quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A RESPONSABILIDADE DOS DEPUTADOS

Rodolfo Juarez
Hoje, no começo da tarde, os 24 deputados eleitos no dia 3 de outubro do ano passado, tomam posse e começam a história da 6º Legislatura do Poder Legislativo do Estado do Amapá, com a responsabilidade de mudar o rumo da história do Poder e restabelecer a confiança da população que, recentemente, foi abalada pelos escândalos da farra das diárias, dos aluguéis de carros, das verbas indenizatórias e da profusão de assessores por deputado estadual.
Vai ser um ano difícil e, provavelmente, uma legislatura que vai precisar de habilidade para estabelecer uma estratégia de recuperação, da qual todos os deputados precisarão fazer parte para ganhar a confiança da população.
Os deputados entram para essa etapa de quatro anos, de 2011 até 2014, com um prédio já desgastado pelo tempo e sem o zelo que precisaria ter por parte da Mesa Diretora que, ao longo dos últimos anos, se contentou em ver bem atendido os seus pedidos e os pedidos para equipar e dar condições de trabalho dos ambientes do poder interno da gestão da Assembléia Legislativa.
A recuperação dos gabinetes é uma necessidade. Além das dificuldades com relação ao espaço para receber os munícipes, até incêndio teve que ser controlado no gabinete de um dos deputados, onde documentos forma queimados, mesmo até agora não tendo sido divulgado a causa do sinistro, supõem-se que a causa foi um curto-circuito em uma das tomadas do gabinete.
O prédio do anexo da AL que está em construção e com as obras paradas por mais de um ano, foi iniciado com a justificativa de que seria o local para dar as condições que os deputados não têm hoje e com a qual vão ter que conviver até o termino da construção do prédio anexo, que precisa ser retomada.
Mas não foram só as questões físicas que fazem parte da herança da 6ª Legislatura. Há também uma série de questões no procedimento dos deputados que precisam ser mudados.
Para alguns dos parlamentares as questões da sociedade deixaram de ser importantes e as discussões passaram a ser setoriais, que assim eram conduzidas conforme a conveniência do momento.
Todos ainda recordam das dificuldades que alguns deputados tiveram para fazer funcionar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), como exemplo é interessante recordar os percalços da CPI da Pedofilia que foi instalada e nunca conseguiu funcionar por motivos não revelados.
Também as questões enfrentadas pela Comissão de Direitos Humanos que, em várias oportunidades, levantou, por exemplo, os problemas que se amontoavam no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Mesmo sendo clara a necessidade de recuperação daqueles situações, as medidas nunca foram tomadas, principalmente por falta da força de convencimento da própria CPI.
Os desgastes causados ao Poder Legislativo decorrentes do não atendimento, por parte das autoridades do Executivo, das convocações feitas para que as autoridades expusessem problemas que chateavam e prejudicavam a população.
É nesse cenário que os deputados tomam posse hoje. E claro que cada um deles tem uma proposta e que as discussões parlamentares podem levar a uma proposta única que será feita, em nome da população, a quem de direito, para realizar os serviços que precisam ser realizados.
Fazer o papel que tem que fazer nesses quatro anos, já seria um grande avanço do Poder que ainda vai conviver com os maus exemplos do passado recente.

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