Os candidatos a
prefeito e a vereador estão, em cada um dos municípios do Estado, atentos para
que a vontade de ser candidato não seja barrada por um descuido, por uma data
perdida ou mesmo por não cumprimento de qualquer das regras das eleições deste
ano.
Os avisos
dispostos em todos os lugares e os cuidados que os partidos tomaram com relação
à preservação da candidatura de seus filiados, algumas até exageradamente
cuidadosa, estão deixando os candidatos atentos e procurando os meios que possa
evitar afrontar a lei e prejudicar a própria candidatura.
Mesmo assim
ainda se observa alguns que estão insistindo em burlar a legislação, querendo
tirar vantagem e driblar a igualdade que todos precisam ter para poder
concorrer, em nível de igualdade, com todos os outros candidatos.
Tem ainda
aqueles que acreditam que podem marcar espaço protegendo um candidato agora na
expectativa que nas eleições de 2014, desde que o troco venha em forma de voto,
como agora estão indo os votos para viabilizar a eleição de alguns.
O
estabelecimento desta hierarquia é uma invenção mais comum entre aqueles que já
tentaram isso e deu certo e, mesmo quando não deu certo, quando foi “traído”
pelo aliado, ainda assim aos “padrinhos políticos” entendem que vale a pena
arriscar.
A cada ano a
gestão do processo eleitoral melhora. E é isso mesmo que o eleitor espera
desses gestores, mesmo pouco entendendo porque a Justiça Eleitoral não tem o
seu próprio quadro de desembargadores e juízes.
Por agora os
membros do Plenário e do comando, são membros que têm ocupação outras nas varas
que trabalham e nos tribunais onde atendem. E, apesar de se tratar de um
sistema que, teoricamente, só tem um período de trabalho, na prática as autoridades
têm tanto ou mais ocupação do que na lotação originária do juiz, ou desembargador
ou mesmo de advogado na função de juiz.
Mesmo assim a
animação entre os candidatos só é quebrada quando são intimados para resolver
qualquer pendência que é exigência do processo eleitoral ou que deveria estar
atualizado na individualidade do seu detentor.
Eles deveriam
saber que o que espera o eleito não é uma colônia de férias, ou um retiro, ou
mesmo um ambiente favorável para o trabalho. Basta observar as disputas sem
regra e que trava a qualquer momento com seus adversários políticos ou os
amigos dos seus adversários, são, na maioria das vezes, inexplicáveis.
Serão quase 1500
candidatos a vereador, 80 candidatos a prefeito, outros 80 candidatos a
vice-prefeito, neste Estado que tem apenas 16 municípios, apresentando médias
que não deixa a dever aos concursos públicos de médio alcance.
A situação geral
dos municípios amapaenses é de grande atenção e pequena capacidade de reação
aos problemas. As dificuldades são grandes quando se tem que gerenciar
populações que dobram de tamanho a cada 4 anos, ou mesmo aquelas que crescem 4%
em dois anos.
Qualquer plano
tem que ser ambicioso, arrojado, com risco de falhar muito reduzido, para que
não haja desistência antes de terminar o período a que se candidatou ou mesmo a
acomodação, tão comum nesses casos.
Mas dá para ver
que os candidatos estão dispostos, mas também dá para ver que eles estão
preocupados em ter o pé no chão. Não anunciar, de uma vez, tudo o que pretende
fazer, pode ser motivo de falha grave e não ser perdoado pela população que, de
uma hora para outra, o prefeito pode ser ver em uma “sinuca de bico” sem saída
e pedindo a Deus que o mandato acabe.
É preciso
trabalhar, e muito, para que a decepção não vença a alegria de trabalhar pela
população.
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