segunda-feira, 20 de abril de 2015

A revolta dos engenheiros

Rodolfo Juarez
Engenheiros de todas as formações estão decididos a enfrentar a crise que se abate sobre a profissão e a diminuição de importância que a cada dia são submetidos esses profissionais nas diversas frentes que vêm tendo que atuar.
Crea/AP, Sinduscon, Sindicado da Categoria, Clube de Engenharia, inicialmente estes, estão estudando a melhor maneira de reconquistar a importância que já tiveram no Estado e retomar a responsabilidade por grande parte do desenvolvimento local.
Obras paradas, falta de inovação tecnológica e o caos urbano dos principais centros urbanos do Estado são resultados da pouco caso que as autoridades administrativas e, os próprios engenheiros, estão dando para a atual situação.
Desprestigiados e retraídos, os engenheiros, apesar de serem importantes para a administração pública, desde a elaboração de projetos até às tomadas de decisão, estão decididos a reagir, pelo menos é o que têm demonstrado nos encontros havidos recentemente para tratar do assunto.
O Crea/AP como conselho que fiscaliza a profissão está procurando o melhor caminho para que aconteça o inicio da retomada; o Sinduscon, o Sindicato da Indústria da Construção Civil, através de sua direção, tem se mostrado coeso e compreendendo a iniciativa; o Sindicato dos Engenheiros já percebeu que a questão salarial é importante mas não é a única que precisa ser discutida e resolvida por aqui; e o Clube de Engenharia se mostra compreensivo e disposto a “mexer os seus pauzinhos” para que o disco mude de lado e os profissionais que atuam na área de engenharia, todas elas, comecem a exercer o papel que a sociedade destinou a cada um.
Os problemas são muitos, os desprestígios estão escancarados principalmente no Poder Público que não encontra espaço para se valer do conhecimento técnico de engenheiros para contribuir com as administrações.
Ao final das contas todos somos responsáveis pelo que vem acontecendo no Estado do Amapá, que não pode abrir mão de nenhum dos seus profissionais em engenharia, seja atuando na estrutura pública, no caso os concursados e os “de confiança”, como aqueles que estão trabalhando na iniciativa privada, em empresas ou consultorias. Como também todo o pessoal de apoio técnico-tecnológico.
O Estado do Amapá precisa cuidar das suas questões tecnológicas e começar a desistir das decisões políticas que, ou não tem dado certo; ou estão em dificuldades para engrenar e trazes para a população os resultados que essa população espera.
Não é normal o descumprimento de contratos de obras e serviços de engenharia, entretanto, esse resultado é o mais comum obtido pela sociedade que vê um governo sem força para domar as empresas e as empresas vendo um governo como oportunista e disposto a acabar com elas estando ou não, no catálogo de “empresas amigas” ou “engenheiros amigos”.
O resultado está nas decisões tomadas que mesmo nos setores eminentemente técnicos, como a infraestrutura, “pano” próprio para os engenheiros, o de confiança é um procurador do Estado, como se apenas o principio administrativo da legalidade resolvesse a situação.
Onde fica o princípio da eficiência e os outros princípios da administração pública previsto na Constituição Federal?

Os engenheiros e suas entidades representativas demonstram vontade de contribuir com todos e trabalhar pelo desenvolvimento social do Estado.

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