sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

NÃO VALE O "ROGAI POR NÓS"

Rodolfo Juarez
Há muito que a defesa social do Estado do Amapá vem tendo problema para se firmar perante a população. São erros revelados a cada dia nos últimos anos e os últimos registros do setor demonstram que não há tendência que indiquem mudança nos resultados em 2011.
O balanço deste janeiro é amplamente desfavorável ao sistema. Apresenta resultados negativos em várias frentes, desde o encarceramento das pessoas no Instituto de Administração Penitenciária até aos registros de ações consideradas audaciosas para o complexo de proteção e segurança que a população queria dispor.
Não adianta imaginar que se não mudar a estratégia haverá mudança pela simples mudança de pessoas.
Esse modelo, já está provado, não dá mais certo e que o temor é diretamente proporcional aos resultados que o Estado consegue alcançar quando faz frente às ações ilícitas ou ações com motivação ilícita.
Não reconhecer que há um clima de insegurança no seio da população é querer ignorar as dificuldades que o sistema de segurança pública está passando. E não adianta querer encontrar culpados, buscar responsáveis ou desenterrar “cadáveres”. A oportunidade atual é diferente, exige o conhecimento que foi internado ao sistema e a experiência que foi adquirida.
A força pública não pode mostra-se capitulada perante a bandidagem. Dessa forma essa bandidagem avança, desmoraliza as forças que dispões o Estado e cria um clima de instabilidade no seio da população, provocando a desconfiança do cidadão e aplicando freios em uma sociedade que precisa avançar para alcançar o seu próprio desenvolvimento.
Precisa ser feito um balanço disso tudo. Verificar onde estão as maiores falhas e quais os claros que estão sendo aproveitados pelos bandidos que, na avaliação dos populares, estão ganhando, com folga, a parada nesse momento.
Não é possível admitir que os assaltos sejam realizados em Macapá e fora de Macapá, fazem parte de uma rotina e é o tributo subjetivo a que está sujeita a população. A cidade de Macapá tem pouco mais de 350 mil habitantes, com regiões bem definidas e contínuas, sem saída rodoviária para outra unidade da Federação, é ignorar que esses dados favorecem à pratica do sistema de defesa que a sociedade paga caro e não tem o retorno equivalente.
As forças que atuam na prevenção das ocorrências de crimes estão falhando. Reconhecer isso é uma necessidade. Se não qualquer projeto que se tenha em execução ou para ser executado, está fadado ao fracasso.
O momento não é para testes. O momento é para profissionais e o Estado tem esses profissionais preparados, treinados e com a experiência suficiente para colocar em prática um sistema que possa inibir as ações criminosas que passaram a fazer parte do dia a dia da população.
Nessa parte da ação pública não vale o “rogai por nós”!
Estabelecer metas e torná-las pública deve se rotina para recuperar a credibilidade do sistema, desde que essas metas mostrem a sua eficácia, reduzindo o medo da população e dando esperança para, nem que seja em longo prazo, alcançar a paz que todos querem.
Não condizem com a expectativa da população os registros policiais que estão sendo feitos nesse momento na Capital e no interior do Estado. Precisa haver reação inteligente e não bruta das autoridades responsáveis pela defesa social no Amapá.

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