Está mais do que
provado que viajar de avião, saindo de Macapá ou chegando a Macapá, não é
solução para as questões da população, mesmo aquelas que podem pagar as
passagens de preço exagerados que são cobrados pelas empresas aéreas.
O que é uma
estratégia de marketing nas áreas mais densas do país se transformou em uma
alternativa de lucro em regiões como Macapá que, sem contar com saída
rodoviária, o avião passa a ser o veiculo mais adequado para sair ou chegar.
Já está na hora
dos agentes públicos do Estado do Amapá reconhecerem que o modo oferecido
atualmente para a população é injusto e não atende às condições econômicas dos
que moram por aqui e precisam sair, seja pela razão que for.
Os estudos que,
há mais de 20 anos mostraram a necessidade de contar com uma frota fluvial
confiável, segura e regular para o transporte de passageiros, estão confirmados
agora e necessitando serem atualizados para atender às necessidades da
população.
O exemplo está
ai na cara. Para quem precisa sair de Macapá, esta semana, por exemplo, terá
que pagar até 20 vezes o valor do que, em algumas oportunidades, é oferecido,
pelas mesmas empresas, aos mesmos passageiros.
Reativar o
transporte fluvial entre Macapá e Belém e entre Macapá e outros sedes
municipais dos municípios da Ilha de Marajó, principalmente, é uma necessidade.
Então, elaborar
um plano diretor para atender essa logística é uma necessidade e tem o Governo
do Estado essa responsabilidade.
A cada dia as
dificuldades aumentam e basta comparar o preço da estação de passageiros do
Aeroporto Internacional de Macapá, que supera os 100 milhões de reais, para se
entender que o investimento no transporte fluvial pode ser a alternativa que
vai responder à parcela mais pobre da população, aquela que está ficando sem
qualquer condição de ir, por exemplo, a Belém.
Além do que
haveria o aproveitamento da imensa margem do Rio Amazonas que deixa por conta
da água – e apenas dela – as mudança que estão se observando nesse lado do Rio
onde está Macapá e Santana, os dois maiores centros urbanos do Amapá.
Aliás, que em
Santana, já está instalado e com grande sucesso, o Porto Organizado e Macapá,
administrado por uma empresa municipal vinculada à Prefeitura de Santana,
absolutamente rentável e apresentando perspectivas que se constituem, sempre,
em referência de desenvolvimento a médio e longo prazo.
Uma frota
dimensionada adequadamente para transporte de passageiro e carga poderá ser a
solução para os problemas que a população enfrenta hoje, sentindo-se ilhada,
sem qualquer chance de sair da cidade, devido os altos preços das empresas de
aviação que sempre estiveram de constas para o Estado.
É o desafio.
Um estudo
técnico bem feito atrairia empresas para operar o sistema através de contrato de
concessão de serviço público, no mesmo molde em que as prefeituras de Macapá e
Santana já usam para o transporte coletivo urbano e a Secretaria de Estado dos
Transportes já usa no transporte coletivo intermunicipal.
A tecnologia, os
levantamento estruturais, a funcionalidade, a logística podem ser obtidos
através de uma simples chamada de licitação para elaboração do projeto e, em
seguida, atrair as empresas que operariam o sistema, exatamente como acontece
em outros centros, principalmente Manaus.
Quem tal pensar
na parte mais pobre da população? Pode ser a saída!
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