Fazia tempo que
não se tinha por aqui umas férias de junho com a maioria dos sistemas
administrativos atuantes e operantes.
O desgaste nas
relações institucionais, maximizado durante o primeiro semestre deste ano,
deixou os principais dirigentes dos Órgãos do Estado atentos ao que acontecia
ao seu redor ou o que acontecia com eles.
Os níveis de
tensão, entre os dirigentes dos principais órgãos do Estado do Amapá podem ser
divididos, nesse período, em duas etapas: antes e depois da Operação Eclésia.
Não que a
operação Eclésia tenha sido instrumento excepcional e que, por isso, tenha
recebido o apoio da população, até muito pelo contrário, mas que a sua
deflagração foi oportuna, isso foi, nem que tenha sacrificado apenas um vértice
do pentágono do poder, quando, pelas contas da população, pelo menos 3 desses
vértices deveriam constar da lista.
Mas mostrou o
quanto ainda é preciso ajustar a administração pública no Amapá, que vem, ao
longo dos anos, sendo rejeitada pelos órgãos de controle e contaminada, desde a
menor das prefeituras, até ações importantes do Governo do Estado.
O recomeço teria
que acontecer em algum momento.
Precisa ser um
recomeço com, pelo menos, duas faces, uma da correção de caminhamento e outra
de modernização da maneira de administrar.
A correção do
caminho tem a contribuição dos tribunais de contas, das polícias judiciárias e
do próprio judiciário; a modernização da maneira de administrar depende apenas
dos administradores, isto é, eles têm que estar dispostos a mudar a sua maneira
de entender a administração, além de construir verdadeiras barreiras protetivas
para evitar que os “agentes infiltrados” continuem agindo e dando oportunidade
para que os erros se repitam
Uma clara demonstração
de que muitos ainda não estão preparados para essa nova fase é a resistência à
disponibilização das informações de alguns desses órgãos que insistem no vício
de continuar tratando o que público como se fosse particular e, especialmente,
como se fosse de sua particular propriedade.
A impressão que
se tem e que não dá para esperar que alguns desses dirigentes entendam que a
transparência administrativa é uma obrigação do administrador e de qualquer um
que trate do interesse público.
Alguns desses administradores,
inclusive, têm dificuldades para se comportar como agentes públicos e se
escondem das discussões e das decisões e quando as toma, não zela pela
paridade, pela igualdade ou pelo interesse público.
Deixa apenas que
um número restrito de “amigos” se locupletem do que é de todos, em uma clara
falta do entendimento daquilo que assumiu o compromisso de zelar e se
constituir defensor.
Não há mais
tempo para esperar.
Ao que parece, a
falta de tempo está bem clara nas novas diretrizes que são instituídas em
órgãos de outros estados da Federação Brasileira.
Não podemos
ficar à espera que as pessoas mudem e se redimam do mal que estão causando. É
preciso que haja, de fora para dentro, ações objetivas, com orientações bem
definidas, mesmo que causem impactos e que possam contraria as posições de
alguns dos atuais dirigentes.
A moralidade não
pode estar subjugada a qualquer outro argumento que funcione como elemento de
proteção daqueles que insistem nos malfeitos.
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