Os gestores
estão demorando muito para decidir sobre questões importantes. E esse
comportamento afeta, de forma direta, os resultados que, em regra, são
alcançados fora, mais muito fora do prazo prometido ou, algumas vezes não são,
sequer, alcançados.
Os atrasos
gigantes para a conclusão das obras públicas são apenas exemplos de como está
difícil administrar a coisa pública no Amapá, pois, não é possível que o
mandatário e algum secretário, se conforme com esses atrasos que são comuns nas
obras novas, naquelas que são entregues para recuperação e naquelas que são
entregues apenas para uma leve restauração ou manutenção.
Os exemplos
estão ai, espalhados pela cidade, chamando a atenção de todo mundo.
Estádio Zerão,
Estádio Glicerão, anexo da Assembléia Legislativa, Prédio do Ministério
Público, Hospital do Câncer, Shopping Popular, escolas, cais, canais de
drenagem, muros de arrimo, vias urbanas, rodovias, uma lista infindável de
obras, na capital e no interior do Estado, que estão desafiando a competência
dos contratantes e a paciência dos contribuintes.
E o que falta?
Ninguém explica.
A situação já
atravessa mandatos de governadores, prefeitos, deputados, senadores, dirigentes
de órgãos, mostrando que a situação não decorre apenas das gestões atuais, mais
é um sistema que está instalado, sabe lá a serviço de quem, emperrando tudo o
que se desenha para o desenvolvimento do Estado.
Ate mesmo os
projetos como: visão para todos, construção de moradias, água para todos em
2010, estão comprometidos pelo tempo.
Mudaram as
pessoas, mas as dificuldades permaneceram e continuam desafiando aqueles que
estão nos comandos das secretarias, dos departamentos, divisões, seções,
superintendências, presidências, entre outros, que lá estão para evitar que
isso aconteça.
Mas continua
acontecendo e com os mesmos motivos levantados e com as autoridades dando as
mesmas justificativas.
Aparentemente
não há qualquer motivo que justifique esses atrasos na conclusão ou entrega das
obras. Não pode ser pela falta de pagamento, pois, a própria legislação tem
mecanismos para evitar que isso aconteça, não permitindo que uma obra comece
sem que os recursos estejam garantidos.
Mas tem sido
assim.
Mesmo com os
recursos garantidos se tem notado que as obras não terminam no prazo anunciado
nas placas e, certamente, habitando os contratos, se levado em consideração,
são vencidos ao dobro, ao triplo, ao quádruplo. Isso é, não tem qualquer
parâmetro possível que possa indicar as causas dos atrasos para o contribuinte.
E a engenharia,
ciência básica para o desenvolvimento de uma obra nova ou não, seja ela qual
for, é uma ciência exata, isto é, tem todas as possibilidades para não deixar
que qualquer parte do projeto se prolongue de forma indefinida.
Mas por aqui, as
coisas estão assim.
Um estudo com
alguns projetos, apanhados de forma aleatória e de diversas partes da
engenharia como: construção de edifícios, de rodovias, de vias, de cais, de
pontes e de canais, sugere que os pontos críticos estão na administração das
obras, que não estão sendo tratados conforme os parâmetros técnicos que
estariam sendo substituídos pelos parâmetros políticos, sempre sensíveis às
exigência do poder que o gestor exerce.
Enquanto isso a
população fica obrigada a se ajustar ou assumir os prejuízos devido a falta que
faz a obra inacabada.
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