Quarta-feira
marcou o ápice da festa de São Tiago, em Mazagão Velho.
Duzentos e
trinta e cinco anos de comemoração de um povo religioso e que está fazendo da
festa um evento completo que pode ser visto por todos, independente da
religiosidade que, neste momento, é um detalhe no conjunto de atividades que
são desenvolvidos ali.
A parte de
responsabilidade da comunidade está completa e dela não pode ser cobrado mais
nada. Sustentar um evento que se repete a 235 anos já dá a dimensão de que
aquela responsabilidade é de todos.
Então, além de
cuidar do local onde se realiza o evento, é preciso cuidar dos meios que venham
possibilitar a presença do povo. E nesse item ainda falta fazer muita coisa,
algumas que estão à mostra e outras que surgirão com a realização exatamente
daquelas coisas mais evidentes.
O grande gargalo
nesse momento é o acesso a Mazagão Velho, local do evento.
A travessia do
Rio Matapi com utilização de pequenas balsas de ferro que transportam poucos
carros de cada vez, faz com que muitas pessoas com vontade de visitar a
localidade, desistam quando vêem as dificuldades que têm que enfrentar.
A rodovia, de
quase 20 km que liga a Sede do Distrito à Sede do Município, não é asfaltada e
muito estreita, com acostamento inexistente em alguns trechos, além de não ter
sinalização e iluminação.
Este ano o
próprio governador informou, quando cobrado da promessa do ano passado feita
pelo secretário de Estado dos Transportes, no ano passado, que está marcado
para o dia 15 de agosto o início do asfaltamento daquela rodovia vicinal, que
precisa ser construída com requisitos de uma rodovia turística, com plataforma
mínima de 14 metros e acostamentos de 2,5 metros, com iluminação e calçada de
proteção.
Não adianta
imaginar que está trabalhando uma estrada de penetração ou uma estrada de
passagem. Ali precisa de uma estrada turística e com adaptações próprias de
vias urbanas.
Mesmo assim o
governador não falou nada da ponte sobre o Rio Matapi, principal gargalo para o
desenvolvimento da região, inclusive o desenvolvimento turístico atentando para
o trabalho de gerações do povo de Mazagão Velho que já sustenta o evento há 235
anos.
As projeções de
hoje apontam que, quando houver condições, a iniciativa privada se encarregará
de criar as outras condições de satisfação para o visitante, como hotéis
adaptados, pousadas e campos para alojamento durante os grandes eventos.
Mas é preciso
planejar tecnicamente cada intervenção para não influenciar negativamente, no
que vem sendo sustentado pela religiosidade e o respeito do povo ao Santo
Padroeiro.
O Plano
Plurianual não atendeu a prioridade que demonstra ser a ponte sobre o Rio
Matapi, então, por isso, torna-se necessário incluir no PPA esse projeto
através de uma emenda que precisa ser aprovada pelos deputados estaduais da
Assembléia Legislativa.
Dá a impressão
que todos querem fazer alguma coisa pela Festa de São Tiago.
Por essa ótica
se justifica a vontade de fazer alguma coisa, inclusive a promulgação de Lei que
torne feriado estadual o dia 25 de julho, dia do ponto máximo da festa, como
fizeram recentemente os deputados estaduais amapaenses que surpreenderam
aprovando mais um feriado para a agenda apertada de trabalho dos
administradores amapaenses.
Indiscutivelmente
a festa de São Tiago é um importante evento para ganhar destaque no Calendário
Turístico do Estado e pode atrair visitantes, até mesmo de Macapá e Santana,
que não conhecem Mazagão Velho que, além do evento da festa de São Tiago, tem
outras atrações naturais e habilidade dos seus habitantes para serem
conhecidas.
O Governo do
Estado está com a bola e deve levantar a cabeça, localizar o melhor companheiro
e passá-la sobre os “vivas” dos espectadores, podendo até, na devolução da
bola, fazer um gol importante para o desenvolvimento do turismo amapaense e do
Estado do Amapá.
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