segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NOVENTA DIAS DE TRÉGUA

Rodolfo Juarez
No próximo sábado a cidade de Macapá completa 254 anos. Motivo mais que suficiente para que toda a população do Estado e, principalmente da Capital, trabalhe no sentido de contribuir para transformar o dia 4 de fevereiro de 2012 em um marco de reencontros e de novos procedimentos para resolver a questão de Macapá.
O orçamento do Estado e do Município de Macapá, somados, ultrapassam quatro bilhões de reais e não é possível que, com todo esse dinheiro, haja justificativas para as dificuldades que a Cidade enfrenta, com os dirigentes alegando falta de condições orçamentárias ou financeiras.
Não é razoável que os atuais dirigentes do Estado ignorem o sofrimento da população, pelo simples fato de não estarem alinhados, politicamente, com os dirigentes do Município de Macapá.
A cidade de Macapá já vem, desde algum tempo, sendo alvo desse castigo injusto, patrocinado pelos dirigentes estaduais.
Punir os dirigentes da Cidade de Macapá significa punir, diretamente, os seus habitantes e deixar essa cidade cada vez mais distante do progresso que outros centros urbanos amazônicos, algumas com menor população e menor orçamento, experimentam nos últimos 10 anos.
Que tal garantir 90 dias de trégua!
Seria pedir demais? Seria tão difícil para o governador e para o prefeito apresentarem um plano de trégua para o período, com a motivação do aniversário?
Todos sabem que se trata de uma decisão intransferível dos dois dirigentes, mesmo que essa decisão seja animada por mediadores ou prejudicada por bajuladores.
Mas, certamente, a população agradeceria e os resultados, se não viessem logo, indicariam a retomada para o desenvolvimento tão sonhado pela população.
A invenção de problemas novos não está sendo aceito pela população macapaense que, entretanto tem, historicamente, um comportamento que se baseia na confiança e no crédito que sempre tem dado àqueles que se mostram dispostos a trabalhar pelo Estado, pelos municípios e pelo povo.
De que adianta insistir em ser vingativo? Em mostrar que este pode mais que aquele e continuar animando a discórdia?
Os resultados são desagradáveis para todos: para o Governo, que não vê os resultados no seu trabalho; para a Prefeitura, que ser vê limitada pela pressão de tudo o que precisa ser feito; e para a população, que vê as outras cidades ganhares condições, avançarem na qualidade de vida e deixar, cada vez mais, a nossa querida aniversariante para trás, com seu povo se esforçando para continuar hospitaleira e atraente.
Macapá não merece esse tratamento.
Macapá precisa ser respeitada pelos que assumiram o compromisso de fazê-la tão atual quanto todas as outras cidades da região.
As dificuldades naturais já seriam suficientes para exigir esforço na atenção. Agora imaginem com essas dificuldades fabricadas, pelo egoísmo do homem e pela para prejudicar o próprio homem, este teimoso e paciente habitante de Macapá.
Mesmo que a população se esforce para compreender tanta maldade com Macapá, a maioria ainda espera a mudança de comportamento dos dirigentes, confiando no bom senso de todos. Estes não podem ter mais essa decepção.
Macapá precisa ser cuidada por todos, inclusive pelo Governo e a Prefeitura. Precisa continuara a mostrar-se aberta para todos e ser legitimada como um centro urbano que tem o respeito dos dirigentes como tem o amor da população.

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