OS BASTIDORES DO PT
Rodolfo Juarez
De
agora até o dia 4 de outubro deste ano será intensa a movimentação política em
todo o Estado, principalmente dentro dos partidos.
As
eleições regionais e nacionais de 2014 serão o foco da maioria das ações que os
partidos políticos farão até o encerramento do prazo que permite a filiação de
eleitores que pretendem ser candidatos no ano que vem. No Estado vai se falar
muito dos conchavos entre os comandos dos partidos locais e no ambiente nacional,
os acordos terão como protagonistas as lideranças nacionais naturalmente.
Aqui e
acolá esses dirigentes ou líderes partidários confundem os princípios e começam
a misturar os interesses partidários com os interesses de estado e, às vezes,
acabam por errar demais e tendo de se responsabilizar por isso, colocando em
risco a sua condição de futuro candidato.
Os
exemplos, mesmo agora, já começam a se multiplicar e resultar em situações
jamais imaginadas. Criadas porque os protagonistas das decisões, em regra, são
futuros candidatos aos cargos eletivos. Uns tentando renovar o mandato e outros
dispostos a conquistar uma das vagas.
Essas
contas, as que analisam as possibilidades de cada qual, são feitas agora e,
dependendo dos resultados, são usadas como uma parte da “certeza” que o futuro
candidato precisa para se lançar na disputa.
É certo
que não se ouve e leva em consideração o que o eleitor está pensando, mas,
segundo aqueles que estão na disputa por algum tempo ou participando de
campanhas, esse eleitor pode ser o foco de uma segunda etapa da campanha.
Se é
erro ou não, apenas no dia seguinte ao da eleição, que desta vez acontece no
dia 5 de outubro de 2014, é que se terá a confirmação.
O fato
é que, mesmo com todas as dificuldades da eleição, o candidato, em regra,
“desconfia” que tem condições de alcançar os seus objetivos e as maiores ou
menores chances acontecem conforme as negociações feitas agora.
O que
aconteceu na segunda-feira em uma das reuniões da direção estadual do Partido
dos Trabalhadores no Amapá, já reflete bem o nível de stress com que esses
encontros são realizados. Nem tanto pelo o que é dito nos editais de
convocação, mas pelo que dito durante as reuniões.
Apesar
do nome “partido”, o partido político pode ser definido como uma reunião de
pessoas que têm o mesmo ideal social e político, definido pela voluntariedade
como o cidadão eleitor se filia a um dos partidos regularmente registrados.
Mesmo
assim há quem diga – e até alimente – a ideia de que dentro do partido político
é aceitável e até pode ser incentivada a existência de facções como forma de
exercitar a democracia.
O
Partido dos Trabalhadores no Amapá há muito convive com essas disputas tendo,
até, três dessas facções bem definidas e cada uma com uma liderança
perfeitamente identificada e comandadas por: Dalva Figueiredo, deputada
federal; Joel Banha, deputado estadual; e Antônio Nogueira, ex-prefeito.
O PT
apoiou incondicionalmente, apesar das facções, o PSB em sucessivas eleições
regionais, inclusive a de 2010 compondo a chapa majoritária que disputou o
governo do Estado, apresentando a candidata ao cargo de vice-governadora.
Nos
bastidores ventilou-se que teria havido um acordo para que definia, em 2014, a
inversão na composição da chapa: o PSB indo na vice do PT. Outros, inclusive do
próprio Partido dos Trabalhadores, dizem que não ouviram nada sobre essa
proposta ou definição e estão concordando e manter a chapa com o PSB mesmo indo
na vice.
O clima
dentro do PT é um dos mais explosivos nesse momento. As facções se compõem dando
e tirando forças que, ao que parece ainda podem ser controladas pela
administração estadual ou nacional, mesmo que deixem escorrer importantes
esforços que poderão, mais tarde, fazer muita falta.
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