Rodolfo Juarez
Está
havendo entraves fortes para que a negociação entre o Governo do Estado e os
professores não tenha a rapidez que os alunos e pais de alunos desejavam,
principalmente considerando o que aconteceu em 2012 e 2013 que retardou o
calendário escolar que, pelos motivos recorrentes, só estariam normalizados em
2017.
Então o
assunto é muito grave e demais importante!
Não dá
para ficar desafiando nem a paciência dos governantes e muito menos a paciência
dos professores, muito embora os mais sacrificados, em caso de não haver
acordo, seriam os alunos e os pais de alunos, que já não têm confiança para
planejar as férias de julho e, verdade seja dita, nem sabem se haverá as férias
de julho.
Enquanto
isso a qualidade do ensino vai caindo, as dificuldades para ingresso nas
faculdades vão aumentando e os alunos começam a ver o tempo passar, a escola
não funcionar e conhecimento ficar para depois.
Precisa
haver um pacto de confiança entre o patrão e os empregados. Para isso é preciso
que haja confiança, transparência e repartição de interesses. Não haverá acordo
se continuar a estratégia de que “não tem dinheiro” e esperar que os
professores fiquem de braços cruzados.
Os
professores da prefeitura já começaram a caminhar para o lado e a “paços de
tartaruga”. Tomara que essa moda não chegue ao Setentrião e haja serenidade
para tomar a melhor decisão e, evidentemente, a melhor decisão não seria mais
uma greve e mais um desafio à paciência dos alunos e pais de alunos.
Os ventos
que saíram do Palácio do Setentrião, junto com os representantes dos
professores, não foram considerados agradáveis. De cara fechada e sem querer
supor qualquer coisa, o presidente do sindicato já dizia que tudo dependeria da
Assembleia Geral e que o decidido no encontro seria executado pelo comando do
Sindicato.
O
governo acena com a regência de classe, vantagem que foi incorporada ao salário
pelo governador anterior e que não deu certo, não serviu para ninguém e o
governador de então não ganhou nada com os professores por causa disso,
inclusive confiança.
Entre
os professores estava uma de suas maiores rejeições.
O
governador Waldez sabe disso. E sabe que não é hora para brigar com quem quer
que seja e que as dificuldades podem ser divididas de forma organizada e
sincera com todos os que se interessarem pelo desenvolvimento do Estado.
É
importante considerar que há alguns problemas que precisam ser resolvidos e um
deles é a confiança nas decisões tomadas. Com desgaste baixo e com a força da
liderança que demonstrou ter, o governador Waldez ainda precisa consolidar a
sua proposta de governo e, nela, está a questão dos professores, em destaque,
tantos foram os problemas enfrenados pela classe.
Bom
senso para todos.
É
preciso compreender o Governo, mas é preciso, também, compreender o Governo,
capaz de ser o local desejado, mas também capaz de ser o instrumento de defesa
que a população tenha que usar se o Governo deixar que isso aconteça.
Cautela,
compreensão, capacidade de negociação e muito respeito a cada um daqueles que
estão no grupo de negociação.
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