quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PRIMEIRA-DAMA

Rodolfo Juarez
As questões locais precisam ser tratadas e resolvidas como questões locais. Já passou o tempo que o monitor era indispensável ou importante assessório do mandatário - ora atuando como conselheiro, ora atuando como reforço na luta contra os empecilhos.
Dentre das lutas pela autonomia, uma das conquistas foi a de poder, os próprios dirigentes, definir a melhor forma de tratar as questões e a melhora equação para resolver os problemas.
Mas nem todos os dirigentes se mostraram ou se mostram competentes no momento em que foram ou são acionados para assumir a responsabilidade pelas escolhas feitas e pelos resultados obtidos.
Titubeiam na ora da decisão ou não se mostram firmes quando têm que acompanhar o desenrolar do projeto e assumir a responsabilidade pelo resultado alcançado e, principalmente, pelo resultado não alcançado.
Desde muito, isso até nos tempos dos dirigentes nomeados, se tem notado a influência de familiares, como também a participação muito forte das primeiras-damas do Estado e dos Municípios nas decisões importantes dos gestores amapaenses.
Quem não se lembra da influência dessas primeiras-damas do Amapá nas questões diretamente relacionada à administração estadual ou municipal, desde os tempos de territorial federal até esses tempos que marcam os 21 anos de estado federado?
As primeiras damas tiveram diferentes influências sobre os governantes, algumas que entraram para o anedotário e outras que constam da própria história das administrações públicas locais, sempre com particularidades exclusivas e excludentes.
Afinal de contas são essas mulheres que avaliam todos os dias, o comportamento do gestor, seu companheiro, e nem mesmo quando o Amapá foi governado por uma mulher, as notícias cessaram, certamente não com relação à primeira dama, mas com relação ao parceiro da governadora.
As histórias que mais marcam, entretanto, têm em seus enredos ou narrativas as primeiras-damas do Estado ou o Município de Macapá. Algumas das estórias, inclusive, estão cheias de aditivos imaginados pelo povo, tornando-a mais popular e mais agradável para ser encarada.
Algumas dessas histórias, principalmente àquelas que são fieis ao acontecimento verdadeiro, são inacreditáveis ou levam as pessoas a imaginarem que os resultados prejudicaram a administração e a população, não sabendo, entretanto, em que intensidade ou qual a consequência que trouxe.
O que se ouve atualmente, apesar dos resultados ainda não serem conhecidos, são procedimentos muito parecidos, com direta influência das primeiras damas.
Elas são, atualmente, 13 primeiras-damas no Estado do Amapá.
É claro que nem tudo que é atribuída a uma primeira-dama é o que realmente acontece, mas muito do que chega ao conhecimento da população tem muito a ver com o que passa pela decisão da primeira-dama, inclusive com relação à decisões importantes onde se instala a necessidade da “última palavra”.
É por isso que cada uma delas, dentro dos limites sociais impostos e influências gerenciais que lhes são oferecidas, precisa estar atenta a tudo o que acontece para não “tomar a pior decisão”.
As anedotas são renovadas a cada ano e a cada primeira dama, fazendo as pessoas a idealizarem questões que vão desde o impossível, mas que estacionam em pontos favoráveis de todo o processo administrativo.
Cabe ao mandatário, escolhido pelo povo, equilibrar o que pode, ou não pode, ser atribuído à primeira dama para não alimentar fantasias.

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