segunda-feira, 12 de março de 2012

É POR ISSO...

Rodolfo Juarez
Já se contam aos milhares as pessoas e às centenas os técnicos que não estão satisfeitos com os resultados que a sociedade vem obtendo ao longo desse período de 21 anos de Estado que o Amapá experimenta desde o primeiro dia de janeiro de 1991.
A população do Amapá cresce muito rapidamente e com esse crescimento as necessidades, todas elas, são grandes e precisam ser cuidadas por profissionais e de forma profissional e não mais por amadores que se acostumaram a mesmice enquanto os outros estados da federação entenderam diferente o tempo e se ajustaram melhor para poder não deixar a comunidade à mercê de pessoas oportunista e equivocadas.
O oportunismo até que tem a sua razão. É o foco do esperto, daquele que quer levar vantagem em tudo, seguindo, religiosamente a “Lei de Gerson”, mas, nos tempos atuais até o Gérson, já faz algum tempo, pelo menos 10 anos, já se colocou contra a “lei” que ganhou o seu nome.
Por aqui ainda estamos convivendo com pessoas que ainda acreditam que podem levar vantagem em tudo, mesmo que seja nos programa de ajuda às famílias carentes, aquelas que vivem abaixo da linha da pobreza, mesmo assim, esses espertos ainda planejam levar vantagem.
É por isso que ainda vemos licitações públicas com a participação de um concorrente e com os preços bem próximos daqueles que são considerados os máximos permitidos pelos realizadores da licitação.
É por isso que as empresas contratadas pelo Governo do Estado ou por um Governo Municipal se acham no direito de não pagar os seus próprios funcionários quando o contratante não lhe paga.
É por isso que os traficantes proliferam por aqui e, mesmo com o combate das polícias, as quantidades apreendidas só aumentam e os riscos sociais também.
É por isso que não contam a verdade para os que trabalham no transporte escolar quando não se esforçam para pagar o que prometeram e mesmo sendo eles que induziram os cidadãos de bem a passarem por caloteiros, sem pagar as suas contas no final do mês. Mas como fazer isso se eles não recebem daqueles para os quais trabalham?
É por isso que, todos os dias, os motoristas que colocaram as suas caçambas para trabalhar puxando terra para as obras do setor viário ou rodoviários estão há quatro meses sem receber.
É por isso que se tem todo tipo de dificuldades para acertar, seguir em frente fazendo o contribuinte sorrir. Aliás, que já faz algum tempo que só o sorriso anda ausente do rosto de tantos trabalhadores amapaenses que não se conformam ver os filhos indo para a escola sem cadernos por não ter condições de comprar.
É por isso que os usuários dos transportes coletivos estão insatisfeitos. Não se conformam com os ônibus que colocam para o transporte de cada dia. Alguns não garantem nem fazer a rota, mesmo que paguem a tarifa como se fosse um transporte seguro, limpo e cumpridor dos horários.
É por isso que as festas e os esportes daqui caminham para ter um único patrocinador – as instituições públicas que se dizem encurraladas pelas exigências e por ter que assumir responsabilidades que, em outros lugares, são repartidas.
É por isso que muita gente está sem confiar nos seus dirigentes, gastando muito tempo em reclamar e sem lembrar que eles, os dirigentes, estão no mesmo barco, sem rumo e, embora com muito combustível ($$$), sem poder dar o alimento que os passageiros precisam pra continuar a viagem.
Todos precisam se esforçar para mudar esse quadro de dificuldades, desconfiança e desânimo.
Mesmo assim, até agora, os oportunistas continuam querendo o restinho que ainda tem, os mesmos que nas duas últimas décadas tiraram o que puderam do Estado e pouco se importam com a miséria em que vive grande parte da população daqui.

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