Rodolfo Juarez
Os administradores do Município de
Macapá já começam a sentir os efeitos do que prometeram e não conseguiram
fazer, desde o dia primeiro de janeiro.
A paciência da população já não é a
mesma e a desconfiança já começa a tomar o lugar da esperança que foi
alimentada pelo novo prefeito e que invadiu o subconsciente do povo sempre
disposto a dar crédito ao novo.
A sabedoria daqueles que elaboram o
atual sistema de gestão pressupõe que as falhas dos gestores não sejam
decisivas ou a ação não seja demorada demais para que não abalem a fé e o
crédito daqueles que se mostraram dispostos a testar um dos que se apresentou
para resolver o problema ou, pelo menos, tentar.
Ninguém duvida que os problemas da gestão
e seus processos são muitos e de bom tamanho, mas também ninguém esquece que as
propostas, voluntariamente apresentadas indicavam a solução para aqueles mesmos
problemas e que os planos elaborados pelo candidato pareciam coerentes e
factíveis.
Mas é preciso agir!
Passar para a população que, apesar de
tudo, a disposição continua a mesma, que a vontade de resolver os problemas
ainda não foi abalada e que todos podem continuar confiando.
Mas é preciso entender!
A população não está satisfeita com os
resultados. Ela precisa ver um mínimo daqueles resultados prometidos para esse
tempo e que esse mínimo precisa que ser alcançado. Não é razoável esperar que a
população esteja disposta a apoiar as justificativas que eventualmente estão
sendo dadas.
Mas é preciso sair!
Não dá mais para se contentar vendo o
prefeito e seus auxiliares pela televisão, rádio ou jornal, argumentando
dificuldades e palestrando sobre projetos que não saem do papel ou das gavetas.
Mas é preciso encarar!
Por mais que os problemas sejam maiores
do que a capacidade que tem o município de resolvê-los é preciso encará-los e
encarar a população. Ela quer ver e sentir esses problemas, quem sabe,
colaborar para encontrar a solução.
Mas é preciso decidir!
Decidir por caminho que não pode deixar de
lado a capacidade de cooperação que tem o povo. Afinal de contas é o povo que
sente, na pele, todos os resultados, sem exceção, e nesse tempo são raros os
bons resultados e pujantes aqueles que não interessam ou que se apresentam
inesperadamente.
Mas preciso dizer!
Dizer que falta dinheiro, apoio,
parceria, entendimento e até oportunidade para agir, entender, sair, encarar e
decidir. Mas que, mesmo assim, continua confiante e que não falta disposição e
coragem para enfrentar, além do que não há qualquer chance do medo prevalecer e
encurralar, na prefeitura, o prefeito e seus auxiliares.
É importante sair às ruas, saudar o sol,
afinal ele está ai por seis meses, contribuindo com a administração, dando
chance para que ela deslanche, conquiste o povo, para depois, com paciência e
autoridade, saudá-la com respeito e com a certeza de que fez o dever de casa.
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