“Quem somos
nós para NÃO fazer Direito?”
Rafael Claudomiro
Quem garante a livre convicção e o
senso de justiça perfeito?
Se toda regra induz uma exceção,
Quem somos nós para fazer Direito?
Estudamos, a princípio, a Ciência
Jurídica
Como uma unidade sistemática, robusta
e coerente.
Porém, nossos pensamentos e ideologias
são flexíveis,
Não são como normas aplicadas em
superfície carente.
Chame o legislador, o doutrinador, o
professor…
Quem tem razão quando o mundo é
controverso?
Onde está a corrente majoritária ao
nosso favor?
Qual a solução para o contraditório
inverso?
A nossa causa de pedir fundamenta-se
no saber ilimitado,
Quem é aprendiz não se convence com o
trânsito em julgado.
Nós somos a prova principal do mais
importante inquérito,
Pois temos no princípio da dignidade o
nosso mérito.
A cada instância da vida, agravamos
nossa vontade de sorrir.
E diga-nos: qual legitimado não tem
esse interesse de agir?
A certeza não é o julgado procedente à
argumentação,
A única certeza é a dúvida que nos
leva à reflexão.
Com base nas cláusulas pétreas
fortalecemos a boa-fé
E de ofício alcançamos voo além da
previsão legal.
Toda a ética profissional entregamos
sem contrafé,
Pois não vivemos pelo litígio, e sim
pelo convívio com a paz social.
Quem garante a livre convicção e o
senso de justiça perfeito?
Se toda regra induz uma exceção, quem
somos nós para fazer Direito?
Ou melhor, quem somos nós para NÃO
fazer Direito?
Somos vários cidadãos e uma sociedade,
Somos todos intérpretes da
solidariedade,
Somos os direitos e deveres da
legislação,
Somos pura assistência, a sábia
proteção.
Nós somos pedaços de um ‘Vade Mecum’
sem final,
Nós somos os capítulos da Doutrina
atual,
Nós somos a prudência da sentença
judicial,
Nós somos a esperança do que for
constitucional!
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