quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AVENIDA DA MENTIRA

Rodolfo Juarez
As questões administrativas, por mais difíceis soluções que apresentem, precisam ser tratadas como uma necessidade de se conhecer todas as incógnitas que estão contidas no problema.
Não adianta fugir da questão ou, simplesmente, passar a usar justificativas que servem apenas para postergar a buscas no enfrentamento efetivo de um problema.
Na maioria absoluta dos casos as iniciativas estão todas elas, concentrada em determinado setor e com determinadas pessoas que são pagas para trabalhar no sentido de encontrar aquelas incógnitas e resolver os problemas.
A população precisa desse empenho e não concorda com as justificativas, sejam elas quais forem, principalmente quando percebe que o cerne da questão está posto em desvios desnecessários e que, propositadamente passa a constituir motivações que, para serem reconhecidas são calçadas com informações propositadamente falsas sem qualquer sustentação ou princípio.
Essa é uma técnica muito comum dos provocadores e que tem necessidade de mostrar-se competente, mesmo sabendo que já cometeu os erros acima da zona de tolerância e que precisa de novos elementos para não agravar mais a sua situação pública.
Tudo isso parece muita teoria ou jogo de palavras, mas é exatamente o que está sendo feito para justificar os erros anunciados, mas que, pela insistência, foram cometidos e que precisam ser explicados.
É mais uma necessidade de mostrarem-se infalíveis e de confiar que uma mentira muitas vezes repetida pode substituir a verdade.
Isso até poderia ser possível em outro tempo, não tão distante. Agora não. Com as regras simplificadas e acessíveis à grande parte da população, qualquer embrulho deixa de fora, no mínimo, o odor.
Não dá mais para enganar, mentir, iludir ou inventar sobre questões que já fazem parte do cotidiano da população.
E o orçamento público já faz parte desse cotidiano.
É certo que esse mesmo orçamento, ainda disfarçado desde a sua concepção, até o seu fechamento. Provoca a curiosidade dos seus financiadores – o poço -, que procura, por todos os meios, vê-lo em toda a sua verdadeira intensidade e alcance.
Agora precisam todos prestar a atenção que esse procedimento, depois que envereda pela avenida da mentira, acaba derrubando os limites da liberdade responsável e as medidas decorrentes fogem do que se conhece como ética e escrúpulo.
São absurdas as informações de atraso de pagamento de pessoal, atraso no pagamento de fornecedor, de prejuízos nos projetos de investimento que fazem parte do Orçamento do Estado.
O que se percebe é má vontade uma boa dose de má-fé, não se importando os executivos oficiais com o caos que isso pode fomentar entre os funcionários, que nada tem a ver com as ambições de poder de quem quer que seja.
Se por um lado há um comportamento juvenil no tratamento da questão, por outro há irresponsabilidade.
O Estado do Amapá não pode ficar à mercê de ações irresponsáveis e incompetentes seja lá de quem for. O Amapá precisa de homens responsáveis para conduzir os seus interesses.
Não se conceber ou reconhece mutação de caráter apenas para atender interesse ocasional de políticos ou birras calculadas de pessoas, que não tem mais o direito de se portar com gestores infantis ou sem responsabilidade.

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