Rodolfo Juarez
Esta
semana tive oportunidade de conversar, em entrevista pública, com o secretário
de estado do Planejamento do Governo do Amapá economista Teles Jr.
Bem
mais confiante no que conhece e muito mais desconfiado do que não conhece, o
secretário foi enfático em vários pontos, mesmo sem desligar do seu sentimento
desafiador, próprio daqueles que têm conhecimento suficiente para garantir que
o que está fazendo tem grandes chances de dar certo.
Ainda
mais quando começa a lançar mão de experiências que deram certo, pouco
importando o tempo em que a experiência foi testada, valorizando o resultado
que sabe que foi obtido e que funcionou integrando o sistema e contribuindo
para o desenvolvimento do Estado e aprimoramento da equipe.
Os
técnicos da secretaria de estado do Planejamento são em regra experimentados e,
tirando o vício próprio de quem participou de decisões importantes, reconhecer
pontos positivos na equipe é uma necessidade além do que, pode ser o
encurtamento da distância entre o problema e a solução desses problemas.
Disposição
para explicar o que está fazendo pode ser um bom caminho, muito embora esteja
sujeito a erros, mas é assim mesmo: quem não faz não erra e quem prefere fazer
e assimilar os erros, esse pode ser suficientemente respeitado pelo arrojo e
pela disciplina e conhecimento do melhor caminho.
Tenho
dito sempre que os administradores estão sujeitos aos erros e que só não erra
quem não tenta o inusitado. Mas é muito melhor erra tentando do que errar
reclamando por não ter feito.
O Governo
do Amapá está gigante e precisa diminuir de tamanho para, por mais paradoxal
que possa parecer, melhorar a sua eficiência.
Reconhecer
isso é um passo importante para todos, principalmente para o chefe do Executivo
Estadual que não pode ignorar nesse tempo de dificuldades, as saídas possíveis.
Desde
quando a gestão, em 2005 consolidou uma proposta administrativa com agrupamento
em secretarias especiais dos eixos de desenvolvimento do Estado que o caminho
foi definido. A intromissão inadequada - e sem estudo -, feita durante os
primeiros dias do Governo Camilo agora começa a identificar os péssimos
resultados decorrentes.
Ninguém
mexe impunemente em uma regra em nome da economia ou por não ter capacidade
suficiente para operar o sistema que é foge do lugar comum ou que ainda está em
fase de testes.
Foi um
desastre o tratamento dado a Administração Pública Estadual, mas que agora, não
adianta colocar isso como justificativa pelo que aconteceu ou que pode
acontecer. Resta agora trabalhar para melhorar, afinal de contas a população
pouco teve a ver com os problemas e sempre quis usufruir das soluções.
O
contingenciamento orçamentário tem muito a ver com a falta de confiança nos
próprios auxiliares que começaram a gerenciar as suas respectivas pastas.
Faltou acreditar que os auxiliares seguiriam a orientação geral e, dessa forma,
retirar deles a chance de administrar os seus recursos, mesmo com a orientação
geral, poderia falhar.
O
problema é que o punido da história foi o povo que está esperando pelas
decisões que não favoreçam apenas os servidores públicos, mas que possa atender
também os que mais precisam, pelo menos de um crédito para continuar a luta por
algum tempo mais.
O
cobertor curto tem suas desvantagens físicas: quando cobre a cabeça, descobre
os pés. A regra agora de todos é correr, arriscar, tentar, inovar, inventar e
manter a confiança da população em alta, pois, o prazo de carência dos
dirigentes está se esgotando e todos sabem disso.
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