quinta-feira, 26 de julho de 2012

Festa de São Tiago

Rodolfo Juarez
Quarta-feira marcou o ápice da festa de São Tiago, em Mazagão Velho.
Duzentos e trinta e cinco anos de comemoração de um povo religioso e que está fazendo da festa um evento completo que pode ser visto por todos, independente da religiosidade que, neste momento, é um detalhe no conjunto de atividades que são desenvolvidos ali.
A parte de responsabilidade da comunidade está completa e dela não pode ser cobrado mais nada. Sustentar um evento que se repete a 235 anos já dá a dimensão de que aquela responsabilidade é de todos.
Então, além de cuidar do local onde se realiza o evento, é preciso cuidar dos meios que venham possibilitar a presença do povo. E nesse item ainda falta fazer muita coisa, algumas que estão à mostra e outras que surgirão com a realização exatamente daquelas coisas mais evidentes.
O grande gargalo nesse momento é o acesso a Mazagão Velho, local do evento.
A travessia do Rio Matapi com utilização de pequenas balsas de ferro que transportam poucos carros de cada vez, faz com que muitas pessoas com vontade de visitar a localidade, desistam quando vêem as dificuldades que têm que enfrentar.
A rodovia, de quase 20 km que liga a Sede do Distrito à Sede do Município, não é asfaltada e muito estreita, com acostamento inexistente em alguns trechos, além de não ter sinalização e iluminação.
Este ano o próprio governador informou, quando cobrado da promessa do ano passado feita pelo secretário de Estado dos Transportes, no ano passado, que está marcado para o dia 15 de agosto o início do asfaltamento daquela rodovia vicinal, que precisa ser construída com requisitos de uma rodovia turística, com plataforma mínima de 14 metros e acostamentos de 2,5 metros, com iluminação e calçada de proteção.
Não adianta imaginar que está trabalhando uma estrada de penetração ou uma estrada de passagem. Ali precisa de uma estrada turística e com adaptações próprias de vias urbanas.
Mesmo assim o governador não falou nada da ponte sobre o Rio Matapi, principal gargalo para o desenvolvimento da região, inclusive o desenvolvimento turístico atentando para o trabalho de gerações do povo de Mazagão Velho que já sustenta o evento há 235 anos.
As projeções de hoje apontam que, quando houver condições, a iniciativa privada se encarregará de criar as outras condições de satisfação para o visitante, como hotéis adaptados, pousadas e campos para alojamento durante os grandes eventos.
Mas é preciso planejar tecnicamente cada intervenção para não influenciar negativamente, no que vem sendo sustentado pela religiosidade e o respeito do povo ao Santo Padroeiro.
O Plano Plurianual não atendeu a prioridade que demonstra ser a ponte sobre o Rio Matapi, então, por isso, torna-se necessário incluir no PPA esse projeto através de uma emenda que precisa ser aprovada pelos deputados estaduais da Assembléia Legislativa.
Dá a impressão que todos querem fazer alguma coisa pela Festa de São Tiago.
Por essa ótica se justifica a vontade de fazer alguma coisa, inclusive a promulgação de Lei que torne feriado estadual o dia 25 de julho, dia do ponto máximo da festa, como fizeram recentemente os deputados estaduais amapaenses que surpreenderam aprovando mais um feriado para a agenda apertada de trabalho dos administradores amapaenses.
Indiscutivelmente a festa de São Tiago é um importante evento para ganhar destaque no Calendário Turístico do Estado e pode atrair visitantes, até mesmo de Macapá e Santana, que não conhecem Mazagão Velho que, além do evento da festa de São Tiago, tem outras atrações naturais e habilidade dos seus habitantes para serem conhecidas.
O Governo do Estado está com a bola e deve levantar a cabeça, localizar o melhor companheiro e passá-la sobre os “vivas” dos espectadores, podendo até, na devolução da bola, fazer um gol importante para o desenvolvimento do turismo amapaense e do Estado do Amapá.


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