domingo, 11 de março de 2012

PASSANDO DA HORA

Rodolfo Juarez
O Governo ainda não acertou a estratégia para trabalhar nas rodovias do Estado do Amapá. Seja a federal (BR-156) onde voluntariamente assume a responsabilidade pela construção, ou nas estaduais (as outras) onde tem que trabalhar e definir a estratégia de ataque aos problemas.
Já estão de volta os atoleiros, das reclamações, o desabastecimento das áreas que dependem dos caminhões e das estradas e, outra vez, volta a certeza de que os preços dos produtos vão aumentar e o trânsito pelas estradas só vai melhorar quando o período chuvoso passar.
Esse setor, que cuida das rodovias, não tem se saído muito bem no desempenho de suas obrigações. São erros primários e ações tímidas que acabam por influir na qualidade dos serviços que são prestados.
O setor rodoviário, que é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Transporte, tem puxado a qualidade da administração estadual para baixo e deixando os usuários daquelas rodovias aborrecidos e os empreendedores, na espera de melhores momentos – momento que possa contar com as rodovias.
Na comparação com os resultados obtidos no final do governo Waldez e no período do Governo Pedro Paulo, há uma equivalência de resultados, ou seja, nada ou quase nada mudou – os problemas são os mesmos e as perspectivas no mesmo calibre.
São reclamações de pagamentos atrasados desde novembro do ano passado, refletindo um descuido administrativo; também reclamações sobre o tipo de material utilizado na recuperação de rodovias, refletindo descuido técnico; são propostas mal explicadas para contratação de veículos, aguçando a desconfiança do contribuinte.
Está a Secretaria de Transportes precisando mostrar mais eficiência em seu trabalho e respeito aos seus contratados e usuários dos seus resultados.
É muito arriscado conviver, por exemplo, com o mau humor daqueles que fazem a travessia do Rio Matapi, afirmando que não estão satisfeitos com a forma como são tratados.
Não é possível, também, erros técnicos como o que está sendo observado na “recuperação” de trechos da rodovia federal que liga Macapá à Laranjal do Jari. O material que está sendo utilizado já fora, por outros técnicos, rejeitado e declarado impróprio para a estrutura do pavimento da rodovia.
O lançamento daquele material está colocando em risco aqueles que, por dever de oficio ou por simples necessidade de deslocamento, precisam daquele tramo da BR para se deslocar das sedes dos municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jarí, para Macapá, e vice-versa.
Compreender as dificuldades é uma obrigação de todos, mas não ver os erros que são cometidos, repetidamente, é impossível. O resultado que é oferecido aos usuários das rodovias não atende à expectativa nem deles e, certamente, daqueles que fiam preenchendo os boletins de avaliação nos escritórios refrigerados, na sede da Secretaria, na Capital.
A eficiência de uma unidade pública é medida pela satisfação daqueles para os quais o serviço desta unidade é dirigido e, nesse momento, medir a eficiência é correr o risco de ficar bem próximo do zero.
Alegar que as dificuldades são muitas não é suficiente para justificar erros grosseiros; procurar impedir que se avalie o serviço é uma proposta inconcebível e que aumentar o nível de desconfiança dos usuários e da população.
Já está passando da hora da Secretaria de Transporte do Estado responder às necessidades do setor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário