sábado, 19 de fevereiro de 2011

NINGUÉM SABE A COR DO FUTURO

Rodolfo Juarez
As informações trazidas pelo Censo Geral de 2010, realizado pelo IBGE e que teve o resultado anunciado no final do ano passado, precisam ser considerados como dados importantes para a sustentabilidade da gestão pública e da gestão privada em todos os sentidos.
De nada adianta governo e iniciativa privada, agentes influentes no resultado da economia do Estado, permanecer ignorando os dados que estão em posse de um e de outro e que são complementares ou um a justificativa do outro.
Com quase 700 mil habitantes, o Estado do Amapá precisa ver integradas as suas forças produtivas e controladoras, uma vez que não dá para se ter o conhecimento apenas observando os resultados do que faz um e do que faz outro.
O nível de risco, com esse comportamento, cresce tanto de tal forma que pode se tornar insustentável para os investidores e também para os controladores sociais que precisam agir de forma conjunta para enfrentar as dificuldades, não de ordem técnica ou política, mas de ordem operacional gerando retrabalho que, além de ser indesejável, representa perder um tempo que ninguém tem disponível ou de sobra.
Já está na hora do poder público se aliar do poder privado para encontrar o rumo que o Estado precisa seguir, evitando encontrões que, no nível atual de importância, já deixam seqüelas em muitos agentes, quando não são eliminados para a economia e para a política.
O rumo que o Estado vai tomar ou já tomou, precisa ser do conhecimento de todos, ou pelo menos das lideranças que dizem se esforçar para encontrar o melhor caminho a seguir e o melhor porto para ancorar.
Mas isso não se constrói apenas falando, tem que ser elaborado tecnicamente, definindo qual a estrutura que precisa para fazer o “barco andar”. Nesse momento já se percebe que o Estado está tendo grandes dificuldades para levantar a âncora que parece engatada na burocracia ou politicagem que favorece as minorias em prejuízo à maioria que é usada apenas como pano de fundo e na platéia assistindo ao espetáculo que, sabe, está levando todo mundo ao risco de afundar.
Daqui a dez anos o Estado do Amapá estará com um milhão de habitantes, ou bem próximo disso e precisamos, agora, conhecer o que precisa ser feito para que o Estado não seja transformado em um lugar impróprio para viver para todos aqueles que, em 2020 estarão habitando por aqui.
Uma certeza todos tem – se continuar encarando a questão da forma simplória, todos vão ser prejudicados.
O Estado do Amapá precisa ver o seu futuro, saber o que vai acontecer no próximo ano, daqui a cinco anos, daqui a dez anos. Mesmo que seja um futuro ruim, a população tem esse direito, de conhecer o que se projeta para os próximos anos.
As lideranças do setor público e as lideranças do setor privado só declaram os seus planos para o futuro do Estado do Amapá em campanhas políticas, seja para os cargos públicos, seja para os cargos nas instituições privadas. Passado o período das disputas, da a impressão que esquecem o que pensavam e os planos vão para o lixo, distante das discussões.
Conteúdo não é o que falta. Nesse caso, se o conteúdo for ruim, então que se discuta e melhore; se for bom, que se aprimore e aplique, mas não deixem que fique no esquecimento.
As lideranças já precisam imprimir maior velocidade para tentar ver o futuro, mesmo que seja negro, para que todos possam contribuir e mudar a cor.

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