento e até oportunidade para agir, entender, sair, encarar e decidir. Mas que, mesmo assim, continua confiante e que não falta disposição e coragem para enfrentar, além do que não há qualquer chance do medo prevalecer e encurralar, na prefeitura, o prefeito e seus auxiliares.

É importante sair às ruas, saudar o sol, afinal ele está ai por seis meses, contribuindo com a administração, dando chance para que ela deslanche, conquiste o povo, para depois, com paciência e autoridade, saudá-la com respeito e com a certeza de que fez o dever de casa.

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