domingo, 6 de fevereiro de 2011

EM FEVEREIRO TUDO IGUAL

Rodolfo Juarez
Apesar de todos os problemas que o governador do Estado vem enfrentando para engrenar a gestão do Poder Executivo, a população mostrou confiança na pesquisa de satisfação popular realizada nos dias 29 e 30 de janeiro.
Os resultados apresentados, só não são surpreendentes porque demonstram a coerência que o povo tem e que sempre é negada pro aqueles que teimam em não acreditar em sensibilidade popular, sempre a flor da pele, mas suficientemente capaz de avaliar as questões conforme o cenário e a boa-fé que cada dirigente público apresenta quando se manifesta e quando assume compromissos.
As medidas duras tomadas logo no início da gestão, quando contingenciou 50% do orçamento, ordenou uma espécie de moratória unilateral com relação aos Restos a Pagar de 2010, anunciou redução forte nos contratos administrativos, suspendeu a inclusão de novas consignações em folha de pagamento, avisou que vai entrar com ação judicial para modificar a forma de pagamento da dívida do Poder Executivo com a Amprev, foram compreendidas pela população e entendidas como necessária.
Com relação às contenções de despesa recomendou corte rasante nas linhas de celulares chamadas de “chapa branca”, nas contas de diárias, nas contas de passagens aéreas, na locação de veículos, na conta de combustíveis, nas contas de convênios e disse para reduzir as despesas com o custeio administrativo, parece que a população avaliou a decisão como compensação, da parte do governo, para as demais medidas tomadas.
As medidas como: pagamento do atrasado dos professores, das parcelas dos contratos da empresa fornecedora de energia em Laranjal do Jarí, Vitória do Jarí e Oiapoque, também foram medidas que facilitaram a compreensão da população para o desempenho da gestão em janeiro.
Para fevereiro, a inevitável pergunta, mais de 60 por cento dos entrevistados disseram que vai ficar no mesmo, ou seja, além de aprovarem o primeiro mês, o governador ganhou, no conceito da população, mas um mês para acertar as contas públicas.
Nesse mês também vai ser conhecido o presidente da Assembléia Legislativa e o promotor geral de Justiça do Estado, dois importantes componentes da matriz estadual para o desenvolvimento da administração, que terá, apenas em março, a incorporação do novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Também vai ser nesse mês que três importantes auxiliares assumem as suas partes depois de ficarem desimpedidos pelo encerramento dos seus mandatos parlamentares. São eles: Papaleo Paes, na Secretaria de Estado da Administração; Joel Banha, na Secretaria de Estado da Infraestrutura; e Ruy Smith, na Companhia de Águas e Esgotos do Amapá.
Essas razões devem satisfazer o governador com relação ao seu desempenho à frente da gestão nesse primeiro mês do ano, considerando todos os problemas alegados e o desgaste com relação aos problemas enfrentados pela Companhia de Eletricidade do Amapá, que precisam ser equacionados para não gerar impasses que impliquem em desconfiança dos investidores devido ao fornecimento de energia.
Passando nessa primeira prova e ganhando um voto de confiança na gestão para a segunda, quando acreditaram os entrevistados que, em fevereiro, vai continuar a mesma coisa, a gestão estadual pode entrar o carnaval de forma tranqüila e sair dele para um trabalho consistente e com perspectiva confiável.

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