Rodolfo Juarez
Começa o
mês de junho, o último mês de semestre, e começa com a expectativa dos
macapaenses com relação ao que pode fazer a prefeitura do município pela capital
e pelo interior do município.
Trata-se
de um mês muito interessante para as administrações municipais, pois são essas
administrações que têm a responsabilidade de tratar bem ou, pelo menos,
razoavelmente da cidade, das estradas, dos distritos e, de resto, de toda a
parte física do município.
O
período é propício. Representa o fim dos meses de chuva ou o começo dos meses
de sol, próprio para o trabalho nas nos núcleos urbanos, suburbanos, estradas e
nas sedes dos distritos.
Também é
o fim das desculpas que são dadas por causa do período chuvoso. Finalmente está
passado o período das chuvas intensas e o prefeito e seus auxiliares terão a
oportunidade para mostrar a que vieram.
Macapá
está com sua condição urbana muito prejudicada. Os dois últimos administradores
não conseguiram, se quer fazer o dever de casa, e o que se tem hoje é uma
cidade com o sistema viário abalado, um sistema de transporte confuso e
indisciplinado, onde além do transporte propriamente dito, ainda se somam os
problemas que apresentam os locais de parada, onde os abrigos ou são
inadequados, ou estão em péssimas condições de conservação ou simplesmente não
existem.
Praças e
parques deixaram de ser cuidadas há quase três anos, os pontos turísticos não
foram revitalizados e até mesmo o Lugar Bonito e o Balneário da Fazendinha
estão longe de serem comparados com os melhores momentos daqueles locais.
E, de
bate pronto, além das festas juninas a administração tem que tomar as
providências para a realização do Macapá Verão que começa no primeiro dia do
mês de julho. Um momento de especial interesse da comunidade e que, há mais de
5 anos a administração não se programa e tudo fica para ser feito em cima da
hora.
É
importante considerar que os demais problemas que o prefeito e sua equipe têm
falado não estão resolvidos. O problema de vagas nas escolas da rede pública
municipal, a falta de funcionamento dos postos de saúde, a limpeza pública,
desde a coleta ao destino final, a fiscalização da ocupação do solo, se somam
às questões e passam a ser prioridade nesse mês, sem afastar as prioridades que
já vinham sendo enfrentadas pela administração.
Para se
ter uma ideia, apenas para a restauração e construção do sistema viário de
Macapá a prefeitura estima que vai precisar de mais de um bilhão de reais e
mais de 4 anos de prazo.
Como são
muitos os problemas, quase todos os que podem ter uma prefeitura, a
administração municipal vai precisar de muita habilidade política e muita
competência técnica para enfrentar e vencer esses problemas.
O
prefeito deve permanecer com os pés no chão, procurar entendimento com os
vereadores e entregar o trato das questões política partidárias para um comitê
do qual, preferencialmente não faça parte. Na crise, pode ser uma boa
estratégia.
Não
provocar ninguém, nem os filiados dos partidos que estão no poder e muito menos
os filiados dos outros partidos, pois esses podem ser os grandes aliados da
administração mesmo sem ser aqueles que possam contribuir eleitoralmente.
Compreender
a situação atual de Macapá é uma necessidade tão evidente que pode se tornar
comum para os administradores com menos experiência que arriscam perda do tempo
exato para agir, o que prejudicaria muito toda a administração.
No
momento os administradores municipais, todos eles, inclusive o prefeito, não
passam por um bom momento, muito embora eles tenham os instrumentos que podem
lhe oferecer a recuperação e a confiança da população.
Habilidade,
humildade, concentração e compreensão dos problemas precisa fazer parte do
cardápio do prefeito para poder desenvolver o plano que pode mostrar que ainda
é possível restaurar Macapá e a confiança da população.
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