Mesmo com tantas
dificuldades, mesmo com muitos problemas e mesmo com a certeza de que pouco
pode fazer, os políticos continuam brigando pelo lugar de prefeito na
Prefeitura de Macapá, por um lugar de vereador na Câmara Municipal e, agora,
por uma das vagas para exercer o juizado da paz, casando, regularizando uniões
de pessoas, assinando papéis e papéis.
O que acontece
se os que estão com essa função se dizem cansados, com dificuldades para desempenhar
o seu papel, que tem pouco dinheiro para fazer uma boa administração?
Será que é gosto
pelo sofrimento? Pela reclamação?
Acho que não!
Deve ser o gosto
pelo desafio. Pela vontade de fazer e pela certeza de que pode fazer melhor.
Essa era o
discursos de todos aqueles que assumiram há quadro anos, há oito anos, e mais
tempo atrás.
Mas esses mesmos
que chegaram com tanta vontade, fazendo tanta promessa, só se animam depois que
vêem a animação daqueles que querem o seu lugar na prefeitura ou na câmara de
vereadores.
E isso não
acontece só aqui em Macapá.
Santana e os
outros 14 municípios amapaenses estão com essa energia tomando conta dos
candidatos.
Tomara que essa
safra seja boa e que o eleitor possa escolher aqueles que estão dispostos a não
reclamar e a trabalhar.
Trabalhar em uma
prefeitura seja a de Macapá, a de Santana, ou a de qualquer outro município do
Estado é um grande aprendizado, desde aquele que ocupa o cargo de prefeito, até
aqueles que estão nos cargos de garis.
A prefeitura
exige dedicação exclusiva de cada um dos funcionários e aquele que vai para lá
imaginando que não vai trabalhar é melhor recolher-se, entregar o lugar e ficar
do lado de fora, pois lá, na Prefeitura, seja ela de qual município for, é um
“poço de exigências”.
Os municípios
estão com os seus orçamentos públicos subdimensionados e com a responsabilidade
dos seus gestores superdimensionados. Isso provoca um desencontro que faz os
gestores virarem promesseiros e a confiar em parceiros.
Essas parcerias
acabaram por encolher a importância dos municípios, todos eles, pois ficam na
dependência dos recursos do Governo do Estado, imaginando que podem fazer isso
pelo reconhecimento de necessidades.
Entretanto o
gestor estadual observa que o gestor municipal não se cuida. Começa a fazer
cálculos contando com recursos de outros e isso acaba não viabilizando os
projetos que, ao invés de ser uma solução, transformando-se em problemas
insolúveis, que exigem explicações que só vêm com ações que oneram o erário
municipal.
Não fosse isso,
uma porção de coordenadoria, de secretaria, de divisões, de chefias, em geral,
não existiriam e os recursos estariam disponíveis para, por exemplo, equipar a
secretaria de obras, recriar o serviço de estrada de rodagem, melhorar o
serviço público, mas não, sobra apenas migalhas que não dá, sequer, para
comprar o combustível que precisa a Administração para o dia-a-dia.
Os gestores
precisam descobrir e definir, qual o verdadeiro tamanho da Prefeitura e, a
partir daí, fazer o que tem que fazer não estar mais contando com o que pode
sobrar do espirro dos outros.
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