quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eleições Municipais 2012 - Não é uma colônia de férias

Rodolfo Juarez
Os candidatos a prefeito e a vereador estão, em cada um dos municípios do Estado, atentos para que a vontade de ser candidato não seja barrada por um descuido, por uma data perdida ou mesmo por não cumprimento de qualquer das regras das eleições deste ano.
Os avisos dispostos em todos os lugares e os cuidados que os partidos tomaram com relação à preservação da candidatura de seus filiados, algumas até exageradamente cuidadosa, estão deixando os candidatos atentos e procurando os meios que possa evitar afrontar a lei e prejudicar a própria candidatura.
Mesmo assim ainda se observa alguns que estão insistindo em burlar a legislação, querendo tirar vantagem e driblar a igualdade que todos precisam ter para poder concorrer, em nível de igualdade, com todos os outros candidatos.
Tem ainda aqueles que acreditam que podem marcar espaço protegendo um candidato agora na expectativa que nas eleições de 2014, desde que o troco venha em forma de voto, como agora estão indo os votos para viabilizar a eleição de alguns.
O estabelecimento desta hierarquia é uma invenção mais comum entre aqueles que já tentaram isso e deu certo e, mesmo quando não deu certo, quando foi “traído” pelo aliado, ainda assim aos “padrinhos políticos” entendem que vale a pena arriscar.
A cada ano a gestão do processo eleitoral melhora. E é isso mesmo que o eleitor espera desses gestores, mesmo pouco entendendo porque a Justiça Eleitoral não tem o seu próprio quadro de desembargadores e juízes.
Por agora os membros do Plenário e do comando, são membros que têm ocupação outras nas varas que trabalham e nos tribunais onde atendem. E, apesar de se tratar de um sistema que, teoricamente, só tem um período de trabalho, na prática as autoridades têm tanto ou mais ocupação do que na lotação originária do juiz, ou desembargador ou mesmo de advogado na função de juiz.
Mesmo assim a animação entre os candidatos só é quebrada quando são intimados para resolver qualquer pendência que é exigência do processo eleitoral ou que deveria estar atualizado na individualidade do seu detentor.
Eles deveriam saber que o que espera o eleito não é uma colônia de férias, ou um retiro, ou mesmo um ambiente favorável para o trabalho. Basta observar as disputas sem regra e que trava a qualquer momento com seus adversários políticos ou os amigos dos seus adversários, são, na maioria das vezes, inexplicáveis.
Serão quase 1500 candidatos a vereador, 80 candidatos a prefeito, outros 80 candidatos a vice-prefeito, neste Estado que tem apenas 16 municípios, apresentando médias que não deixa a dever aos concursos públicos de médio alcance.
A situação geral dos municípios amapaenses é de grande atenção e pequena capacidade de reação aos problemas. As dificuldades são grandes quando se tem que gerenciar populações que dobram de tamanho a cada 4 anos, ou mesmo aquelas que crescem 4% em dois anos.
Qualquer plano tem que ser ambicioso, arrojado, com risco de falhar muito reduzido, para que não haja desistência antes de terminar o período a que se candidatou ou mesmo a acomodação, tão comum nesses casos.
Mas dá para ver que os candidatos estão dispostos, mas também dá para ver que eles estão preocupados em ter o pé no chão. Não anunciar, de uma vez, tudo o que pretende fazer, pode ser motivo de falha grave e não ser perdoado pela população que, de uma hora para outra, o prefeito pode ser ver em uma “sinuca de bico” sem saída e pedindo a Deus que o mandato acabe.
É preciso trabalhar, e muito, para que a decepção não vença a alegria de trabalhar pela população.

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