quinta-feira, 6 de junho de 2013

Os bastidores do PT do Amapá

OS BASTIDORES DO PT
Rodolfo Juarez
De agora até o dia 4 de outubro deste ano será intensa a movimentação política em todo o Estado, principalmente dentro dos partidos.
As eleições regionais e nacionais de 2014 serão o foco da maioria das ações que os partidos políticos farão até o encerramento do prazo que permite a filiação de eleitores que pretendem ser candidatos no ano que vem. No Estado vai se falar muito dos conchavos entre os comandos dos partidos locais e no ambiente nacional, os acordos terão como protagonistas as lideranças nacionais naturalmente.
Aqui e acolá esses dirigentes ou líderes partidários confundem os princípios e começam a misturar os interesses partidários com os interesses de estado e, às vezes, acabam por errar demais e tendo de se responsabilizar por isso, colocando em risco a sua condição de futuro candidato.
Os exemplos, mesmo agora, já começam a se multiplicar e resultar em situações jamais imaginadas. Criadas porque os protagonistas das decisões, em regra, são futuros candidatos aos cargos eletivos. Uns tentando renovar o mandato e outros dispostos a conquistar uma das vagas.
Essas contas, as que analisam as possibilidades de cada qual, são feitas agora e, dependendo dos resultados, são usadas como uma parte da “certeza” que o futuro candidato precisa para se lançar na disputa.
É certo que não se ouve e leva em consideração o que o eleitor está pensando, mas, segundo aqueles que estão na disputa por algum tempo ou participando de campanhas, esse eleitor pode ser o foco de uma segunda etapa da campanha.
Se é erro ou não, apenas no dia seguinte ao da eleição, que desta vez acontece no dia 5 de outubro de 2014, é que se terá a confirmação.
O fato é que, mesmo com todas as dificuldades da eleição, o candidato, em regra, “desconfia” que tem condições de alcançar os seus objetivos e as maiores ou menores chances acontecem conforme as negociações feitas agora.
O que aconteceu na segunda-feira em uma das reuniões da direção estadual do Partido dos Trabalhadores no Amapá, já reflete bem o nível de stress com que esses encontros são realizados. Nem tanto pelo o que é dito nos editais de convocação, mas pelo que dito durante as reuniões.
Apesar do nome “partido”, o partido político pode ser definido como uma reunião de pessoas que têm o mesmo ideal social e político, definido pela voluntariedade como o cidadão eleitor se filia a um dos partidos regularmente registrados.
Mesmo assim há quem diga – e até alimente – a ideia de que dentro do partido político é aceitável e até pode ser incentivada a existência de facções como forma de exercitar a democracia.
O Partido dos Trabalhadores no Amapá há muito convive com essas disputas tendo, até, três dessas facções bem definidas e cada uma com uma liderança perfeitamente identificada e comandadas por: Dalva Figueiredo, deputada federal; Joel Banha, deputado estadual; e Antônio Nogueira, ex-prefeito.
O PT apoiou incondicionalmente, apesar das facções, o PSB em sucessivas eleições regionais, inclusive a de 2010 compondo a chapa majoritária que disputou o governo do Estado, apresentando a candidata ao cargo de vice-governadora.
Nos bastidores ventilou-se que teria havido um acordo para que definia, em 2014, a inversão na composição da chapa: o PSB indo na vice do PT. Outros, inclusive do próprio Partido dos Trabalhadores, dizem que não ouviram nada sobre essa proposta ou definição e estão concordando e manter a chapa com o PSB mesmo indo na vice.

O clima dentro do PT é um dos mais explosivos nesse momento. As facções se compõem dando e tirando forças que, ao que parece ainda podem ser controladas pela administração estadual ou nacional, mesmo que deixem escorrer importantes esforços que poderão, mais tarde, fazer muita falta. 

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